5 de março de 2011

' Hoje.

Acordei cheia de dores no corpo (falta de hábito de fazer exercício), fui a um casting para a La Redoute, um casting plus-size, para variar olharam para mim com ar de quem pensa "mas tu não és gordinha", já estou tão habituada que nem me faz confusão, não fiquei entre as 12 finalistas, talvez por não ser "gordinha", até me perguntaram o nº de calças e ficaram com cara de "o que fazes aqui" quando eu disse "40, às vezes 42", não fiquei muito chateada porque sinceramente inscrevi-me à toa", "a ver no que dá", nem sequer pensei em ficar nas 30 semi-finalistas de todas as inscrições, mesmo assim fiquei "naquela", no casting eles pareceram gostar de mim, soube desfilar, soube pousar, disseram "muito bem", gostaram de mim, riram-se, falei do Mulher XL, conheci pessoas interessantes, de qualquer forma o tempo que fiquei a matutar no assunto foi o tempo do metro do Campo Pequeno até ao Rossio, fui fazer um check-in a uns franceses (trabalho), dei-me conta do quão mau e pobre o meu francês é (lá me desenrasquei, "ici c'est une canapé-lit, ici c'est une double chambre, il y a une supermarché dans le centre de la ville", muito mal dito, claro), mas dei-me ainda mais conta de como os franceses são egocêntricos ao ponto de não saberem falar uma palavra de inglês, nem um "hello" eles percebiam, vêm para Portugal e estão à espera que eu saiba falar francês, almocei um arroz de marisco pago pelo meu boss (eu não queria, já estava a sacar da carteira mas ele não deixou), andei a fazer limpezas num dos apartamentos dele que tinha estado em obras, aliás, tinha estado não, estava, por isso pode-se imaginar que fazer limpezas e obras ao mesmo tempo nunca resulta, limpa-se e 5 minutos depois já está cheio de pó, e a proporção era de 10 homens das obras a olhar constantemente para as minhas pernas (com collants) para 3 mulheres a limpar, não deu em quase nada, ficava tudo sujo à mesma, era eu a tentar esconder-me para evitar a sensação de ser despida com os olhos e eles a fazer mal as obras por não olharem para o que estavam a fazer, tanto que em 5 horas que lá estive aquilo ficou quase na mesma, quando disse que tinha de vir embora, disseram-me que tinham andado a pintar as escadas com verniz e que estava fresco e ainda tinha que esperar, lá fiquei eu mais uma hora a limpar, lavar, arrastar, pendurar, arrumar, quando finalmente pude sair dei aquilo a que se pode chamar de um valente trambolhão nas escadas, por causa do verniz, que afinal ainda não estava seco, o meu rabo bateu 7 vezes em 7 degraus e das 7 vezes eu tentei amparar a queda com as mãos, mas sem sucesso, elas escorregavam, aquilo não parecia verniz, parecia sonasol, lá desci eu com muita dificuldade quase do Intendente ao Martim Moniz, de noite, zona da Baixa de Lisboa muito manhosa e um bocado assustadora, chego a casa está a chover a potes, aqueles 3 minutos da paragem do autocarro a minha casa a subir, chegaram para ficar ensopada, agora é assim, estou toda partida, dói-me a nádega direita (amanhã posso contar com uma nódoa negra "daquelas) e o cóxis, tenho 20 anos, é sábado à noite e devia era estar na night, onde é que isto já se viu, estar em casa, mas pronto, hoje não dá para mais, tanto física como psicologicamente, é quase impossível estudar, trabalhar, dormir e ter vida social ao mesmo tempo, portanto, hoje, a coisa resumiu-se a isto: levei porrada. de um lance de escadas. amanhã é um novo dia. e vai ser, com certeza, melhor. :)

1 comentário:

botas disse...

E o teu rabo nunca mais foi o mesmo.xD

<3