31 de maio de 2011

' I'm that kind of person...

sou muito explosiva. e nisso, saio à minha mãe.




mas o nosso explosivo é especial: não é com qualquer coisa. somos calmas por natureza, mas quando é para explodir, é para explodir com E grande. tenho observado esse comportamento na minha mãe observo-o frequentemente em mim. é o seguinte: há coisas que, à partida, chateiam qualquer pessoa, mas a mim não. outras há que, aparentemente, não chateiam ninguém, mas a mim chateia-me. por exemplo: a minha mãe é capaz de não dizer nada se eu deixei montes de loiça suja na bancada da cozinha e não a pus na máquina; mas é capaz de explodir se eu coloquei a loiça toda na máquina, mas mal, não da forma como ela queria. ou seja, no fundo, a questão é: é preferível não fazer NADA do que fazer algo que não seja à maneira dela.

assim é comigo. 

e temos tendências explosivas. no mínimo, uma vez por mês, aqui em casa tem de haver gritaria. e nisso, descemos mesmo o nível. gritamos, berramos, batemos portas e às vezes até choramos. só não partimos loiça porque depois já sei que tinha de ser eu a varrer tudo. isto acontece numa noite, e no dia seguinte está tudo bem. e porquê? porque eu e a minha mãe, ambas de signo touro, somos como os vulcões: chocamos, explodimos, entramos em erupção e depois fica tudo na maior das calmarias no mês inteiro seguinte.  tenho a certeza que ela até fica a pensar "que estupidez termos discutido por aquela coisinha"; porque eu também fico. mas naquele momento, basta uma coisinha ter corrido mal no dia de cada uma, e as condições estão criadas. e, melhor ainda, adoro quando, no dia seguinte, ela diz "desculpa ter gritado contigo, estava nervosa!", mas eu, como sou orgulhosa, nunca respondo, nunca mostro que as desculpas foram aceites, nada de nada, fria que nem pedra, só no dia a seguir é que retomo a relação normal xD

o Bruno diz-me "baby, és tão explosiva!". pois sou. e ainda bem. prefiro explodir numa noite e na manhã seguinte estar nas calmas, do que ir "acumulando", não dizer nada quando as coisas me chateiam e depois, quando expludo... saiam da minha frente. vai loiça e vai tudo!

Muaah @

29 de maio de 2011

' Das pessoas com falta de sentido de humor.



A minha definição de sentido de humor não é saber fazer ou contar piadas. Para isso temos os comediantes, right?

A minha definição de sentido de humor é saber rir das situações mais estúpidas, até mesmo aquelas que não têm piada nenhuma. Eu, por exemplo, sou péssima a contar piadas, nunca me lembro de anedotas, não tenho piada a contá-las, mas tenho sentido de humor, porque me rio de tudo. Rio-me das minhas próprias piadas altamente ridículas, que invento, não pela piada em si mas porque nunca resisto a rir antes de acabar a piada, e rio-me por me estar a rir, e as pessoas riem-se por eu me estar a rir, e toda a gente se ri. e eu invento piadas mesmo muito, muito estúpidas, e sou altamente gozona, estou sempre a fazer piadas com, por exemplo, os apelidos das outras pessoas. rio-me das piadas dos outros mesmo quando não têm piada nenhuma - e é por não terem piada nenhuma que acabam por ter piada. rio-me só de ver alguém a rir. isso sim, é sentido de humor. O Bruno diz-me o tempo todo, que a regra nº 1 para se ter piada é não se rir das próprias piadas. mas, porra, eu não consigo fazer isso, porque eu acho sempre imensa piada às minhas piadas, mesmo que saiba que não têm piada nenhuma... acho piada só ao facto de ter pensado e me lembrado daquilo. além disso, ninguém me paga para ser uma Ellen Degeneres ou um Conan O'Brian ou um Bruno Nogueira, não tenho que seguir regras absolutamente nenhumas para "ter piada".

agora, aquelas pessoas que estão sempre a dizer "não teve piada nenhuma", porra, é que enjoa. e uma pessoa ter que lhes estar sempre a dizer "estava a brincar", quando eu estava de facto a brincar e por acaso até nem me ri (o que é raro, que eu me rio sempre que estou a brincar. a brincar, a gozar, e a mentir!). God...

melhor ainda: as pessoas que ficam realmente ofendidas por brincarem ou gozarem com elas. a sério? por acaso compreendo, já fui assim, ficava mesmo chateada quando gozavam ( na brincadeira) comigo e ficava toda chateada... hoje? adoro que gozem comigo... e rio-me sempre quando me tentam imitar! :D

like really, estou farta de pessoas que dizem "não tem piada" a TUDO.

enfim... eu? rio-me disso! :)

porque, no fundo no fundo, eu adoro rir-me (a minha mãe está sempre a chatear-me porque "só vejo sitcoms"), e adoro rir-me sobretudo quando o riso é com tanta vontade, que até choro.




Muaah @

28 de maio de 2011

' Não gosto de falar ao telefone.


Não sei porquê, mas não gosto de falar ao telefone. Nunca gostei. Faz-me confusão. Lembro-me de quando tinha uns 14 anos e tinha uma "melhor amiga", e ficávamos horas a fio a falar. Não gostava da sensação de estar tantas horas ao telefone, aquilo nunca mais acabava, mas eu era muito imatura para me impôr e dizer que não queria mais falar... cedia muito à peer pression nessa altura! E ela adorava falar ao telefone...

Prefiro, de todas as hipóteses de comunicação, falar cara-a-cara; se assim não for, prefiro "falar" por escrito. Tenho os "lol's" e os smiles para me expressar. Agora, telefone, detesto. Fico estranha. Nunca sei bem o que dizer. Como responder. Fico fria. As pessoas perguntam se estou chateada ou triste. Não. Eu simplesmente não sei me expressar pelo telefone. Faz-me confusão estar a falar "por voz" (sem ser por escrito) com uma pessoa sem olhar para a cara dela. Mas pronto, se for para dar uma informação rápida ou assim, até nem me importo. O que mais me chateia são as conversas por telefone. Aquelas conversas que nunca mais acabam... epa, se é para pôr a conversa em dia e contar novidades, não é muito melhor marcar um encontro? Ficar na esplanada a conversar? Sim! Agora, conversar por telefone? Ai, detesto, detesto!!! Quando me apanho numa dessas conversas, digo sempre "falamos depois", porque prefiro contar as coisas presencialmente, ver directamente a expressão da pessoa, sei lá, é uma coisa diferente. Recentemente, passei até a não gostar de conversar online, por chat e assim. Já não abro o msn há MESES!! É raro lá ir. Nem me lembro que aquilo lá está. Também não gosto muito do chat do facebook. Quer dizer, uma coisa é comentar blogs ou estados no facebook acerca de uma temática específica. Outra é pôr a conversa em dia pelo facebook. Epa, não gosto. Prefiro esperar até estar com a pessoa. Prefiro contar-lhe as coisas cara-a-cara.

Nunca atendo nºs privados nem desconhecidos. Só há um conjunto de 3 ou 4 pessoas a quem atendo o telemóvel na maioria das vezes - é por obrigação, tipo pais e avó. Já tenho fama de não gostar de falar ao telefone/não atender. Há até pessoas que me enviam sms's a dizer "urgente!!", "caso de vida ou morte!!", porque sabem que, nesses casos, eu fico preocupada e ligo.

Enfim, não gosto de falar ao telefone. Para a maior parte das pessoas, é mais uma das minhas manias incompreensíveis. Sucede que, para mim, também é incompreensível. Não sei desde quando não gosto de falar ao telefone. Não gosto e pronto. Este ano tem sido o ano em que estou a aceitar mais os meus defeitos, manias, simplesmente a minha forma de ser, e a impor-me muito mais. Não há muito tempo atrás - tipo, 2010 - eu já me aceitava como era, mas ainda cedia muito à vontade dos outros... o que os outros queriam, o que os outros achavam. Agora?? porra, se não gosto de falar ao telefone, não gosto, e ponto final. deal with it =P

Cada um com a sua mania.

Muaah @

27 de maio de 2011

' Adoro testes de personalidade.

Não que acredite lá muito neles, até porque, como estudante de psicologia, tenho mais que obrigação de não acreditar em testes de personalidade da net e coisas desse género, mas verdade seja dita, os meus resultados batem SEMPRE certo.

Teste: "o que os seus sonhos dizem sobre você?"

Resultado: "Você é aéreo. Tem seus sonhos malucos, mas sabe separar a realidade do imaginado, a maior parte das vezes. Tem diversos grupos de amigos, não gosta de ser definido como radical e às vezes se passa por indeciso. Já teve experiências sinestésicas, quando teve vontade de comer uma cor bonita ou de cheirar uma capa de livro muito macia, mas geralmente se controla, pelo bem da sociedade"

Teste: "o quanto você influencia os outros?"

Resultado: "Você é "o influenciador". Grande rei da retórica, você sabe conseguir o que quer. Nada como um bom papo e simpatia, ainda que falsa, para conquistar as pessoas a sua volta. Pode ter certeza, elas nem percebem que quando você assume as cordas e as transforma em marionetes. E, sendo para o bem, que mal tem?" --> ahahah, adorei este! apesar de não ser falsa com naturalidade, tenho de admitir que, se quero mesmo muito influenciar alguém, ou quero mesmo muito alguma coisa, consigo ser falsa, sem a menor dificuldade. agora que penso bem, é verdade, eu consigo sempre (vá, 90% das vezes) aquilo que quero de quem quero... portanto isto é mesmo verdade. xD

Teste de personalidade:


Isto é EXACTAMENTE EU. Vá, exactamente não. Devia ter mais bolinhas na dimensão "independente", coisa que sou bastante. Além disso, não concordo que "independente" seja o oposto de "agradável". que tem a ver? eu sou as duas coisas :D além disso, também não concordo com o "reservado", pois eu às vezes sou bastante reservada, especialmente se não conheço bem a pessoa ainda - gosto de observá-la primeiro antes de lhe contar a minha vida toda - portanto devia ter ali uma ou duas bolinhas. mas fora isso, tenho de dar crédito ao meu resultado: eu sou, efectivamente, estável e liberal (demasiado até). :D

brutal.

Muaah @

26 de maio de 2011

' This one could be The One #11 - back to CLASSICS. :)

The soul side of Christina.


Adoro quando a Christina faz isto. Simplesmente, canta e recria os grandes clássicos do Soul. Eu gosto muito da Nina Simone mas ela vai ter de me perdoar: esta versão de "I Love You Porgy" está simplesmente LINDA.

At Last - um clássico

Conhecida como a "música mais cantada em karaoke", At Last é mais que uma simples candidata a ser uma das minhas músicas favoritas. Ela É uma das minhas músicas favoritas, seguramente. Porque quando me perguntam "qual a tua música favorita", esta é uma das que me ocorre, tipo, imediatamente! At Last é um clássico... é simplesmente linda...

A original - Etta James :)


A versão da Christina - OMFG!



E esta? E aquele agudo que ela dá durante "só" 20 segundos (3'24 ao 3'41, e dá a sensação que nunca mais acaba). Parecendo que não, ainda é bastante. Grande pulmão, minha menina... :D

Enfim, esta, simplesmente, MATA-ME! Já a ouvi tantas vezes, tantas HORAS em repeat, que até sei o discurso dela de cor... com risos e suspiros incluídos :D digam o que disseram da Christina, ela tem ganda voz e não é qualquer artista que tem esta capacidade vocal! Para mim, definitivamente, não só uma das minhas músicas favoritíssimas, mas uma das melhores actuações ao vivo que eu já vi!

E desta feita, acabo com a Christina nesta rubrica (ela vai continuar, com outras músicas), 8  post's e umas 11 músicas escolhidas a dedo depois. Não podia acabar de melhor forma!

25 de maio de 2011

' 1111 post's

eis que hoje entro no blogger para ver se tenho algum post agendado, dado que, devido à sobreposição de trabalhos, estudo, exames, projectos e preocupações que tenho tido, não tenho tido tempo nem paciência para escrever coisas muito elaboradas, e vejo: mil cento e onze mensagens ever. :)


também é digno reparar no nº de "mensagens" constantes do blog "Em estado puro" :D

(vocês não sabem, mas isto foi só um truque para publicitar os meus não dois, não três, mas sim quatro blogues e, coitados, alguns sofrem de negligência, ao Uma Janela Aberta já não lhe ponho os olhos em cima há muito tempo....... até fica mal dizer quanto.)

24 de maio de 2011

' This one could be The One #10 - agora sim, the naughty side of Christina


I got trouble, trouble, trouble, always knocking on my door... yes, I'm a whole lot of trouble, like a kid in a candy store...

Bem, porque é que eu amo esta música? Não, não é porque às vezes me visto às bolinhas e coloco um batom vermelho e me ponho à frente do espelho a cantar isto em playback e a fazer posições pin-up. Ok, também é por isso. Mas fora de brincadeiras, eu amo esta música porque eu amo tudo o que tem a ver com pin-up. Tudo!! E também amo tudo o que tem a ver com a Christina. Juntaram as duas coisas, queriam o quê?

Naughty Christina



bem, eu podia ter colocado a versão em estúdio. mas esta actuação... fala por si. é, simplesmente, das cenas mais sexies que já vi. é que nem vou dizer mais nada, para não estragar. :D

23 de maio de 2011

' This one could be The One #9 - the sexiest side of Christina

OK, eu sei que já estou a ser chata com a Christina... mas, epa, eu já sabia que ela ia ocupar grande parte desta rubrica. Amo tudo nela! E devo dizer que me custou horrores escolher "apenas" 11 músicas dela para colocar aqui... em vez de fazer 11 post's só para ela, resolvi agrupá-los por "tema"... neste caso, a intro "morning dessert" com a música "sex for breakfast" (uma é a continuação da outra)... hmmm... como já tinha dito, adoro este lado da Christina. Mas se, no post anterior, me referia ao lado mais romântico dela, aqui é mesmo o lado mais sexy... mas não sexy no sentido "naughty" (o lado naughty dela vou colocar mais à frente) nem no sentido "dirrty" (essa nem vou colocar, é demasiado comercial para mim). é aquele sexy misturado com delicadeza, love-making... e aquela voz, aii aquela voz... como se tivesse a sussurrar.



                                  Já mencionei que tenho a "morning dessert" como despertador? :D

Enfim, que mais dizer? Faço das palavras de um caro comentador do youtube, minhas: "This song is so perverted and soft at the same time! :O How can this be? Wait, I know the answer: Christina is fantastic! <3"

22 de maio de 2011

' This one could be The One #8 - the softer side of Christina.



Adoro esta Christina. A Christina que canta quase a gemer. A Christina que não se arma em forte nem anda com coisas de "I'm strong, you made me stronger" ou "love yourself the way you are", motes dela! Adoro a Christina vulnerável, os gemidos, os gritinhos, os interludes que ela faz àquelas que eu gosto de chamar de love-making musics, como a Loving me 4 Me.

Estas duas? Definitivamente, juntas, uma das minhas preferidas (porque uma é a intro da outra).

Amo, Amo, Amo.

21 de maio de 2011

' This one could be the one #7







Todas estas músicas têm um denominador comum (bom, claro, para além da Christina, da voz, do show-off, e de tudo o que eu amo nela): aquela pitadinha de gospel no fim... ok, desculpa Christina, mas tenho que dar crédito ao instrumental, aqui... amo a tua voz, mas o instrumental, só o instrumental, destas 3 músicas, mata-me... ahhh, eu podia simplesmente ouvir a música de fundo, com o coro e o gospel no fim, aquelas vozes, adoro isso, adoro, amo, venero, qualquer destas 3 músicas poderia ser a minha ABSOLUTE FAVOURITE.

20 de maio de 2011

' This one could be the one #6



Esta é aquela que eu carinhosamente apelido de "música do banho". É que eu adorooo cantar isto no banho. Dá-em um gozo... e claro,é fantástica, é espectacular, tem show-off, amo, não me farto disto.

19 de maio de 2011

' This one could be the one #5



Bem, podia ter colocado a versão em estúdio desta música, mas para quê, se esta actuação está simplesmente... linda! ela em cima do piano, a postura, a voz... tudo :)
WOW. Sem palavras.

' Vai tudo correr bem.

VAI TUDO CORRER BEM
VAI TUDO CORRER BEM
VAI TUDO CORRER BEM
VAI TUDO CORRER BEM
VAI TUDO CORRER BEM
VAI TUDO CORRER BEM
VAI TUDO CORRER BEM
VAI TUDO CORRER BEM
VAI TUDO CORRER BEM
VAI TUDO CORRER BEM
VAI TUDO CORRER BEM
VAI TUDO CORRER BEM
VAI TUDO CORRER BEM
VAI TUDO CORRER BEM
VAI TUDO CORRER BEM
VAI TUDO CORRER BEM
VAI TUDO CORRER BEM
VAI TUDO CORRER BEM
VAI TUDO CORRER BEM
VAI TUDO CORRER BEM
VAI TUDO CORRER BEM
VAI TUDO CORRER BEM
VAI TUDO CORRER BEM
VAI TUDO CORRER BEM
VAI TUDO CORRER BEM
VAI TUDO CORRER BEM
VAI TUDO CORRER BEM
VAI TUDO CORRER BEM
VAI TUDO CORRER BEM
VAI TUDO CORRER BEM
VAI TUDO CORRER BEM
VAI TUDO CORRER BEM

18 de maio de 2011

' This one could be the one #4 ou THE SHOW-OFF :)


Claro, a Christina... bom, o que posso dizer sobre a Christina? Já todo o mundo sabe que sou a maior fã dela. Acho-a absolutamente fantástica... a voz, a imagem, a atitude...

E as músicas da Christina vão ocupar bastantes post's desta rubrica...

O que eu gosto mais nela? Podia dizer que, se a visse à frente, nem sei que lhe fazia... que é uma paixão platónica o que tenho por ela. Podia falar na voz. Podia falar de como ela fica awesome em todos os estilos que incorpora, desde um dirrty, a um pin-up glamouroso/burlesque, a uma imagem mais robótica e futurista. Podia falar de como foi, sem dúvida, a Christina que me marcou a adolescência em termos musicais, e que me lembro de tantos momentos em que ficava fechada no meu quarto, com 14 anos, a ouvir esta música, Walk Away.

Mas o que eu gosto mais nela? Abolutamente, o show-off. Aquela voz, aqueles agudos, que nunca mais acabam. She keeps going and going and it's so wonderful to hear her voice. Não me importava nada que ela não cantasse. Por mim, se ela desse um concerto só a dar show-off, eu ia adorar à mesma!

Eu amo esta música, mais do que as palavras podem dizer. Definitivamente, uma forte candidata a ser uma das minhas favoritas.

17 de maio de 2011

' Senso comum ou burrice mesmo? É à escolha do freguês...

A Cláudia vai ao café comprar um gelado e fica meia-hora à espera no balcão, porque a empregada está a falar com a vizinha do lado.


Assunto: que o filho da tal vizinha foi vítima de um feitiço, feito por uma bruxa, que causou o seu divórcio com a sua (ex) mulher. o feitiço, segundo a senhora, consistia em pegar numas calças de ganga do dito cujo e enchê-la de enxofre, e deixá-las dentro de um cesto de verga.


Citando directamente a senhora: "foi remédio santo! a bruxa conseguiu! ao fim de 7 anos, lá conseguiu que o meu filho se separasse da mulher..."


Eu ficava-me por aqui, não tecia mais comentários, mas penso que seja necessário referir que, nesse mesmo dia, numa banal aula de PPRI (Percepção de Pessoas e Relações Interpessoais), a professora nos apresentou um exemplo de um estudo cujos resultados foram precisamente que, geralmente, a maior crise dos casamentos dá-se por volta dos 7/8 anos, e que a maioria dos divórcios ocorre nessa fase do casamento.


Eu não gosto de me "armar em superior", mas não consigo deixar de me lembrar de uma expressão muito utilizada - com humor, atenção, não com preconceito - por uma pessoa cujo sentido de humor me mata: "povo!!!" (dito de uma forma que me faz sempre rir).


Agora, sim, vou calar-me.

' Porque estou exausta e ainda são 14h15.

Aulas, realização e entrega de últimos trabalhos e preparar para os temíveis exames...

Estágio na minha faculdade... envolvida em vários projectos (é que não chegava só um)...

Mulher XL... fica anos-luz sem actividade nem nada de especial e depois assim de repente cai-nos 2 eventos complexos para organizar... diria que passo em média 2 horas por dia só a tratar disso... (ainda por cima agora a Lane ficou sem computador, tenho que tratar de tudo... juro que saio do computador com os olhos virados)...

Preparar o Erasmus... (é que dá bem mais trabalho do que eu alguma vez imaginei)....

Exercício Físico (natação)...

Vida social...

Vida pessoal - Bruno...

Vida familiar - visitas regulares à minha avó...

Dormir...



Claro que alguma destas coisas tem de ser negligenciada. É-me humanamente impossível fazer todas essas coisas, todos os dias, como seria o ideal. Normalmente, é a minha avó, que me liga a chorar porque já não vou lá há imenso tempo, e ela comprou-me não-sei-o-quê que eu gosto muito e vai-se estragar; a natação, e só me vejo a engordar (mas que hei-de fazer, se só tenho as manhãs livres para lá ir, e agora têm estado sempre ocupadas com o estágio? e depois das 17h pago só a triplicar..lol); a vida social; e o dormir!

Ando feita zombie! A sério... Há dias que me sinto tão confusa que as coisas mais básicas me passam ao lado... Hoje acordei às 8h (entretanto só me fui deitar às 2h porque ainda acho que tenho vida para fazer sessões de cinema até altas horas, lol) e ainda não parei 1 segundo que fosse. ah, já para não falar nas listas! as check-lists, os blocos de notas e as agendas...

Mas a culpa é minha, que eu me meto nisto... eu meto-me sempre em coisas...seeeempreee... devo ter algum problema. Ainda por cima, determinada como sou, detesto meter-me nas coisas e deixá-las a meio (prefiro nem começá-las, quando é assim), quando me proponho a fazer algo, tenho de o fazer até ao fim e bem! Depois, queixo-me!



Idiota.

15 de maio de 2011

' Nomes.

Por vezes acho que há nomes que me repelem. E outros que me atraem.

São eles, essencialmente:

Brunos: sempre gostei de Brunos. sempre me senti atraída por Brunos. tive uma grande crush por um Bruno quando era mais nova (daquelas platónicas e não correspondidas); um Bruno teve uma grande crush por mim também quando era mais nova (e eu não correspondia, mas atraía-me o facto dele gostar de mim); adoro o Bruno da série "Jura", acho que se fosse solteira e o visse à frente...... e, claro, o Bruno. o Bruno é o Bruno. :)

Tânias: não gosto de Tânias. nunca gostei de Tânias. todas as Tânias que se cruzaram na minha vida (e não foram poucas), me desiludiram. uma irmã emprestada (filha de uma senhora com quem o meu pai andou e viveu). sempre que tinha de ir lá a casa era o inferno. odiava-a, ela odiava-me a mim. uma prima direita. não gosto dela nem ela de mim, é recíproco. e sou menina para, se for a casa da minha avó e vir o carro dela estacionado, dar meia volta e vir embora. enfim. outras Tânias.

não sei. não percebo. há certos nomes que me atraem. outros que me repelem.

14 de maio de 2011

' This one could be the one #3



Não é uma música que todo o mundo goste, é diferente, nada comercial, e difícil de digerir. A primeira vez que a ouvi, estava no carro com o Alex e com a Vera, numa floresta algures no centro do país, na noite em que a Lua esteve mais perto da Terra, estava enorme. Foi um cenário absolutamente terrorífico, mas maravilhoso. Único, fiquei blown away, a primeira coisa que fiz assim que cheguei a casa foi passar a música para o meu mp3. Durante uma semana, não ouvi outra coisa. A palavra para isto: WOW!

12 de maio de 2011

' This One could be the one #2


Não tenho nem palavras para descrever o quanto amo esta música.

Foi das tais que não foi preciso mais de 1 minuto para gostar. Definitivamente, uma forte candidata a ser uma das minhas músicas favoritas! :)

11 de maio de 2011

' Só com isto ganhei o dia!



Professor: "are you Cláudia? I would like to talk to you about your essay... can we go drink a coffee?"

Cláudia: "sure"

*Cláudia a preparar-se para o pior*

Professor: "your essay is perfect... is flawless... I totally agree with you on everything! Congratulations!"

OH MEU DEUS! juro que não estava nada à espera de uma coisa assim... juro que quando o prof chegou ao pé de mim com o meu ensaio na mão e me perguntou se eu era a Cláudia, eu tremi a pensar "merda... o trabalho deve estar muito mau". e depois ele diz que está muito bom, que está excelente... eu até corei!

nunca me tinha acontecido coisa semelhante a isto. um prof dizer "it's perfect" de um ensaio com 4001 palavras em inglês que escrevi, na sua grande maioria, on my own (fora algumas referências e passagens directas a literatura, a outros autores).

epa, não gosto de me gabar dos meus feitos, mas fiquei mesmo orgulhosa... é tão bom a sensação de orgulho em nós mesmos!

:D

' This One could be the one #1

Começo pela minha mais recente descoberta: The XX. Já lançaram o primeiro álbum há que tempos, mas como eu raramente oiço rádio e/ou vejo canais de televisão que passam música (estou completamente farta de m*rdas comerciais, músicas que por pouco não são exactamente iguais umas às outras, portanto perdi o hábito de ouvir rádio ou tv), ando sempre um bocado atrasada e desligada (desligada para variar,lol)... felizmente tenho o Alexandre e a Vera os meus gurus musicais, conhecem imensa música e põem-me a par das novidades (ou então coisas que eu simplesmente não conhecia) e que sabem que eu vou adorar..eheh.

Devo dizer que poucas são as músicas que me chamam a atenção só por ouvir uma vez: normalmente, preciso de mais tempo para "assimilar" e habituar-me a uma sonoridade nova, a uma música nova, até ela entrar e eu decidir se gosto ou não! e poucos são os artistas e álbuns cujas músicas todas eu adoro: normalmente, só gosto de uma ou outra música de um determinado álbum, ou determinado artista... sim, nisso sou muito esquisita! raras são as excepções em que adoro todas, literalmente, todas, as músicas de um artista e de um álbum. The XX é um exemplo dessa excepção. Mal ouvi a primeira música (Crystalised), adorei, amei, e decidi que tinha de procurar mais deles. Depois de dias e semanas só a ouvir este primeiro álbum deles, conclui que nem sequer conseguia escolher uma só música que fosse candidata a ser uma das minhas favoritas. Portanto, escolhi umas quantas:













O que eu absolutamente amo em The XX? A sonoridade completamente diferente de tudo o que eu costumo ouvir... adoro a forma como eles utilizam e manipulam a guitarra e as batidas... (peço desculpa pela linguagem pobre, mas não tenho lá muitos conhecimentos musicais, sou leiga!). Mas o que mais me prende é o jogo de vozes deles...ele,ela,ele,ela,ele,ela... em duas palavras: pura sedução.

Love it!

10 de maio de 2011

' This One could be the one





Tenho extrema dificuldade em nomear uma só "música favorita". Não consigo, simplesmente. Tenho um enorme rol de músicas que poderiam ser, de igual forma, mas por me causarem diferentes sensações, por me fazerem chorar ou por me fazerem sentir feliz, ou pelas duas coisas ao mesmo tempo (há músicas que me fazem chorar de felicidade), as minhas preferidas. Músicas que não simplesmente adoro, que amo!

Por isso, resolvi iniciar uma nova "rubrica" (detesto a palavra "rubrica", mas à falta de melhor...): vou colocar uma música por cada post (com este título: This one could be "the one") que poderia perfeitamente ser a minha favorita, e que só não é porque... bem, porque há tantas outras que o poderiam ser!

Muaah @


9 de maio de 2011

' A minha sorte:

ter um namorado que cozinha e me ajuda a limpar a casa.

' Quando dizer NÃO.

"É sempre difícil negar algo a alguém, no entanto, existem situações,em que o "não" é mais que legítimo:

1 - quando está exausta ou stressada;

2 - quando está sobrecarregada de trabalho ou sem tempo;

3 - quando tem prioridades mais importantes e de maior pressão;

4 - quando não é o seu trabalho ou a sua responsabilidade;

5 - quando não é a sua área de especialidade ou alguém pode realizar melhor a tarefa."

Li isto numa revista e tenho de cortar e emoldurar, pois tenho sérias dificuldades em dizer "não" às pessoas!

7 de maio de 2011

' O futuro.


Crianças de infantário (ou, no máximo, 2º ano da primária), num jardim, em filinha, dois-a-dois, com as mãos dadas. 50% das crianças eram caucasianas, 50% de origem africana. A brincarem todas juntas.

"No meu tempo", era gozada na escola e chamada de "macaca preta" (sou uma mistura, minha mãe é branca, meu pai é mulato). Mas, bom, eu também andava num colégio privado cheio de menininhos brancos e ricos cujos pais não os educaram para não serem preconceituosos. Sim, porque apesar de dizerem que as crianças são cruéis, muita dessa crueldade vem de casa.

O futuro é isto: simplesmente, brincar, de mãos dadas, sem dar importância à cor da pele ou a qualquer outro atributo físico.

Amei ver isso. Fiquei enternecida.

6 de maio de 2011

' Fascina-me:

eu tenho um sono altamente pesado... a sério. pode até estar a passar a parada do carnaval brasileiro ao lado da minha cama, que eu durmo, que nem um anjo! durmo em qualquer sítio, independentemente do barulho. (só a luz me faz uma certa confusão).

assim sendo, é estranho que esta música (ou melhor, intro), super baixinha e calma, me acorde sempre, sempre...

na grande maioria das vezes (apesar de já ter tentado acabar com esse mau hábito), eu adormeço com a tv ligada... e com som... e mesmo assim consigo dormir uma longa noite de 8, 10, 11 horas, seguidas, se não me acordarem! mal toca o despertador... (a música que coloquei no link)... eu acordo... como se o meu cérebro estivesse programado para acordar com isso.

estou para aqui a falar como se isto fosse um fenómeno misterioso, mas na verdade, já foi estudado cientificamente: o nosso cérebro "programa" e "adapta" os receptores de estímulos externos (som, luz, movimento,...), durante o sono, para que os estímulos importantes nos façam acordar, mas os estímulos sem importância não interrompam o ciclo de sono (o nosso cérebro é uma máquina!). Por isso é que as mães tendem sempre a acordar com o choro do bebé; ou as pessoas que vivem perto de uma linha de comboio ou numa zona com muito ruído, se habituam e conseguem dormir com o barulho...

nevertheless, esse fenómeno fascina-me, é que estou programada de tal forma que já chegou ao ponto de eu adormecer no autocarro, enquanto oiço música no mp3, estar num sono relativamente profundo - a sonhar e tudo - e acordo sempre que começa essa música...

hmmm ... :D

5 de maio de 2011

' O que a Psicologia tem de lindo.


Para além de ser altamente aplicável à vida real, às relações e ao comportamento humano, é que me permite entender certas coisas que, dantes, considerava mistério.

Não é um curso simplesmente teórico de bla bla bla como muitas pessoas podem pensar! Devo dizer que aplico, em muito, à minha vida, o que aprendi e tenho vindo a aprender neste curso.

Um exemplo directo que tenho são os meus cães. Se há coisa que damos muito – demais, é que já demos milhentas vezes – são as famosas experiências do cão de Pavlov, a aprendizagem por condicionamento clássico. Muito resumidamente, o cérebro faz associações a determinados estímulos, na presença dos mesmos tem determinadas respostas comportamentais/reacções. Apresentam, primeiramente, um naco de carne ao cão e, naturalmente, ele saliva. Depois, apresentam o naco de carne com o barulho de um sino, simultaneamente; após repetidas vezes de apresentação desses dois estímulos (naco de carne e sino) juntos, o cão saliva apenas de ouvir o sino. O cérebro criou novas ligações, que associam o sino ao naco de carne, mesmo que este último não esteja presente. Uma das formas mais engraçadas que já ouvi isto foi do meu prof de AME (Aprendizagem, Motivação & Emoção): “then the dog salivates just by hearing the sound of the bell. He thinks to himself ‘now I know after this sound I’m getting some meet, so I can start to salivate already’ ”. Voltando ao exemplo dos meus cães, apercebi-me de que com eles se passa o mesmo. Há certos movimentos e certos sons que indicam que eles vão à rua, e eles começam logo a ficar inquietos, mesmo que esse movimento não signifique propriamente que eu vá com eles à rua, ou os deixe ir (que às vezes eles vão à rua sozinhos). Só o movimento de me mexer no sofá lhes indica “rua”, pelo simples facto de que, sempre que de facto eu vou abrir a porta para ir à rua, eu tenho de me levantar do sofá para ir abrir a porta xD A vantagem disto? É que a psicologia é uma ciência que, por estudar o comportamento passado, recorrente e provável dos humanos e até dos animais, permite prevê-lo ou até manipulá-lo. Partindo da teoria da aprendizagem por condicionamento clássico, é possível “educar”, neste caso, os meus cães. Levá-los a fazer o que eu quero ou a não fazer o que não quero. Claro que não vou fazer isso, até porque não é assim tão simples, dá demasiado trabalho e leva tempo. Mas é possível. Condicionamento clássico é algo que funciona também muito bem com crianças ou para curar fobias. (ex: experiência do Little Albert, Watson).



Depois, há certos mitos de senso comum que podem ser claramente explicados por esta bela ciência! Um dos maiores mitos que mais eu vejo por aí é que “Não se controla os sentimentos”. Ou os tão conhecidos lugares-comuns “não se manda no coração”. ISSO É MENTIRA!!!!! Controla-se, sim senhora. Se há área da psicologia que eu gosto particularmente, é a área das emoções. Ainda este semestre tenho uma cadeira relacionada com isso e tivemos de fazer, para avaliação, um ensaio sobre emoções, no qual tinhamos de entrevistar alguém que tivesse tido uma experiência emocional muito forte e depois analisar essa experiência segundo determinados critérios. Bem, adorei! Foi um dos trabalhos que me deu mais gozo fazer. Ainda por cima, a situação que tinha em mãos era altamente interessante. Tão interessante e tão complexa que tive dificuldades em analisar aquilo, ao início. Só depois de rever a literatura e ir procurar teorias a não-sei-onde, consegui começar a fazer aquilo. No fim, de tanto esmiuçar o assunto, acabei por ter de cortar quase 1000 palavras extra, fora do limite. Mas voltando à questão das emoções. As emoções são controláveis sim senhora. Antes de mais, há que distinguir entre emoção e sentimento. Emoção é a reacção imediata que temos perante o evento que desencadeou a emoção; sentimento é a emoção identificada, isto é, o nome que damos àquilo que estamos a sentir; o sentimento depende da forma como controlamos a emoção. E esse controlo da emoção é feito a partir do “appraisal”, ou o “diálogo interno”, isto é, a avaliação/interpretação que a pessoa faz da sua emoção. Tendo em conta que uma emoção é, como já disse, a reacção que temos perante o evento que a desencadeou – neste ponto convém dizer que há várias correntes teóricas acerca do que desencadeia a emoção, isto é, se a emoção surge imediatamente após o evento que a desencadeou ou se a emoção só surge dado as reacções fisiológicas que temos face a esse mesmo evento, a famosa discussão “arousal-appraisal”, mas agora não me vou demorar muito nisso, é apenas para dizer que, no exemplo que vou dar a seguir, eu segui a toeria de que a emoção é a reacção imediata ao evento desencadeador, independentemente da reacção fisiológica. Exemplo: ao vermos um rato e sentirmos medo, sendo medo a emoção, podemos subir para cima de uma cadeira e esperar que ele vá embora e gritar, ou podemos interpretar, avaliar, consciencializar a situação de outra forma, e não ter uma reacção tão forte, pensar que o rato não nos vai fazer mal, então aí já não vamos subir para cima de uma cadeira e esperar que ele vá embora e gritar. O lindo disto é que eu consigo, agora, controlar melhor os meus medos/fobias. Por exemplo, eu tenho um medo de morte de abelhas. É irracional, como a maioria das fobias, ou seja, não lhe encontro explicação, nunca fui picada sequer! E, confesso, sempre que vejo uma abelha desato aos gritinhos e a correr… mas, muitas vezes, tento controlar essa emoção. Em vez de desatar aos gritinhos e a correr, controlo a emoção de pânico e penso para mim mesma que, se ficar quietinha, ela não me faz nada de mal, e ela acaba por ir embora. Faço uma reavaliação – appraisal - da emoção (“irracional”) que senti, transformando-a em algo neutro e inofensivo para mim. A longo prazo, posso mesmo vir a perder o medo de abelhas se continuar a fazer isso. O appraisal das situações desencadeadores de medos é uma óptima táctica para tratar fobias, mas não funciona com toda a gente. Já vi acontecer o oposto: uma pessoa deparar-se com um evento desencadeador da sua fobia, e ter um ataque de pânico, mesmo que eu tivesse estado a noite inteira ao lado dele a fazer o appraisal por ele e a racionalizar a situação, a tentar neutralizar a emoção, lol. Mas se a pessoa não fizer esse “appraisal” por si, não vale de nada estar lá alguém a fazer por ela…

Outro mito: quando as pessoas dizem “mas porque é que tens medo de baratas, ou de aranhas, elas são mais pequenas que tu, elas é que fogem de ti, não te fazem mal, não representam perigo”. Eu fartava-me de ouvir isto dos meus pais, quando era pequena e tinha medo de baratas ou coisas assim. Que, por serem animais mais pequenos que eu, não devia ter medo. Mito! Há uma razão muito válida para que uma das fobias mais comuns sejam a bichos pequenos que, à partida, não representam nenhum perigo físico imediato à nossa vida (ou, pelo menos, não tanto como estar frente a frente com um leão esfomeado! Lol). O medo desses bicharocos é altamente adaptativo e vem dos nossos ancestores. Isto é, bichos como baratas, aranhas, ratos, etc., ainda que não saltem, propriamente, para cima de nós e nos ataquem, representam uma fonte potencial de doenças. Essa fonte potencial de doenças vem já de há muito tempo atrás, é uma emoção adaptativa e evolutiva, daí muitas pessoas terem medo de uma aranha microscópica. Medo, nesse caso, é uma reacção que nos leva a evitar e afastar o estímulo – neste caso, os bicharocos.

Resumindo e concluindo, a ciência da psicologia é linda! É quase 100% aplicável à vida real, tanto nas coisas quotidianas, banais e individuais (como medos, motivações e emoções), como a contextos empresariais (organizacionais), sociais (comportamento humano em sociedade, que é também algo que me fascina) e clínicos (perturbações mentais). Tem uma grande área de abrangência e é… espectacular.

Não podia ter escolhido melhor curso para mim e devo dizer que, desde que comecei a estudar psicologia, a minha perspectiva e postura perante as coisas e pessoas mudou bastante. Ajudou-me imenso a entender certas coisas que dantes, para mim, eram um grande mistério.

4 de maio de 2011

' O Biggest Loser e o Peso Pesado têm que ter mensagens subliminares / Upgrade.

Antes de mais, um upgrade: agora já vou a fazer jogging para a natação (se bem que é difícil, eu não consigo correr devagar, tendo sempre a correr super rápido). Gosto de chegar lá a morrer e toda suada, despir-me e saltar para a água. não é muito, segundo o google maps é só 1 Km, mas já é alguma coisa.

Agora, vamos ao que interessa: eu estou a ficar completamente obcecada!


Ao início, não me importava nada com a minha forma física. Detestava pessoas que só falavam de dietas, de contagem de calorias (comidas e perdidas)... Gostava do meu corpo, era saudável e isso para mim chegava.

Depois, comecei a fazer exercício. O meu pensamento era: "sou saudável e o meu peso está normal para a minha altura, adoro o que vejo no espelho, mas devo manter o peso, não perder mas também não ganhar". O Biggest Loser? fazia-me sentir magra.

Agora?? desde que começou o "Peso Pesado" que estou completamente OBCECADA. no domingo à noite, depois do primeiro episódio, fui para a cama a pensar "amanhã vou a correr para a natação e depois vou ficar lá mais tempo do que o costume! vou fazer exercício até doer o corpo todo".

Eu, correr para a natação?? desde quando? aliás, só o ter começado a fazer natação em si já foi alta cena para mim... detesto exercício e não fazia nenhum! eu, estar obcecada com as vezes que tenho (ou que convém) fazer exercício por semana e ficar a sentir-me culpada - CULPADA! - se devia ter ido 3 vezes e só fui duas? desde quando?? eu, ter cuidado com o que como, pensar sempre no tempo que passou desde que comi da última vez ("passaram 3 horas, devia comer de novo"), ter atenção ao açúcar que coloco no chá, ver as calorias nos pacotes de bolachas de água e sal e fazer contas a quantas comi?? eu?? really??

eu não era nada assim! e detesto estar a tornar-me no que me estou a tornar... um monstro com a mania das dietas!

e o pior? estar de dieta faz-me fazer mais asneiras! dantes, não pensava no que comia... comia e pronto!! não tinha tantos desejos... comia até ficar sacida e pronto! agora, quanto mais penso que "não posso comer", mais vontade  me dá... por exemplo, hoje, quando cheguei a casa, comi bem, visto que tinha feito exercício e tal... comi saudável!! depois de um almoço super saudável, que me saciou, apetecia-me comer chocolate... e não descansei enquanto não fui comer chocolate.

vou deixar de ver reality shows de perda de peso, assim não dá... dantes, o pensamento de "fogo, há lá pessoas que perdem o meu peso inteiro e mais algum ainda", ou de "porra, mesmo que coma mal e não faça exercício intensivo não vou chegar a esse ponto, é demais!" era um pensamento extremamente reconfortante, eu comia bolachas de água e sal com compota de amora (hmmm, petisco muito bom) no sofá, à frente da tv, a ver aquilo... agora??!! agora penso "ai meu deus! não posso chegar àquele ponto!". e está a ficar obsessivo...

ainda por cima, eu, sempre fui pelas curvas, com o projecto Mulher XL e tudo, sempre detestei pessoas demasiado magras... sempre achei que eu estava "no ponto", tudo no sítio certo, aliás, as pessoas do "meio" Mulher XL sempre me "apontam o dedo" a dizer que sou "demasiado magra para plus-size"... porque sou NORMAL! e agora isto...

portanto, ponto de situação: eu continuo a ter consciência de que o meu corpo está bem, está onde devia estar; gosto do que vejo ao espelho, adoro-me, na verdade! nem é uma questão de me achar gorda nem nada... mas parece que é automático, eu ir ver as calorias que têm as embalagens... e coisas assim.

ahhhh!!! quero a antiga cláudia de volta. detesto ser assim... detesto mesmo!

3 de maio de 2011

' Sonhos lúcidos.



E terem a noção de quando estão a sonhar? E estarem perfeitamente acordados, mas a sonhar?

Isto é completamente assustador... mas muito giro.

Às vezes (muitas vezes) estou acordada, mas o meu corpo está a dormir, resultado, fico paralisada e não me consigo mexer durante uns bons minutos. Para mim mesma, estou a pensar e a fazer uma enorme força para acordar, para abrir os olhos, mas não consigo! Pior, quando isto acontece, geralmente, é acompanhado de um sonho, e eu estou no sonho, aliás, metade no sonho, metade acordada, sei perfeitamente que estou acordada, estou perfeitamente consciente, quero mover-me, quero acordar, quero sair do sonho, e NÃO CONSIGO. Esta é a parte mal de estar semi-consciente durante o sono. Mas, por outro lado, podemos ter sonhos lúcidos... e é óptimo!

Desde que vi o Inception tenho mais a noção de quando estou a sonhar. Dou por mim, mesmo a sonhar, e a pensar para mim mesma "isto é um sonho" - porque nunca sei como fui lá parar e porque normalmente é tudo completamente absurdo. muitas vezes oiço outras pessoas a contarem-me os seus sonhos e, apesar de serem cenários altamente oníricos, são sempre coisas que têm um curso de tempo e de acontecimentos mais ou menos lógico. mas os meus não. os meus sonhos são tão estapafúrdios que é fácil de perceber que estou a sonhar. e quando quero "conferir" que realmente estou num sonho, invento um espelho qualquer (sim, que nos sonhos é só pensar e aparece) e vejo-me nele, mas não aparece a minha imagem, aparece sempre enevoada, aí sei que estou a sonhar (porque nunca me vejo a mim própria nos sonhos).

Na noite que vi o Inception (pt: A Origem), fiquei tão "blown away" que fui à net procurar coisas sobre sonhos. Uma das técnicas que li para sabermos que estamos a sonhar é pensar, no instante antes de dormir, "vou lembrar-me que estou a sonhar", e muitas vezes consigo. Muitas vezes não consigo, é extremamente difícil!

Mas, quando consigo, é BRUTAL, porque manipulo completamente o jogo. E lembro-me sempre do que sonhei, lembro-me que fui lá parar porque o meu subconsciente assim decidiu, mas que, a partir do momento em que me apercebi de que estava a sonhar, quem controlou tudo a seguir fui eu.

Na maioria das vezes em que ganho uma certa consciência de que estou a sonhar, consigo manipular o sonho a meu bel-prazer. voo, flutuo, vou para onde quiser, faço o que quiser.
Noutras vezes, corre mal eu ter a consciência de que estou a sonhar, quero fazer algo no sonho e não consigo... por exemplo, num sonho que tive, estava num quarto de hotel e estavam a revistar as minhas malas porque desconfiavam que eu tinha roubado algo. eu estava sentada na cama, e na parede ao lado tinha uma janela que dava para outro quarto, onde estava um gajo e uma gaja a fazerem sexo e eu decidi ir para esse quarto. quando estava no corredor, é que me apercebi que estava a sonhar. o corredor estava totalmente escuro e eu estava a flutuar, não a andar, como se não houvesse gravidade. quando me apercebi que estava a sonhar, já não consegui encontrar o quarto que queria -.-'

Mas, a sério... é BRUTAL ter consciência de que estamos a sonhar e manipular a coisa... já para não falar que, quando consigo ter esta consciência de que estou a sonhar (o que nem sempre acontece, apesar de tudo) é sempre óptimo poder realizar: sonhos, fantasias, desejos, magias, histórias, vinganças, coisas que não poderia fazer na realidade...tudo o que eu quiser. e é como se tivesse a viver tudo isso na realidade, pois é intenso, é muito real, é como se tivesse numa realidade paralela, uma realidade que eu crio, tenho mesmo as sensações físicas que teria se acontecesse na realidade, algo que é impossível se imaginarmos apenas, quando acordados.
wow! wow! wow!!
já aquela coisa de estar acordada e não conseguir mover-me ou abrir os olhos, só conseguir respirar, já é um bocado agoniante. é como ter um ataque de pânico e não poder fazer nada nem chamar ajuda!

2 de maio de 2011

' Vamos dormir sobre o assunto.


"Não me apetece nada ir às aulas, estou mole"

"Não vás"

"ya... também não eram importantes"

*5 minutos depois, já deitados e quase a dormir*

"oh... sinto-me bué culpada por não ir às aulas, ainda por cima para ficar a dormir..."

"não sintas"

"mas sinto..."

"vamos dormir sobre o assunto".

1 de maio de 2011

' O Principezinho.


Um livro que, dizem, tem de se ler várias vezes ao longo da vida. Para relembrar de que as coisas essenciais são invisíveis aos olhos e de que, em "crescidos", nos esquecemos das melhores coisas do mundo, as que são vistas pelas crianças de uma forma totalmente diferente. É sempre bom para recuperar a essência pura e infantil - nunca perdida, mas bem escondida - dentro de nós. Para além disso, de cada vez que se lê, lê-se sempre com uma perspectiva completamente diferente, conforme a fase em que estejamos na vida.

Eu li uma vez quando era miúda, detestei, porque para além de não gostar nada de ler nessa altura - e como as coisas mudam, hoje amo ler! - (os meus pais obrigaram-me a ler isso), não percebi grande coisa da história, claro.

Estou agora a ler pela 2ª vez, com 21 anos. E, a cada página, me delicio e me dá vontade de sorrir e chorar ao mesmo tempo.

É lindo. É delcioso. E é tão lindo e delicioso que eu tenho "medo", ou pena, que acabe. É tão pequeno e lê-se num só dia, mas eu ando a esticá-lo durante o maior tempo possível. Releio montes de vezes só para não passar de página. Não quero que acabe! E estou mesmo a ver que, no fim, vou chorar. Eu choro sempre no fim dos livros, quando eles me tocam mesmo a sério.

"Quando nos deixamos cativar, é certo e sabido que algum dia alguma coisa nos há-de fazer chorar."