Acabei de vir das compras com a minha cunhada (irmã do Bruno) e a minha pseudo-sogra. Devo dizer que foi um acto completamente involuntário. Eu sai de casa supostamente só para ir carregar o passe com a Nena. mas ela inventou que íamos à praça ter com a mãe dela. enfim. já estávamos quase a chegar a casa!!!! perto da meta... e puff.
UMA HORA. UMA HORA tivemos nós às voltinhas. se compraram alguma coisa de especial? não. 3 sacos de compras que eu tinha feito em 10 minutos, no máximo. mas foi uma hora, e porquê? porque a senhora minha sogra teve de ficar na conversa como tudo o que movia. velhotas, senhoras adultas, crianças, até bebés e até cães. e era do gato, e era da gata, e era do vizinho, e da vizinha, e da filha, e da sobrinha e da "ai esta é a minha nora" (e aponta para mim e eu faço sorriso de conveniência), "ai é tão gira, o seu filho tem bom gosto" (e a Cláudia faz sorriso de agradecimento e cora), e do tio, e da tia, e do sobrinho, e da sobrinha, e do piriquito lá de casa. entretanto, claro, era a Cláudia que estava cá fora com os saquinhos na mão, à espera que a conversa acabasse. e o menino Bruno, em casa no quentinho.
bem, que eu sou uma pessoa pouco paciente para este tipo de coisas, eu já sabia. se nem para ir para o centro comercial ver montras de roupa eu tenho paciência, quanto mais para ir ao mercado no Domingo de manhã. e quem diz mercado ao domingo de manhã, diz reuniões familiares (porque é que eu só arranjo namorados com super-famílias?) daquelas super secantes, em que sou apresentada à família toda como nora e cunhada, e eu sou tão novinha para me porem alcunhas dessas, c'um caraças. como ia dizendo, que não tenho paciência para esse tipo de coisas (provavelmente porque não fui criada numa super-família que mantém essas tradições), já é certo e sabido, mas hoje aprendi que.. NÃO. NÃO MESMO. a mim não me apanham mais numa praça nem num mercado com cheiro a peixe, a falar com a vizinhança toda sobre coisas que não interessam ao menino jesus. é que para isso já me chegou quando vivia com a minha avó e ela me acordava cedíssimo a um Sábado de manhã e obrigava-me a ir à praça. mas pronto, com a minha avó eu sempre podia dizer "epa, despacha-te, sim?", ou então levava eu uma lista e fazia as compras sozinha e passados 20 minutos estava em casa. com a minha pseudo-sogra não posso dizer nada , que não tenho essas confianças.
mas uma coisa tenho de admitir: esta minha pseudo-sogra não é tão "má", nesse aspecto, quanto outra que tinha: além de me arrastar com ela para as compras e para as 2 horas de conversa, ainda me obrigava a ir com ela para a cozinha fazer o almoço/jantar. ora bem, eu detesto cozinhar e deve ter sido daí que veio a minha aversão. estar numa cozinha com uma sogra que nos obriga a bater ovos para fazer uma quiche, e depois ainda diz que não está bem assim, que tem que ser assim - ou seja, como ela quer à força toda - é que não, não mesmo. irritava-me profundamente. se querem ensinar-me a cozinhar pratos mais elaborados (o que eu dispenso), porque sei, obviamente, os básicos, então ensinem-me com um mínimo de paciência. e pior, o meu namorado dessa altura nem fazia nada. acham que ele dizia à mãe "olha, a Cláudia veio cá para estar comigo, não a obrigues a cozinhar", depois de eu lhe dizer 1000 vezes "olha ******, eu detesto cozinhar. por isso s.f.f. diz à tua mãe: que pior do que ir às compras é meter-me na cozinha". e ele, nada. a partir daí, que só me meto na cozinha sozinha, sem ninguém a buzinar nos meus ouvidos e mesmo assim é difícil, detesto mesmo cozinhar.
não percebo. quando as pessoas vêm a minha casa, não as obrigo a irem com a minha mãe a lado nenhum nem a fazer nada que não queiram; muitas vezes a minha mãe tem essas ideias "ah, e se o/a ***** fosse ali comigo ajudar-me numa coisinha?", e a minha resposta imediata é "não. os meus amigos vêm cá não é para te fazerem favores nem companhia. não tens amigos?". podem ficar em minha casa os dias que quiserem, comerem o que quiserem, fazerem o que quiserem, mandarem abaixo uma garrafa de vodka e NADA EM TROCA. ENTÃO, PORQUE É QUE quando eu vou a casa de outras pessoas, tenho sempre de fazer coisas como esta? pedirem-me para limpar o pó ou aspirar a casa, faço de bom grado. agora, fazer coisas que eu odeio, não. mesmo. nomeadamente sogras que tentam, à força, educar-me de uma forma muito subtil mas que eu percebo, como quem diz "olha, se um dia vais casar com o meu filho é bom que sejas assim. habitua-te a ires ao mercado fazer compras, nada de supermercados, e quando chegares a casa ficas o dia todo a cozinhar".
epa, eu sei o que estás a pensar, é o que toda a gente me diz: "tens que te habituar a essas coisas, porque quando fores viver sozinha vais comer o quê, ar?". ao que eu respondo: quando eu viver sozinha, cá me arranjo. agora, uma coisa garanto: vou ser tudo menos uma dona de casa exemplar, de avental, que se levanta às 7h da manhã e se mete na cozinha (como o meu pai, nos seus ataques de machismo, diz que era o que a mãe dele fazia, como quem diz "é isso que as mães e donas de casa exemplares fazem"), e muito menos que vai ao mercado ao Domingo de manhã. e também, se alguma vez me juntar com alguém, não vou fazer tudo e o meu namorado ficar no sofá o dia inteiro. são as tarefas bem divididas e cozinhar não vai fazer parte das minhas funções.
UMA HORA. UMA HORA tivemos nós às voltinhas. se compraram alguma coisa de especial? não. 3 sacos de compras que eu tinha feito em 10 minutos, no máximo. mas foi uma hora, e porquê? porque a senhora minha sogra teve de ficar na conversa como tudo o que movia. velhotas, senhoras adultas, crianças, até bebés e até cães. e era do gato, e era da gata, e era do vizinho, e da vizinha, e da filha, e da sobrinha e da "ai esta é a minha nora" (e aponta para mim e eu faço sorriso de conveniência), "ai é tão gira, o seu filho tem bom gosto" (e a Cláudia faz sorriso de agradecimento e cora), e do tio, e da tia, e do sobrinho, e da sobrinha, e do piriquito lá de casa. entretanto, claro, era a Cláudia que estava cá fora com os saquinhos na mão, à espera que a conversa acabasse. e o menino Bruno, em casa no quentinho.
bem, que eu sou uma pessoa pouco paciente para este tipo de coisas, eu já sabia. se nem para ir para o centro comercial ver montras de roupa eu tenho paciência, quanto mais para ir ao mercado no Domingo de manhã. e quem diz mercado ao domingo de manhã, diz reuniões familiares (porque é que eu só arranjo namorados com super-famílias?) daquelas super secantes, em que sou apresentada à família toda como nora e cunhada, e eu sou tão novinha para me porem alcunhas dessas, c'um caraças. como ia dizendo, que não tenho paciência para esse tipo de coisas (provavelmente porque não fui criada numa super-família que mantém essas tradições), já é certo e sabido, mas hoje aprendi que.. NÃO. NÃO MESMO. a mim não me apanham mais numa praça nem num mercado com cheiro a peixe, a falar com a vizinhança toda sobre coisas que não interessam ao menino jesus. é que para isso já me chegou quando vivia com a minha avó e ela me acordava cedíssimo a um Sábado de manhã e obrigava-me a ir à praça. mas pronto, com a minha avó eu sempre podia dizer "epa, despacha-te, sim?", ou então levava eu uma lista e fazia as compras sozinha e passados 20 minutos estava em casa. com a minha pseudo-sogra não posso dizer nada , que não tenho essas confianças.
mas uma coisa tenho de admitir: esta minha pseudo-sogra não é tão "má", nesse aspecto, quanto outra que tinha: além de me arrastar com ela para as compras e para as 2 horas de conversa, ainda me obrigava a ir com ela para a cozinha fazer o almoço/jantar. ora bem, eu detesto cozinhar e deve ter sido daí que veio a minha aversão. estar numa cozinha com uma sogra que nos obriga a bater ovos para fazer uma quiche, e depois ainda diz que não está bem assim, que tem que ser assim - ou seja, como ela quer à força toda - é que não, não mesmo. irritava-me profundamente. se querem ensinar-me a cozinhar pratos mais elaborados (o que eu dispenso), porque sei, obviamente, os básicos, então ensinem-me com um mínimo de paciência. e pior, o meu namorado dessa altura nem fazia nada. acham que ele dizia à mãe "olha, a Cláudia veio cá para estar comigo, não a obrigues a cozinhar", depois de eu lhe dizer 1000 vezes "olha ******, eu detesto cozinhar. por isso s.f.f. diz à tua mãe: que pior do que ir às compras é meter-me na cozinha". e ele, nada. a partir daí, que só me meto na cozinha sozinha, sem ninguém a buzinar nos meus ouvidos e mesmo assim é difícil, detesto mesmo cozinhar.
não percebo. quando as pessoas vêm a minha casa, não as obrigo a irem com a minha mãe a lado nenhum nem a fazer nada que não queiram; muitas vezes a minha mãe tem essas ideias "ah, e se o/a ***** fosse ali comigo ajudar-me numa coisinha?", e a minha resposta imediata é "não. os meus amigos vêm cá não é para te fazerem favores nem companhia. não tens amigos?". podem ficar em minha casa os dias que quiserem, comerem o que quiserem, fazerem o que quiserem, mandarem abaixo uma garrafa de vodka e NADA EM TROCA. ENTÃO, PORQUE É QUE quando eu vou a casa de outras pessoas, tenho sempre de fazer coisas como esta? pedirem-me para limpar o pó ou aspirar a casa, faço de bom grado. agora, fazer coisas que eu odeio, não. mesmo. nomeadamente sogras que tentam, à força, educar-me de uma forma muito subtil mas que eu percebo, como quem diz "olha, se um dia vais casar com o meu filho é bom que sejas assim. habitua-te a ires ao mercado fazer compras, nada de supermercados, e quando chegares a casa ficas o dia todo a cozinhar".
epa, eu sei o que estás a pensar, é o que toda a gente me diz: "tens que te habituar a essas coisas, porque quando fores viver sozinha vais comer o quê, ar?". ao que eu respondo: quando eu viver sozinha, cá me arranjo. agora, uma coisa garanto: vou ser tudo menos uma dona de casa exemplar, de avental, que se levanta às 7h da manhã e se mete na cozinha (como o meu pai, nos seus ataques de machismo, diz que era o que a mãe dele fazia, como quem diz "é isso que as mães e donas de casa exemplares fazem"), e muito menos que vai ao mercado ao Domingo de manhã. e também, se alguma vez me juntar com alguém, não vou fazer tudo e o meu namorado ficar no sofá o dia inteiro. são as tarefas bem divididas e cozinhar não vai fazer parte das minhas funções.
É QUE NÃO MESMO. Como a Miss Complicações disse, tenho vocação para ser rica.
e pronto, ao querer dizer que detesto este tipo de coisas acabei por ser um bocadinho bruta. eu até gosto da Ti Mila. mas, por favor, não me obriguem a meter-me na cozinha nem a ir à praça estar 1 hora na conversa...
(nem era suposto ter escrito hoje, mas quando me acordam assim fico mal-disposta, e tinha mesmo que desabafar, pa).
(nem era suposto ter escrito hoje, mas quando me acordam assim fico mal-disposta, e tinha mesmo que desabafar, pa).
Muaah @
6 comentários:
Também sinto que não nasci para Dona de Casa. Na realidade sinto que tenho uma enorme vocação para ser rica ;)
não foi 1h...
1h demoras.te tu de minha casa até voltar, com passe incluido.
e sabes mt bem porque te arrasto para essas coisas. para a minha mae não falar que ficas sozinha com o Bruno e que depois pode-vos dar vontade de fazer algum disparate (oh disparate).
E a minha mãe é pessima como professora. além de fazer as coisas rapidas, quer que fazam a maneira dela, como a tua ex sogra. e depois espulsa-te da cozinha se fizeres perguntas: tipo, eu quero saber qnd tempo ficam as batatas na frigideira, ela expulsa-me da cozinha.
eu quando morar sozinha vou ser aticted dos supermercados, que tem fruta e salada embaladas, queijo, fiambre e iogurtes, higiene e mercearia tudo no mesmo sitio. Vou ser viciada em Bimbys, microondas, batedeiras electricas e afins. Acho até que nem vou comprar forno, compro só uma daquelas chapas para relhar a carne e o peixe, arroz e massa faz-se no microondas e batatas, se puder comer fritas, compro uma frigideira electrica.
Pa... de resto adoro arrumar e limpar, acho que passar a ferro vou contratar alguém, há pessoas que tem que ganhar a vida, né?
Ui como eu te entendo... Mas, no meu caso, não é falta de paciência e jeito. É mesmo falta de tempo! E, portanto, dou valor a outras coisas quando tenho tempo para fazer alguma coisa. LOL
Beijinhos
O que eu me ri a ler isto.
As mininas de hoje em dia ja não são o que eram =b . agora a serio, isso das sogras e uma forma de te controlarem e até de te testarem o que eu acho sempre engraçado LOL.
ps- até gosto do teu blog.
kkkkk...
eu passei bem por isso.. e pior tive que aprender do 0.. afinal tudo era diferente.. nem os temperos são iguais...
Mas, ate axo giro e ate tenho paciencia pra sogra....
bjs
Donas de casa assim eram só no tempo dos nossos avós.
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