18 de dezembro de 2009

' Uma Janela Aberta.

Já há muito tempo que andava para fazer isto. Tinha medo e continuo a ter.

Peguei nos meus melhores poemas, juntei-os no word, fiz uma capa, um índice, um prefácio, e depois converti para PDF, tudo direitinho.

Levei anos para escrevê-los, meses a seleccionar e organizar.

Dei tudo por tudo e enviei o meu primeiro livro a algumas editoras online só assim para começar. Enviei dezenas de mails com propostas de edição e o seguinte texto:



"Boa noite!

O meu nome é Cláudia, tenho 19 anos, de momento frequento o 1º ano da Licenciatura de Psicologia e, enfim, não há muito mais a dizer da minha curta vida. Concluí o ensino secundário no colégio Salesiano em Lisboa, na área das Ciências Sociais e Humanas e passei por um ano no curso de Gestão de Recursos Humanos, altura em que decidi mudar de curso para Psicologia. Desde muito cedo que me comecei a interessar por poesia e prosas poéticas. O meu escritor de eleição é Fernando Pessoa, sendo nele que retiro grande parte da minha inspiração (não querendo aqui, sequer, colocar-me a par desse grande senhor!).

Ao fim de alguns anos a escrever muitos poemas, alguns muito maus, resolvi seleccionar alguns e fazer uma "colectânea". Vou, agora, arriscar em tentar publicá-lo, enviando assim em anexo um original.

Obrigada e aguardo resposta,

Cláudia"

(achei por bem inserir uma certa dose de humor "na minha curta vida" e "alguns muito maus", manter uma atitude descontraída e ao mesmo tempo humilde e boa-educação e seriedade).

O meu pseudo-livro chama-se "Janela Aberta". Detesto 98% dos poemas e prosas poéticas que lá estão. O quase único poema que gosto é este

Não tive tempo, meu amor, não tive tempo!
Para deixar de ter pressa que passasse o tempo;
Para deixar que viesse o tempo de ter tempo,
De esperar e desesperar para ter tempo,
Para viver o momento
Para chorar por dentro,
Não tive tempo, meu amor, não tive tempo...

Não tive tempo, meu amor, não tive tempo!
De reparar que as palavras vieram e foram
Que morreram e renasceram;
Para deixar que fossem apenas gotas de água por cima de mar,
Ar e vento
E pétalas por cima de rosas,
Não tive tempo, meu amor, não tive tempo...

Não tive tempo, meu amor, não tive tempo
Para pensar bem e saber que tive todo o tempo
Do mundo.
Que deixei cair uma lágrima cá fora quando milhares já tinham caído
Lá dentro.
Que tive medo de ser feliz, e fugi, e fugi, e corri até não poder mais.
Que fugi até sentir dor, até sentir paz. Até sentir que o merecia.
Que fugi do tempo que tinha para ter tempo.
E não tive tempo sequer de ser livre na minha entrega.

Mas hoje tenho tempo. Tenho tempo,
De sobra até.
Tenho tempo para te esperar. Tempo para te abraçar,
Para me despir, para te sentir, para inexistir
Existindo.
Hoje tenho tempo e hoje sou amor. Hoje sou liberdade,
Sou toda a cor que destoa do azul do mar,
Tudo o que é diferente mas vai dar ao mesmo.
Sou todo o tempo, todo o tempo.
Sou a luz, sou a sombra, sou a santa e sou a pecadora.
Hoje sou música, hoje sou uma canção.

Danças comigo?

De resto, não gosto de nenhum apesar de ter sido eu a escrever. Mas que autor gosta das suas obras? Eu não, certamente. É das poucas coisas que não tenho confiança em mim mesma... a ver vamos!

posso não conseguir - é quase certo, o livro é muito amador - mas não perco nada em tentar.

http://olhaquecoisamaislinda.blogspot.com/

Muaah @


sempre que tenho um jantar de curso,uma festa,ou um evento social do género, fico mesmo parva com certas reacções e atitudes das outras pessoas. estou em Psicologia,tenho esta tendência natural para observar comportamentos humanos e sociais, mas digo-vos... a minha vida dava uma novela. a sério. sempre que vou a este tipo de sítios, fico muito elucidada acerca de algumas pessoas. e esclareço sempre muitas coisas que ficaram por esclarecer com alguém (neste caso, o meu ex). e desiludo-me sempre com alguém. e percebo sempre que, afinal, aquela pessoa que até nem simpatizava muito com, é qualquer coisa de. num espaço de 4 horas, que é aquele tempo para jantar, beber até ficar alcoolicamente bem-disposta e ficar completamente normal outra vez, acontece tanta coisa que dava para fazer postings para um mês, por isso é que eu digo "a minha vida social é vida de Gossip Girl. é muito à base das fococas, do disse-que-disse, do falar com 30 pessoas, 30 pessoas dizerem coisas diferentes acerca de outras 30, e eu dizer coisas diferentes a 30, e eu dizer 'sei que falam de mim mas tou-me a cagar', como dizer 'falam tão mal de mim', 'tenho tão má reputação', 'não quero saber, mas não acredites nas coisas absurdas que te dizem, é tudo exponencialmente quadriplicado e eu não diz nada disso que andaste para aí a ouvir', 'não, não curti com X na festa, não sei de onde surgiu esse rumor', ' a sério que estás desiludida com ele? até que enfim, também estou mesmo desiludida', 'não, o meu blog não dá dicas sobre sexo, o meu blog não é o programa da sue johnson advices' ". é muito à base 'confio em ti mas não digas a', 'confiei em ti e disseste a'. isto às vezes até tem piada. porque todas as relações sociais supérfluas são baseadas nisso e porque - há que admitir - faz parte da natureza social do ser humano avaliar-se a si dentro de grupos sociais, avaliar (julgar) os outros e comportar-se da forma que achar mais adequada. (se calhar devia-me ter inscrito em "Grupos e relações entre grupos" para cadeira opcional do 2º semestre, mas preferi "Atitudes e mudança de atitudes". e sim, é giro pôr os conhecimentos do meu livro de Psicologia Social em prátia mas, ao fim de um tempo, cansa. além de não ser saudável, cansa. às vezes, apetecia-me isolar-me do mundo. fechar-me no quarto, desligar o telemóvel, a net, não falar com ninguém. não curtir com ninguém, não me envolver com ninguém, não gostar de ninguém, não ter amigos. fazer um refresh à minha mente. se calhar faço isso nestas férias do natal. vem mesmo a calhar. ainda por cima natal, as pessoas andam mais irritantes. sim, às vezes farto-me de pessoas. esta divagação está mesmo estúpida. estou com sono, estou embirrenta, estou fodida da vida. (eu sou como os bebés, quando estou com sono fico insuportável). porque este apartezinho foi escrito já bastante tarde.

"Cláudia, dá-me um cigarro"
"Não tenho"
"Estás com um na boca"
"Cravei"
"mentira. tens sempre tabaco"
"sim, mas desta vez não tenho mesmo. foi uma praxe. praxei o ******* e disse pra ele me arranjar um"
"cláudia, vê-se logo que tás em psicologia. que raio de praxe é essa?"
e sim, tinha tabaco. tenho sempre. e cravo sempre. sou uma cravas do pior.

6 comentários:

Anónimo disse...

Tu fizes-te o que eu, desde sempre sonho fazer mas nunca, mas mesmo nunca, me dei ao trabalho de concretizar (porqe sera? )


xP

Unknown disse...

fogo vai dar aulas de psicologia!!! esse teu aperte foi algo k nem eu consegui ler até ao fim... LOLOLOLOL

Pedro disse...

Um blog catita, sim senhor.

;)

beijos com charme

Morce disse...

Olha eu gostei muito do poema, em tão poucas linhas, e de uma forma tão simples, consegues traduzir toda uma história de vida. Sair da escuridão, e encontrar a luz, é uma das melhores oportunidades que o ser humano tem. Não a devemos desperdiçar, nunca.
Gostei muito do poema, e espero que tenhas sorte, estou a torcer por ti.
Quanto à divagação; Cláudia, as pessoas, são a melhor coisa que o mundo tem ;)
Beijinhos

Anónimo disse...

ya estas ferias vou reflectir um pouco sobre algumas besteiras da má vida

Alex Page disse...

Gostei do poema :) Achei bem teres enviado para editoras... tambem vou ter que fazer isso com as minhas músicas :P

De vez em quando tambem estou farto de pessoas... e esses momentos de isolamento calham mesmo bem de vez em quando. é do melhor!

A parte dos cigarros ta mesmo LOL!
Gostei :P (do post todo)