' Infatuation.

Como no som do Jay “I Still Can Smell You In My Clothes”,
A melodia do teu riso – digna de um Fender Rhodes
Mergulhei nos teus cabelos de ouro, grandes, ondulados,
Nadei no teu sexo até ficarmos esgotados
O suor passeava do teu corpo para o meu, do meu corpo para o teu
já não sabia se era eu
quem gemia, estremecia, a carne não adormecia
e de repente, a noite ficou dia
Lá fora o barulho já acordou a cidade
e a fantasia deu enfim lugar à realidade
Carrega stop, faz rewind, por favor, volta para trás
não quero sair daqui, nunca mais, não sou capaz
Quero
Ficar contigo, agora e para sempre
Nadar no teu corpo - eternamente!
Teus sonhos os meus serão...
Meus sonhos os teus serão...

Sinto-me de novo um(a) teenager inconsciente,
adolescente irreverente com vontade de ser diferente
Passava tardes no meu quarto fechado à chave,
tentava descobrir a vida – a minha cama era a nave.
Com o (meu) primeiro amor fazia planos a dois
Trocava juras e carinhos e não pensava: e se depois não der certo?
Estava carregado de certezas
A nossa paixão deixava as almas acesas
Não havia ciúme, nem sequer desconfiança,
Apenas inocência e muita esperança.
O mundo inteiro brilhava e sorria para nós
Lembro-me perfeitamente de ouvir a tua voz:
Quero
Ficar contigo, agora e para sempre
Nadar no teu corpo – eternamente!
Teus sonhos os meus serão...
Meus sonhos os teus serão...

A pessoa mais inesperada do mundo (hoje meu namorado) conquistou-me de uma maneira tal que eu deixei de viver a minha vida para viver a minha vida com ele. (e hoje ele pediu-me de uma forma que me tocou mesmo: 'fica comigo'; e eu respondi 'agora e para sempre', e nem acreditei que tinha acabado de o dizer, e depois lembrei-me desta música - aqui fica). confesso que ao início eu nem sentia aquela paixão arrebatadora, mas agora sei que, NÃO IMPORTA O TEMPO QUE DEMORA, amar... aprende-se. e tudo isso SABE TÃO ESTUPIDAMENTE BEM, que eu nem sei explicar... é tudo o que está na letra: não pensar "e se depois, não der certo? tava carregado (a) de certezas". os poucos acessos de lucidez que tenho - aqueles momentos em que desço à Terra e 'penso com a cabeça em vez de com o coração' - lembram-me e fazem-me sempre pensar que "eu vou arrepender-me tanto de fazer dele o centro da minha vida, de atribuir a ele toda a minha felicidade; se alguma coisa corre mal, eu vou atribuir a ele toda a minha dor, porque é assim: atribuimos às pessoas quem amamos tanto a nossa felicidade imensa... como a nossa dor", mas depois penso, que se dane (na verdade penso sempre "que se foda", ultimamente ando a dizer muita asneira e fica mal pôr no blog :P ). é como ir ao McDonalds, fumar um cigarro ou até fumar uma ganza: a vida é tão curta, porquê gastá-la com "fazer o que está certo" ou "não fazer o que sabemos que está errado", e depois, pior, sofrermos com arrependimentos inúteis?
(isto é o que me dá para fazer às 3h da manhã, depois de ver uns 5 episódios seguidos de O Sexo e a Cidade e apetecer-me armar-me em Carrie Bradshaw a escrever na sua coluna; só não posso ter um cigarro na mão, o meu pai está no quarto ao lado e isso é um risco que não vale a pena correr, mesmo que ele esteja a dormir que nem uma pedra).