31 de agosto de 2010

' Apeteceu-me, só porque sim.

Vi este desafio no blog da PlasticSoul e apeteceu-me fazê-lo.

1. Imagina que a tua vida é um gráfico.

2. Divide-a em percentagem (vida = 100%) de acordo com o que achas mais importante.

30% EU, EU & EU (egocentrismo, claro)

20% Namorado & vida íntima/pessoal
20% Amigos & vida social

15% Escola&Trabalho / vida profissional (curso, Mulher XL, part-times e trabalhos ocasionais, etc.)

10% Hobbies e outras coisas (blogs, música, livros, passear, televisão, etc)

5% Família / vida familiar


3. Passa a 5 blogs que adoras. como é óbvio, não o vou fazer.

Muaah @

cúmulo dos azares: saio de casa de propósito para ir comprar o bilhete para o Avante; mal saio de casa, uma das tiras da minha sandália rompe-se; chego ao autocarro, o mp3 está parvo, pifa; encontro uma amiga pelo caminho, sem querer parto-lhe o relógio (nem sei como, foi um movimento brusco em que lhe agarrei o pulso); chego ao local da compra, e não há bilhetes; chego a casa, o meu portátil tem vírus. vou deixar de deixar as pessoas virem sacar coisas ao meu pc. ele estava tão limpinho, e agora só aparecem mensagens de vírus e tenho de correr o anti-vírus sempre que ligo o pc (sim, isto é para vocês, ALEX E VERA!!!!)

30 de agosto de 2010

' Não gosto de pãezinhos sem sal.

Prefiro os pãezinhos de alho... eheheh

brincadeirinha.
agora fora de brincadeiras: detesto pessoas que são pãezinhos sem sal. concordam com tudo o que eu digo, agem em conformidade com as aparências e com as regras, nunca dizem nada fora do comum, não chamam a atenção por nada (nem de positivo nem de negativo), camuflam-se, têm opiniões mas não as expressam, não têem nem sequer sentido de humor; não são carne nem são peixe, nem são "sim" nem são "não", nem são contra nem a favor, ora estão de um lado, ora estão do outro, não são capazes de tomar uma posição e ficar lá, uma decisão e defendê-la, demasiado influênciáveis porque querem cair nas boas graças dos outros, sem um ai, nem um ui. Consigo conviver com essas pessoas por algumas horas, mas farto-me rapidamente.

eu, que detesto pessoas moralistas e judgmental, prefiro uma pessoa moralista a um pãozinho sem sal. ao menos, a pessoa moralista sempre expressa alguma opinião, mesmo que seja em forma de julgamento das acções dos outros. vá lá, ao menos isso!

agora, pãezinhos sem sal?? não posso. prefiro mil vezes uma pessoa excêntrica, extravagante, que choque comigo, que tenha uma personalidade forte, que não concorde em nada comigo, que discuta comigo por tudo e por nada, uma pessoa até cuja presença chegue a ser irritante, uma pessoa que eu deseje matar e que me faça ter pensamentos e planos mentais homicidas, do que uma pessoa que está lá, e nem se dá por ela.

Muaah @

29 de agosto de 2010

' Momentos Lisboa, aqui, para sempre.

Cada dia que passa tenho mais presente que para o ano vou passar 6 meses longe daqui, e mesmo que ainda falte imenso tempo, cada vez mais se torna uma realidade para mim. Por isso, tento aproveitar ao máximo o tempo que cá estou, com as pessoas de quem mais gosto, porque as pessoas são o que de mais importante há para mim.

ontem, com eles cá em casa, pus-me a pensar: vou ter saudades. vou ter saudades destes momentos. saudades do Alex a pedir-me para eu lhe fazer cafoné cons-tan-te-men-te. da Vera e das nossas trocas de olhares. do Peter a enrolar uma em cima do envelope das minhas análises médicas de check-up geral. do Rui sempre a fazer-me cócegas. de mandar "beefs" (private joke) à Nena. da Iva dizer que eu tenho sempre de fazer um discurso, todas as noites que estamos juntos. de chamar o Bruno aparte para lhe dar um grande beijo (não somos daquele tipo de casal que está sempre agarrado quando está com outras pessoas, acho isso horrível). de emprestar umas meias à Rafaela.

vou ter saudades de nos juntarmos todos aqui em casa. de comermos pizzas, do bolo da nena, das empadas de galinha e dos rissóis da minha "sogra". de partirmos copos, ficar a noite toda a conversar, a ver as estrelas, ter conversas parvas e outras filosóficas, adormecer onde calha (apesar de estar em casa, é raro dormir na minha cama, alguém ma rouba sempre antes de mim, alguém que nunca aguenta muito), acordar e ter um piso inteiro para limpar, 3 máquinas de loiça e 2 de roupa.

vou ter saudades de sentir a minha casa vazia quando todo o mundo se for embora (se bem que, sempre que faço isto cá em casa, só se vai toda a gente embora completamente uns 3 dias depois, porque vão ficando, dizem que a minha casa é óptima para se estar - e eu concordo - e, claro, adoram a minha companhia, eheh).

enfim, vou ter saudades destes momentos. porque, digam o que disserem.... eu tenho (mesmo) os melhores amigos do mundo. podem ser poucos, mas são para a vida.
(e vou sentir muito a falta deles)

Muaah @

28 de agosto de 2010

' Sinto-me a pessoa mais saudável do mundo

quando me sento a comer uma peça de fruta e a ver:



  • The Biggest Loser (*)


  • Dr. Oz


  • Oprah quando ela fala de emagrecimento
não me interpretem mal. sou a favor do movimento plus-size, mas nunca a favor da obesidade. e o que eu vejo nos programas do The Biggest Loser, por exemplo, já considero ser prejudicial para a saúde.

depois, cá em Portugal, dizem-me que estou a ficar gorda. que tenho de emagrecer. que "não devo comer isso" numa mesa cheia de gente num almoço de família. que falta de educação. este tipo de mentalidade só merece um:

"if you don't like it, fuck you." (Christina Aguilera, ,my diva)

e só mostra a sobrevalorização que hoje em dia se dá ao corpo e à imagem, esta ligada à magreza, porque é que tem de se ser magra para se ser saudável. isso é algo que me há-de sempre ultrapassar.

eu tenho um estilo de vida altamente saudável. o exercício que pratico pode estar no limite do mínimo (detesto exercício), mas tenho uma alimentação equilibrada, e não me forço a tê-la. eu como coisas saudáveis porque gosto. adoro. adoro fruta (como imensa), adoro saladas, adoro sopa (quando bem feita), como sem esforço, como porque gosto. chá, então, é a minha perdição. apesar de colocar sempre açúcar, bebo imenso chá. e o chá faz muito bem. claro que de vez em quando cometo crimes alimentares, como metade de uma tablete de chocolate preto de culinária depois do almoço, mas é raro e o chocolate não faz assim tão mal quanto se pensa. pensando bem, no fim de contas, o meu único mal é fumar 5 ou 6 cigarros por dia. it's my little guilty pleasure. adoro. não me privo de nada porque não sou obcedada com o peso e com as medidas, e, ainda assim, consigo sentir-me sempre estupendamente bem com o meu corpo, consigo olhar no espelho e adorar o que vejo, mas mais importante de tudo: sinto-me sempre estupendamente bem com a minha saúde.

Muaah @

(*) acho óptimo (mesmo, sem ironias) o facto da apresentadora do The Biggest Loser ser gordinha :D  mostra que é preciso ser saudável, mas não esquelética.

27 de agosto de 2010

' Conversas Sobre Sexo #11 / Sensual vs. Sexual.



Eu prefiro a sensualidade à sexualidade.

Gosto mais do jogo da sedução do que do sexo em si.

Prefiro cenas de sexo sensuais a cenas de sexo explícitas e selvagens.

Prefiro erotismo a pornografia.

Gosto de homens (sou heterossexual), mas aprecio mais as mulheres do que os homens, porque as mulheres são mais sensuais.

Sinto-me mais atraída por uma mulher sensual e que sabe seduzir, do que por um homem que diz ser uma bomba na cama e que me garante 10 orgasmos numa noite.

Gosto mais dos preliminares e das sensações que provocam, do que do sexo em si, consumado.
Adoro tudo o que tenha a ver com o sensual: as músicas, os filmes, as imagens, as pessoas, as sensações (por isso gosto tanto de burlesque). Gosto menos de tudo o que é mais explícito, do que cai no ordinário, no ridículo, no comum, no cliché.

Prefiro aquilo que se deixa a desejar e a imaginar, aquilo que puxa pela imaginação, pelo jogo de conquista, do que aquilo que é oferecido de bandeja.

Prefiro estar num banho colectivo, onde a sensualidade é dominante e sei que toda a gente está a pensar no mesmo que eu, do que numa orgia.

Conquistam-me mais com olhares, com sussurros, com carícias, do que a dizerem-me explicitamente o que me vão fazer nessa noite.

Enfim, prefiro muito mais a sensualidade do que a sexualidade. Normalmente confundem-nas, mas são coisas tão diferentes. A primeira, puxa pela imaginação, pelo desejo de conquistar o que parece inatingível, pelos jogos de sedução e conquista, pelas sensações, deixa-me a pensar durante algum tempo. A segunda, é a sensação de que conquistámos o estímulo sensual que tanto desejámos: e sim, sabe bem no momento, mas acaba rápido.

a primeira pessoa na minha vida inteira a reparar nisto em mim sem eu ter de explicar, foi a Vera. ela conhece-me tão bem.

Muaah @

26 de agosto de 2010

' Não costumo ler revistas,

mas adoroooo a "Super Interessante".



Tal como o nome indica, tem sempre coisas super interessantes, fantásticas.

E eu adoro ler estudos e pesquisas... sou mesmo croma.

Muaah @

25 de agosto de 2010

' Instinto Maternal.

Começo a ficar preocupada. Tenho 20 anos e o meu instinto maternal começa a manifestar-se. Tão cedo!

Sei que quero ser mãe, um dia, o problema não é esse. O problema é que, ultimamente, passo cada vez mais tempo, dedico largas horas a pensar em como seria eu ter uma filha. Faço altos filmes, sempre com uma menina (raramente me imagino a ter rapaz). Na maioria das vezes nem penso na presença do pai, é mais uma coisa eu-minha-filha.

E fico horas a pensar… como ia educá-la, ao que ia expô-la, como queria que ela fosse, que ela crescesse… fico a pensar que ia aceitá-la da forma que ela fosse, ia dar a minha opinião, se concordava ou não com as atitudes e escolhas dela, mas acima de tudo ia aceitar… que ia ter orgulho nela, quer ela fosse advogada ou varredora de lixo das ruas… quer ela fosse heterossexual, bissexual ou homossexual… quer ela fosse betinha ou hippie… fosse ela como fosse… até já tenho nomes em mente…. Uma Camila, uma Vera, uma Beatriz… nomes pouco comuns mas não “esquisitos”…

Fico a pensar como seria mudar-lhe as fraldas, acordar a meio da noite quando ela começasse a chorar, alimentá-la, pô-la a arrotar, chatear-me quando ela não parasse de chorar… ir ter sempre com ela e confortá-la quando ela chorasse… beijar-lhe os pezinhos depois do banho, limpá-la com cuidado (não esfregar a toalha na pele), enche-la de cremes para a pele de bebé, vesti-la, comprar as roupinhas mais bonitas para bebé… sentir o cheirinho de bebé dela… decorar um quarto só para ela… se ela saísse à mãe, com certeza ia ser difícil para comer, cuspir a papa toda, ter de me chatear com ela… não ia ter nojo se ela bolçasse ou vomitasse para cima de mim, era sangue do meu sangue, ia amá-la mesmo quando ela fizesse birras horríveis, mesmo quando estivesse super irritada com ela… imagino-a a dizer “mamã” pela primeira vez, a dar os passos pela primeira vez, acho que ia chorar… guardar todos os dentinhos de leite dela, cortar-lhe uma madeixa de cabelo e guardar num álbum cheio de fotografias dela, registar o crescimento dela em suporte escrito e vídeo, diria até, criar um babyblog!… imagino-a a passar tardes com os tios: a Tia Vera, o Tio Sandro, o Tio Alex, a Tia Bu (4 dos meus melhores amigos), a Vó Cristina e o Vô Tim (meus pais), que iriam estragar toda a minha disciplina por mimá-la demais, lol… imagino-a mais velha (3-4 anos), pô-la na natação, ensiná-la a nadar, comprar-lhe uma bóia… na praia, imagino-a a fazer castelos de areia, com a cara branca cheia de protector solar… ela com os penteados que eu lhe fazia, e quando ela começasse a calçar os meus altos-altos e a encher a boca com o meu baton... ensiná-la a andar de bicicleta, de patins, ir passear com ela, ensinar-lhe a apreciar e a respeitar a natureza… ajudá-la nos trabalhos de casa, obrigá-la a puxar pelo pensamento, desenvolver a inteligência e a capacidade de desenrascanço (lol) dela… ir à escola defendê-la se ela chegasse a casa a chorar porque um miúdo tinha gozado com ela… ficar a sorrir a vê-la a brincar com os amiguinhos… ensiná-la os principais valores e princípios morais básicos, como a gratidão, a compaixão, a entre-ajuda, a tolerância, o respeito… vê-la a aplicar esses princípios nos meios sociais (infantário, escola, etc) com os coleguinhas, não ser uma rufia… pô-la em aulas de ballet, vê-la com o tutu cor-de-rosa nas festas da escola… habituá-la a ouvir música de qualidade desde cedo… (em casa só ia passar jazz, soul, música clássica)… pô-la em aulas de piano… enfim, ia investir na educação dela... ler-lhe histórias antes de dormir e incutir-lhe desde cedo o bom hábito da leitura, dar-lhe O Principezinho para ler logo que ela tivesse alguma maturidade para tal… dar-lhe sempre comida saudável, muita fruta, sopa, peixe, arroz, água… filha minha, só ia saber o que era mcdonalds, junk-food e refrigerantes aos 13 anos… telemóveis, computadores, jogos de vídeo, só a partir dos 14… até lá, sempre um estilo de vida saudável, exercício, ao ar livre… acho ridículo hoje em dia ver crianças com 6 anos com telemóveis melhores que o meu, e já com portáteis topo de gama, que fazem birras para irem ao mcdonalds todos os fins-de-semana… enfim… levá-la a sítios novos e diferentes, incutir-lhe o gosto por novas e diferentes culturas, novas e diferentes formas de viver… ensiná-la a ser tolerante, a não discriminar ninguém com base em cor de pele, em orientação sexual, hábitos e costumes culturais/religiosos ou no que quer que fosse… ia mostrar-lhe todas as religiões que existem, que ideais defendem, e deixá-la ser velha o suficiente para escolher que religião que queria seguir, ou se queria seguir alguma… imagino-a a chegar ao pé de mim, um dia, e dizer que estava a morrer porque estava a “sangrar do pipi”… e eu a ter a conversa da menstruação com ela, e aproveitar para ter a do sexo… quando ela fizesse 16 anos, ginecologista com ela, dava-lhe preservativos… sabia que ela o ia fazer, até porque ela vai ser linda e atraente e um amor de pessoa, assim ao menos que o fizesse com protecção… aos 18, a pílula… ter uma conversa com ela sobre a “liberdade com responsabilidade”… iria querer conhecer os namorados (ou namoradas) dela, queria que ela os levasse lá a casa, ia tratá-los bem… dava-lhe a privacidade que qualquer adolescente de 16 anos precisa, não ia ser daquelas mães obcecadas que ficam com o ouvido encostado na porta do quarto… quando chegasse a altura dela escolher o que queria para a vida, não ia pressioná-la nem ser daqueles pais frustrados que, por não terem conseguido realizar os seus sonhos, querem vê-los realizados nos filhos, mesmo que estes não queiram… caramba, se a minha filha chegasse ao pé de mim e me dissesse que queria ser arqueóloga, eu dizia que ela ia para o desemprego (lol), mas que se era o que ela queria mesmo, eu apoiava… íamos discutir, sim, muitas vezes, de certeza, mas ela não ia ser uma pessoa condescendente, era iria dar-me a razão quando sabia que eu a tinha, e vice-versa… ela podia bater com a porta do quarto, ser mal-educada, mas depois iria pedir desculpa, nem que fosse pela má-educação, porque tinha sido assim que eu a tinha ensinado e que me ensinaram a mim… (quantas e quantas vezes eu não falei mal à minha mãe, gritei com ela, bati portas, mas depois ia pedir desculpa mesmo sabendo que eu tinha a razão, mas que a tinha perdido por ter tido a reacção que tive).

Com a minha filha, ia construir uma relação de confiança e abertura… ela podia falar de tudo comigo, e eu de tudo com ela… no entanto, não iria ser amiga dela, porque esse é um erro que muitos pais cometem, isto é, serem amigos em vez de pais (a minha mãe fez isso, sempre foi minha amiga, não minha mãe, e isso a um certo ponto da minha vida em que eu precisava de uma mãe em casa, e não de uma amiga, custou-me, lembro-me)… ia impor regras, discipliná-la, filha minha iria ser bem-educada, ai isso ia… mas ao mesmo tempo, ia mimá-la… ia pegar em todos os erros que os meus pais cometeram enquanto tal, ia fazer de forma diferente, de forma igual em alguns pontos…

E é por andar a pensar demasiado nisto, que fico preocupada. Eu (só) tenho 20 anos e tenho uma vida pela frente, mas ao mesmo tempo, se engravidasse agora, por exemplo, não iria abdicar da oportunidade de ser mãe. Não a deixava para mais tarde. Já apanhei alguns sustos porque o meu período às vezes atrasa-se assim do nada, mesmo tomando a pílula certinha, todos os dias à mesma hora, nem um minuto a mais nem um minuto a menos, e daí ter começado a pensar. Ia ficar decepcionada, ao início não ia aceitar, achava que a minha vida estava a acabar, chorava baba e ranho, fechava-me em casa durante 3 meses, os meus pais deserdavam-me, mas eu ia acabar por dar a volta por cima. Porque seria algo desejado, apenas não desejado no tempo certo, uns (muitos) anos mais cedo. Claro que não vou engravidar de propósito, tomo precauções, tenho a noção de que isso seria uma grande irresponsabilidade, que não estou preparada, que nem tenho maturidade suficiente, mas às vezes apetecia-me imenso! E isso preocupa-me…

Mas, confesso, nunca tinha posto estes meus pensamentos por escrito e até me emocionei ao lê-los :') há pessoas que não nasceram para ser pais, mas eu sei que nasci, tenho a certeza absoluta que um dia quero ser mãe :)


mas esta, é de mim para a minha mãe: Mama, I love you, Mama I care. porque não lhe digo as vezes suficientes.

Muaah @

24 de agosto de 2010

' Museu da Carris & CCB.

Hoje acordei com desejo de ver coisas interessantes. Gosto de coisas antigas, museus, exposições. Chamei o Bruno e fomos ao Museu da Carris. Há tanto tempo que não punha os pés num museu, e adoro museus.


adorei! lembro-me tão bem daqueles autocarros cor-de-laranja da carris, e de andar neles por Lisboa com a minha avó quando era pequena. lembro-me tão bem daqueles passes antigos. afinal, vivo em Lisboa há 20 anos e a Carris cresceu comigo (lol). Achei triste o facto do museu estar VAZIO! só estava lá eu, o Bruno e o senhor que nos levava num eléctrico antigo (lindo) de um núcleo ao outro do museu. ilustra, infelizmente, o espírito do povo português... um povo inculto, desinteressado e que insiste em manter-se assim.

depois fomos ao Centro Cultural de Belém. confesso que nunca fui grande apreciadora de arte, acho as exposições bonitas mas não consigo atribuir nenhum significado especial a uma pintura abstracta, por exemplo (confesso que me sinto burra quando isso acontece, ahah)



sempre foi um dia diferente... e bom :)

entretanto, descobri uma nova paixão musical: Nouvelle Vague. Ouvi uma música deles, "love will tear us apart" e fiquei curiosa por mais. ouvi umas quantas no youtube e apaixonei-me. parecia-me uma versão diferente de bossa nova, mas bossa nova normalmente é brasileira. mas tinha razão: nouvelle vague tem muiiitas influências de bossa nova. é por isso que adoro :)

[lá estou eu a fazer disto um diário, bleeh]

Muaah @

23 de agosto de 2010

' Hoje apetece-me escrever algo tipo diário / And All That Jazz #33

Este fim-de-semana teve direito a mais um acampamento na praia (Sábado para Domingo). Ganhámos o gostinho da última vez - e eu, particularmente, ganhei o gostinho por acampar no Sudoeste (acampamentos que fiz nos escoteiros não contam, que eram muito diferentes) - e resolvemos repetir a dose. Não há nada como uma noite na praia, conversas ao o som do mar a ir e vir, intensificado pelo efeito da bolota, ter conversas filosóficas, jogos de UNO, dar uma volta pela praia com ele ao desaparecer da noite, adormecer com a brisa da manhã e a olhar o nascer do sol, acordar quando o sol já vai alto, apanhar banhos de sol e banhar-me na água da praia de Santo Amaro, que é tão calminha que mais parece uma piscina. Foi óptimo :D

foi um óptimo dia de praia.

a Vera dormiu em minha casa nessa noite. dormimos imenso. uma noite e um dia na praia esgotam uma pessoa =P gosto tanto da Verinha, ela toda preocupada porque "estava a ser um inconveniente e estava a estragar o nosso 'momento a sós' - meu e do Bruno - porque se tinha esquecido da chave de casa e tinha de ficar cá a dormir", mas ela é tão parvinha, não custou nada, gosto da companhia dela, sei que ela faria o mesmo por mim, e ela respeitou bem a nossa privacidade, logo, não interferiu em nada o facto do Bruno estar cá em casa. sei que o disse milhões de vezes, mas assim fica escrito, para quando vieres ler isto, Vera. :)

o Bruno também passou o fim-de-semana inteiro comigo. chegou a minha casa no Sábado logo de manhãzinha com uma surpresa, daquelas boas, daquelas que um simples "obrigada" não chega para mostrar o agrado que se tem. são esses pequenos momentos e surpresas e gestos da parte dele que me fazem estar cada vez mais apaixonada por ele. discutimos 3 vezes "a sério" só no espaço do fim-de-semana (foi preciso chegar aos 7 meses tão pacificamente para começarmos a discutir agora, bom record), mas são discussões por coisas tão estúpidas que às vezes até sabe bem tê-las, para descarregar as más energias e para ficar tudo em pratos limpos (comunicação numa relação é muito importante, e eu não sou de omitir nada quando estou numa), e o melhor é sempre as pazes, claro. é isso: apesar dos arrufos que às vezes (cada vez mais) temos, sinto-me a cada dia mais apaixonada por ele :)

hoje, fui ter com o Dani. há muito tempo que não estava com ele, e o Dani é uma óptima companhia. Tivemos de pôr a conversa e as novidades em dia. Ele pagou-me um cinema e as pipocas em troca do meu livro (como "pagamento"). Fomos ver o "Salt". Detesto filmes de acção, mas era o único que dava a horas decentes, se fosse mais tarde estava lixada para voltar para casa (em Agosto os transportes são complicados). Mas até caiu bem (o filme). As pipocas caíram melhor. Há tanto tempo que não ia ao cinema e hoje esteve mesmo tempo para isso. Eu gosto do Verão, mas este dia mais à-Inverno até soube bem.

Voltei para casa a ouvir Amy Winehouse. Ouvir "Wake Up Alone" enquanto passava pelo monsanto (o autocarro que me leva a casa passa o raio da serra quase inteira), levou-me a ter um momento altamente introspectivo. Este fim-de-semana foi de diversão, mas também de introspecção. Houve certos momentos em que decidi que havia coisas na minha vida que tinham de mudar. Mais particularmente, na minha forma de ser. Estou satisfeitissima comigo mesma, com a minha personalidade, só há 2 coisas que quero mudar. Uma é segredo e a outra é ser demasiado permissiva. Muitas vezes "como e calo", "oiço e calo", muitas vezes deixo que façam de mim parva, e isso vai mudar.

Pensei em como a minha vida está agora, e no tempo que demorei a chegar onde estou. Não em termos materiais, mas em termos psicológicos e espirituais. Pensei em tudo o que fiz na minha vida até hoje, e no que quero fazer no futuro. Pensei nas pessoas, aquelas que eu quero manter na minha vida porque dão aquele toque de especial que a vida tem, e aquelas que são parasitas, que só me fazem mal. Saí do autocarro umas paragens antes para ir o resto a pé, respirar ar fresco e apanhar com os chuviscos. Soube bem. Enfim, pensei na vida. E continuo a pensar. De há 4 horas para cá que estou altamente introspectiva.

E é isto. Hoje apetecia-me escrever estilo-diário, sem floreados, só assim, o que eu fiz nos últimos dias (e eu tento ao máximo evitar que este blog seja um diário, mas de vez em quando sabe bem e não mata ninguém).

Muaah @

22 de agosto de 2010

' A ninja é lixada.

“Um local onde se cruzam grupos opostos da sociedade. Há uma simbiose perfeita, tudo por causa da droga. Os dois ficam a ganhar.

No mesmo espaço há uma barreira ténue entre aqueles que gozam a vida, e aqueles que lutam por ela.

Há grupos dentro dos grandes grupos, defendem ideias diferentes mas estão todos unidos por um único fim. Há trocas de olhares de nojo e desprezo entre os grupos, mas sempre os mesmos falsos e superficiais sorrisos.

A esplanada ao fundo representa toda uma cidade desenvolvida nos dias de hoje: uma paisagem natural (a mais natural possível dentro de uma cidade), com vista para o rio, sob o pôr-do-sol, ao fim do dia. Um refúgio.”

Inspiração: erva ninja (uma moca que só visto). 

Autoras: Vera e Cláudia. 

Local: um jardim algures em Lisboa, perto do Bairro Alto. Ambiente: uma grande mistura de diferentes grupos da sociedade – os betos, os chungas, os hippies, os rastas, os alternativos, os roqueiros, os jovens, os velhos, os brancos, os pretos, os mulatos, os monhés, os turistas, os sem-abrigo, os ciganos; os meninos e senhores de alta-sociedade (BMW estacionado ao pé do jardim) a comprar droga aos miúdos da baixa-sociedade – a fumá-las (*) (e a comprá-las).
A Ninja é lixada, sabiam? Quando saímos de lá, fomos para uma esplanada e comemos 4 empadas de frango. Cada uma.

O melhor (para além desta teoria fantástica, claro)? No Sudoeste, encontrámos uns tipos que tínhamos conhecido nesse dia, no jardim, e pensámos para nós “o universo nunca falha”.

Muaah @


(*) expressão para fumar droga (leve).

21 de agosto de 2010

' Constatações blogosféricas e outras coisas.

  1. De tanto comentar noutros blogs (por vezes comentários enormes) e o blogger falhar no preciso momento em que eu carrego no botão "publicar comentário", já me habituei a seleccionar o texto e fazer copy-paste. é que já é automático.
  2.  até me custa acreditar que já tive um player de música automático aqui no estaminé, porque... actualmente, DETESTO entrar num blog e ouvir música. estou eu a ouvir a minha música e começa a dar outra e a interferir. o pior é quando os players estão super bem disfarçados no meio das coisas da barra lateral. ao menos podiam pôr logo no início, para poder pôr no "pause" xD
  3. será possível haver blogs que SÓ têm selos? não têm posts a falar sobre nada. só têm selos.
  4. porque é que eu conheço blogs tão conhecidos e tão comentados e tão vazios de conteúdo, outros há que são geniais, e que nunca ninguém lá vai. falo particularmente do A Revolução Feita Por Nós. acho os textos dele tão geniais, fico horas presa a lê-lo, não entendo como ele pode não ser um dos blogs mais lidos. devia haver mais como o dele, e menos sobre sapatos.
e só para nos rirmos um bocado (muito):



    é sempre bom assegurar que os putos estão a dormir...

     
     
    NADA DESTA BIDA!! brutal... que moca...

      -- // --

      hoje é noite de acampar na praia :)

      Muaah @

        20 de agosto de 2010

        ' Casamento.



        Não sou pessoa de me casar nem me imagino como tal. Nem a curto nem a longo prazo. 

        (Quero ter filhos, sim, daqui a muitossss anos, mas acho que não é necessário estar-se casada para tal).

        Para mim, o casamento é sinónimo de viver junto, partilhar uma vida, uma rotina, uma cama e divisões da casa juntos.

        Ora, se se pode ter essa vida apenas juntando os trapos, então para quê um anel que prove isso? Para quê um papel assinado? 

        Para dizer que é casado? Para ter fotos em molduras espalhadas pela casa vestida de noiva? Para ter uma aliança no dedo?

        Para mim, que nem sequer sou católica e nunca me casaria pela igreja, vai tudo dar ao mesmo.
        A única diferença (e a única coisa boa que o casamento acresce ao facto de já se viver junto), é que se tem o direito de fazer uma lista das coisas que se quer e/ou precisa para a casa, que os convidados oferecem. E, claro, um dia espectacular, inesquecível, maravilhoso, onde és o centro das atenções. 

        Mas, mal por mal, mais vale poupar o dinheiro aos nossos pais e sogros, non? 

        E eu até já tenho um enxoval pronto pela minha avó.

        Depois, há a pressão do “ser para a vida”. Eu sei lá se vou ficar só com uma pessoa para o resto da vida. Acho que nunca se tem a certeza disso. Nem se já se conhecem há 10 anos e namoram há 15, nunca se tem a certeza. E quando vêem que afinal não era aquilo que queriam, mais um divórcio para a estatística. 

        Já para não falar na pressão dos bens conjuntos. Se algum dia me casar, não me imagino a dizer ao meu noivo “olha, mas vamos ter contas bancárias separadas, sim?”. Se há o sentimento de se partilhar uma vida até ao fim, também deve haver o sentimento de partilhar os bens comuns. Mas isso era algo que eu não conseguia fazer. Sou muito independente nesse aspecto, gosto de ser a única pessoa com acesso à minha conta e geri-la como quero e bem entendo, “o que é meu é meu, o que é teu é teu”.

        Já estive vestida de noiva e adorei a sensação. Já fui a vários casamentos, também adorei. Já fui (indirectamente) pedida em casamento, e que fosse a mãe dos filhos dele, também adorei a sensação. Mas foi uma sensação boa de minutos, não que eu quisesse para a vida. Dedicando mais pensamento ao assunto, todas essas vezes, cheguei à conclusão de que não valeria a pena sentir-me presa uma vida inteira só por um pedido de casamento lindo, um dia vestida de noiva e fotos do “melhor dia da minha vida”.

        Nãã… casamento não é para mim. Mas claro que um dia hei-de querer partilhar a minha vida (e a minha casa) com alguém. E ser mãe 

        (não quero ofender ninguém que esteja casado, ou que pretenda casar-se, pois acima de tudo respeito o casamento. Acho uma instituição bem bonita, até. Isto é só uma opinião pessoal).

        Muaah @

        19 de agosto de 2010

        ' Aborto? Oui? Non?



        Sei que este assunto teria vindo em melhor altura em 2007, quando foi o referendo da despenalização do aborto. Acho que na altura cheguei a falar disso, mas já nem sei onde andam os posts. na altura não tinha ainda idade para votar, mas a minha opinião manteve-se a mesma.

        é difícil dizer isto, mas eu sou mais contra o aborto do que a favor. e digo que é difícil dizer isto porque a maioria das pessoas que conheço é a favor e sempre que este assunto vem à baila eu sou sempre a única que sou contra e chamam-me de moralista e blá blá. mas eu respeito a posição a favor. apresentam os mais variados argumentos, os quais respeito e dou o devido valor (e até concordo com alguns), mas se tivesse mesmo de tomar uma posição definitiva seria a do contra.

        e porquê? bom, tirando situações específicas, como violações ou casos em que a pessoa tomou as devidas precauções mas os métodos contraceptivos, por alguma razão, falharam, ou nos casos em que a vida da mãe está em risco (e não vale a pena uma criança nascer para não ter mãe, além de ficar a sentir-se culpada pela morte dela)... enfim, aparte desses casos mais específicos, não há, para mim, qualquer desculpa para surgir uma gravidez indesejada tendo em conta a quantidade de informação a que temos acesso. as publicidades já deixaram de passar só pós-horário-nobre, passam a qualquer hora do dia. há cartazes na rua, já para não falar na internet. todo, ou quase, todo o mundo, tem acesso à internet, e se a utilizam para ver pornografia, também deviam utilizá-la para se informarem. há TANTA informação disponível, miúdas com 14 anos hoje sabem de coisas que eu não sabia quando tinha essa idade. já para não falar nos recursos disponíveis.nos preservativos que OFERECEM nos centros de planeamento familiar. há desculpas? não, NÃO HÁ DESCULPAS. não há desculpas para uma pessoa não ter cuidado, não tomar precauções, saber para o que vai e estar-se a marimbar para isso, e depois engravidar e abortar. abortar para se desresponsabilizar de um erro, abortar para se livrar de "um problema", abortar como se nada fosse e no mês seguinte estar lá outra vez...

        já nem vou falar da questão de se o feto até às 10 semanas é só um organismo que não pode ser considerado vida ou se sim, já pode ser considerado um ser vivo. não vou utilizar argumentos de natureza religiosa (porque não o sou), nem falar na questão da segurança social (que esses abortos são pagos à pala dos nossos impostos, ou seja, ao fim e ao cabo, pagamos pela irresponsabilidade dos outros), nem sequer na questão de Portugal estar com uma taxa de natalidade preocupante. já nem vou entrar por aí.

        foco-me mais na questão da responsabilidade pessoal. a mim sempre me ensinaram que o maior sinal de maturidade é saber responsabilizar-se pelos seus erros. erraste? arcas com as consequências. foi o que os meus pais sempre me transmitiram.

        se eu engravidasse por puro descuido agora, não abortava. mesmo que não fosse por descuido, até mesmo que o método contraceptivo tivesse falhado. já me disseram que digo isso porque nunca passei por essa experiência, e é verdade, nunca passei. mas tenho quase a certeza absoluta que não abortava. se ia "estragar" a minha vida? sim. se tinha de deixar de estudar? sim. se a minha vida ia mudar drasticamente? sim. mas se o descuido foi meu, meus queridos, eu é que tinha de pagar as consequências. não vou desresponsabilizar-me por algo que eu fiz, voluntariamente... se o soube fazer, hei-de arranjar maneira de saber cuidar dele! se engravidasse agora (bate três vezes na madeira), já seria mãe com 21 anos, já não seria mãe adolescente, teria o apoio dos meus pais... tinha de abdicar de muito da minha vida, não duvido, mas não tinha mesmo desculpa nenhuma para recorrer a esse método. já para não falar que ia ficar com danos psicológicos bem maiores, se abortasse, do que aqueles que teria se tivesse o filho. eu própria fui um acidente, um esquecimento de uma pílula, mas estou feliz por cá andar. a minha mãe não era muito mais velha do que eu quando me teve. tinha 23.

        esta é a minha principal visão desta questão: fazes mal, não tens cuidado, ainda sabendo o que pode acontecer, pagas. pagas bem caro.

        infelizmente (de acordo com estatísticas), o aborto tem sido utilizado como método contraceptivo e essa atitude ENOJA-ME. custa muito colocarem um preservativo? custa muito tomarem a pílula? custa muito tomarem a pílula-do-dia-seguinte, se não tomaram nenhuma das precauções acima? cresçam e apareçam. não andamos aqui a brincar aos pais, às mães e aos nenucos.

        se não têm condições de vida para criar o puto, dêem-no para adopção. conheço pessoas que são adoptadas, e felizes, e há muitos casais que, esses sim, querem mas não podem ter filhos, e muitas vezes a adopção é a única solução para concretizarem esse sonho.

        posto isto, sim, sou contra o aborto.não julgo, porque não sou ninguém para julgar, quem o faz ou fez. (e até conheço gente que fez ou vai fazer, se for mesmo o que a pessoa quer até compreendo e apoio, porque acima de tudo sou a favor da livre escolha individual), mas não concordo, não consigo concordar, e estou no meu direito, ainda que me chamem de moralista, coisa que até não sou nada =P

        já tinha pensado em escrever sobre este assunto há muito tempo, ainda não tinha tido "paciência". concordo com tudo o que a Inês disse aqui.

        e vocês, o que acham?

        Muaah @

        18 de agosto de 2010

        #6 Momentos Sudoeste - a vizinhança.

        Quando chegámos ao acampamento e encontrámos um espaço perfeito para nós, que dava para colocar as 3 tendas e ter um espaço de convívio, e mesmo bem localizado, ao pé do "caminho principal", ficámos espantadas, porque já chegámos na véspera do primeiro dia do festival e, normalmente, nesse dia (e mais tarde) é sempre super complicado de arranjar um bom spot.

        achámos estranho, pensámos que era bom demais haver ali aquele local vazio, e realmente era... mais tarde viemos a saber que a razão para aquele lugar estar vazio era porque era o "local de negócio" de uns dealer's (traficantes de droga) que estavam mesmo ao nosso lado. só descobrimos isso quando já estávamos instaladas por isso, em vez de nos mudarmos, optámos por outra estratégia (mérito da Sara, que era o "homem da relação", lol), de ser simpáticas com eles, mostrar que éramos "boa onda", mas ao mesmo tempo não dar muita confiança. os gajos passavam a vida a tentar vender-nos droga e "roubaram" (não propositadamente, só ficaram com, porque entretanto foram embora) a faca de cozinha da Vera para cortar droga... e tinham de tudo! do mais leve ao mais assutadoramente pesado.

        claro que estávamos borradinhas de medo. na primeira noite nem dormi nada, eu e a Sara, porque para além do barulho, ainda estávamos com medo que eles nos fizessem alguma coisa. só que eles até eram simpáticos. impecáveis connosco (fora abusarem da confiança, às vezes), até nos tratavam bem...

        aos poucos e poucos - felizmente! - foram-se instalando ao nosso redor uns príncipes encantados. já referi que foi no sw que eu já vi a maior concentração de brazas?! pois... uns eram do Alentejo, outros do Porto, outros de Lisboa... basicamente, toda uma amostra nacional de sensualidade ambulante estava ali, no nosso acampamento, maioritariamente do sexo masculino.

        já nós sentíamos mais protegidas com eles à nossa volta, que eles nos defenderiam se acontecesse algo... um belo dia a GNR apareceu lá e prendeu os dealer's...lool... ao mesmo tempo, fomos ficando "amigas" dos nossos vizinhos... fazíamos as refeições juntos, íamos tomar banho juntos, íamos as compras juntos, encontrávamo-nos na praia...

        mas isto tudo, porquê? bom, por mais gente simpática (e giros!!!!) que eu tenha conhecido na vizinhança, há um vizinho que nunca vou esquecer: o Diogo. o Diogo era um amor de pessoa. gostava imenso (gostávamos as 3, mas pronto) quando ele vinha sentar-se ao pé de nós a conversar. ele tinha esta música no telemóvel:


        e estava sempre a colocá-la a tocar porque eu gostava (e, claro, ele também gostava)... mesmo que a Vera e a Sara quase que suplicassem para ele "desligar a música", ele voltava a pôr, e repetia, e repetia, porque sabia que eu estava a adorar ouvi-la. (e ele também, então ficávamos os dois a cantá-la feitos parvos,lol).

        já conhecia a música, claro, mas agora, sempre que a oiço, lembro-me do nosso vizinho DIOGÃO! nem trocámos contactos, não tirámos fotografia, não sei o apelido dele para procurá-lo no facebook, nem sequer nos despedimos... mas foi um vizinho e pêras e foi óptimo conhecê-lo, foi sempre 5 estrelas para nós.

        Muaah @

        17 de agosto de 2010

        #5 Momentos Sudoeste - os banhos colectivos!



        Ao contrário da Joana (mas, em minha defesa, à semelhança de toda a gente), eu gostei, adorei, amei, os banhos colectivos.

        podia ser alta badalhoquice, sim, era. tudo ao molhe e fé em deus, a esfregarem-se uns aos outros, sentir-me observada se afastava a parte de cima do bikini para lavar as mamas (claro que as viram). só o tomar banho de bikini só por si já era tomar banho mal. quando cheguei a casa ainda tinha areia nas virilhas xD

        still, eu adorei. adorei todo aquele ambiente sensual, a roçar na orgia. a água fria por cima de corpos tão quentes que até havia vapor no ar xD a música sempre a bombar, mesmo para não se estar quieto, para aqueceres enquanto levavas com água a uns 4ºC.

        adorava o facto de estar a tomar banho ao lado do gajo mais bom que eu já tinha visto na vida, ou da gaja com as curvas mais perfeitas de sempre. os bronzes, os corpos bem delineados, a sensualidade, a música, as gajas a lavarem o cabelo, os gajos a passarem gel de banho nas "tabletes de chocolate" (que era o que mais se via por lá), tudo...

        uma das minhas horas preferidas do dia era a do banho e havia, inclusive, quem tomasse 2 e 3 banhos por dia só por causa disso (e também porque estar no sudoeste 20 minutos suja-te mais do que estares em Lisboa uma semana).

        Muaah @

        como sabem (ou deviam saber, ahah), hoje fomos (Mulher XL) à TVI! felizmente correu tudo lindamente, fotos aqui  e aqui :) 

        16 de agosto de 2010

        ' 16012010

        16082010 e (muitos jogos de Uno depois, o nosso passatempo favorito a seguir ao sexo), já contamos com 7 meses. de uma relação feliz. fulfilling (*). e, o mais importante, saudável.


        At Last....
        My Love as come along...
        My lonely days are over.
        And life is like a song!

        Muaah @

        (*) falta de palavra em português!

        Nota: amanhã vamos estar na TVI :)

        ' Uma pausa nos Momentos Sudoeste

        15 de agosto de 2010

        #4 Momentos Sudoeste - eu e a Vera, a Vera e eu.

        (não, claro que a foto não é do SW, mas eu fiquei tão mal em todas as fotos que tirei com a Vera no sw... que nem me atrevo a publicá-las).

        eu e esta menina já fomos da mesma turma mas, por incrível que pareça, nunca nos demos muito enquanto lá estávamos. foi preciso mudarmos de curso (eu só de curso, ela de curso e de faculdade) para, um dia, do nada, começarmos a falar. e daí ficou. uma coisa vinda out of the bloom, do nada, de repente, sem qualquer previsão, ao completo acaso.

        hoje posso dizer que ela é das minhas maiores (só porque não gosto de dizer "melhores", porque acho isso dos melhores amigos muito estúpido) amigas.

        o que é que isto tem que ver com o SW? tem e muito.

        parecendo que não, quando convivemos uma semana non-stop, num ambiente "agreste" como o do sudoeste (com aquele intervalo de 3 horas que dormíamos por noite, mas nem isso nos separou, porque eu não queria ficar a dormir numa tenda sozinha, por isso infiltrei-me na dela com a desculpa do "gosto de dormir com calor humano e a minha tenda está desprovida disso") com uma pessoa, começamos a conhecê-la melhor. normalmente, começamos a notar mais nos defeitos e nos "podres" dessa pessoa, então no caso de serem duas raparigas, normalmente o caldo está entornado (já todos conhecemos a dinâmica feminina).

        isso ter-me-ia acontecido com outra qualquer gaja (apesar de eu ser "na boa" e não gostar de me chatear nem de maus-ambientes, se uma gaja tem o poder de me irritar, eu não tolero), menos com a Vera. no sw, em vez de nos desunharmos todas, aproximámo-nos ainda mais. houve declarações de amizade que me levaram lágrimas aos olhos, houve abraços durante concertos porque uma música nos dizia muito às duas, houve sentimento de preocupação mútua, se uma não estava bem, outra não estava bem, se uma não estava feliz, outra não estava feliz, houve inclusivé momentos de choro comuns, porque uma chorava e a outra não aguentava ver a outra a chorar. sempre disse que, com a Vera, tenho um entendimento que vai para além das palavras, acho que é mesmo a ´única pessoa com quem partilho essa sensação, aquela sensação de que não é preciso dizer nada, uma simples troca de olhares basta para sabermos o que a outra está a pensar. devido às nossas trocas de olhares "suspeitas", a nossa vizinhança até achava que "tínhamos uma cena lesbiana". quando nos contaram isso, rimo-nos tanto, e voltámos a trocar olhares, aqueles olhares só nossos, aqueles olhares que começamos a rir do nada, quanto mais o fazíamos, mais eles diziam "vês, vês?! olha a cena lesbiana toda aí no ar". fogo, mas com a Vera não, se alguma vez tivesse uma "cena lesbiana" com alguém, concerteza não seria com uma amiga tão próxima! mais do que amiga próxima, já a considero minha "irmã mais velha".

        enfim... basicamente, tivemos momentos tão bons! o primeiro, e melhor, e momento que eu nunca mais vou esquecer, que tivemos neste sw, foi o momento em que estávamos no carro a ir para lá, e estávamos a ouvir a música "Beautiful", da Christina Aguilera... eu, toda lamechas como sou e toda emocionada, quando a Vera me diz "esta música é mesmo para ti cláudia... estão sempre a criticar-te". ai sim, apeteceu-me mesmo chorar, as lágrimas vieram aos olhos mas não chegaram a sair, eis quando a Vera tira os óculos de sol e estão a escorrer umas lágrimas... :')

        e mais. a Vera é capaz de ser das pouquíssimas pessoas que me aceita, tal como eu sou, com os meus defeitos, sem me julgar! eu sei que posso dizer à Vera "Vera, eu reparo mais nas gajas boas porque já estou satisfeita com o sexo masculino..." e ela achar "o máximo eu ter dito isso", enquanto que outra pessoa qualquer ia achar-me maluca, lésbica, promíscua e tantas outras coisas que já me chamaram... nunca, mas nunca, me vou esquecer do que a Vera disse este Sudoeste: "sinto-me tão bem quando estou contigo, transmites boas energias, sinto que posso levar a vida a sorrir, deixas-me relaxada, sem ansiedade nem tensão, posso não estar com paciência para falar com ninguém, mas contigo sinto-me sempre livre", e "sabes porque eu acho que funcionamos tão bem, Cláudia? não é por sermos parecidas, não é por termos formas de pensar parecidas nem gostos iguais nem atitudes iguais, porque muitas vezes nem temos... é porque, independentemente de como eu seja, do que eu digo, do que eu faça, tu aceitas-me como eu sou, e tu não me julgas, nem eu a ti. conhecemo-nos e aceitamo-nos de forma tão natural, uma à outra. acho que é por isso que funcionamos tão bem". e a aceitação, isso sim, é mil vezes mais forte do que haver gostos, atitudes ou personalidades comuns entre amizades.



        Para ti, Vera :)

        Muaah @

        14 de agosto de 2010

        #3 Momentos Sudoeste.

        Eu e a Vera tinhamos acabado de sair do "canal" do acampamento do sw, aquela espécie de barragem que fazia de piscina, onde iamos sempre dar um mergulho ao fim da tarde, depois da praia e antes do banho.

        um dia, quando estávamos a sair, vimos um carro todo cheioooo de pó, ao que a Vera teve uma ideia: "vamos escrever 'lava-me porco'" (que cliché, eu sei).

        e eu "escreve, e eu tiro uma foto".

        ao que a Vera se lembrou - e muito bem - que aquele carro poderia ser dos DJ's da Cidade FM (que dava música enquanto estávamos no canal).

        e eu digo "era preciso muito azar para aparecerem aqui agora, isto se o carro for mesmo deles".

        a Vera escreve um "L" e quem é que aparece? pois. os gajos da Cidade FM.

        com o susto, demos um gritinho "mesmo à pita" e já nos queríamos esquivar, mas feitas parvas ficamos lá a olhar para eles... (somos mesmo meninas).

        eles começam a mandar vir e, para nos vermos livres disto, e porque os "L" já lá estava, digo eu: "isso era um 'Love you Cidade FM".

        não fosse eu extremamente inteligente e desenrascada (cof, cof), eles lá gostaram da ideia e a Vera acabou por escrever "we love you CFM".

        saímos de lá a rir. muito.

        13 de agosto de 2010

        #2 Momentos Sudoeste.

        o autocarro "old-school" que nos levava e trazia da praia da Zambujeira do Mar. verdade seja dita que só o apanhámos uma ou 2 vezes, no primeiro dia. mas foi "O Primeiro Momento Sudoeste". estar lá em cima, com uma vista espectacular para a planície alentejana, a levar com o ventinho, o mar ao fundo, parecia que estávamos a andar em direcção ao horizonte, respirar aquele ar puro, e, como cereja em cima do bolo, com a música "unfinished sympathy" (ouve-se um pouquinho no vídeo original, mas não sei porquê, o youtube não fez upload do som,lol). ficámos as 3 em silêncio, a absorver tudo... foi nesse momento que ganhei um maior respeito pela natureza, achei tudo tão lindo...

        os momentos mais simples são aqueles que nos marcam mais. pode não ser "cool", mas nunca mais me vou esquecer daquele que ficou apelidado por nós como o "bus old-school do sudoeste". e era só isso. simples e maravilhoso :)

        Muaah @

        12 de agosto de 2010

        #1 Momentos Sudoeste - concertos.


        esta música é capaz de ter sido aquela que me "tocou" lá mais bem no fundo de todos os concertos do sw. não conhecia massive attack (só esta música, mas depois durante o concerto realizei que até conhecia outras), e vibrei com o concerto em geral, mas esta música matou-me (no bom sentido). eu simplesmente limitei-me a fechar os olhos e senti-la, nada mais. adoro o "factor abstracto" da música, ao início não faz qualquer sentido, só ouvindo muitas vezes comecei a ganhar-lhe o gosto. é caso para dizer: "primeiro estranha-se, depois entranha-se". love every single sing about it: o jogo de cordas por trás (em crescendo ao início, lindo!), com a batida por cima, e a voz dela... uma mistura que funcionou tão, mas tão bem. com esta música, descobri que gosto do estilo trip-hop. é uma das minhas favoritas e o sentimento de ouvi-la ao vivo é... indescritível.


        e passando do sentimental e das "coisas da alma", passamos para o concerto que mais me fez vibrar em termos de estar espectacular =P ele já era para ter ido ao SW em 2007, e eu quase que fui só por causa dele, e ele acabou por não ir... desta feita, o Mika foi e compensou a falta de há 3 anos atrás... o Mika matou tudo, para mim, nada nem ninguém o superou. adoro todas, mas todas as músicas dele (as que conheço e as que vou conhecendo), adoro o estilo dele, o facto dele ser diferente... a voz dele ao vivo é o máximo, a interacção que ele teve com o público foi o máximo (falava em inglês e depois traduzia para português), ele foi até o único que decorou o palco... bem, parecia um filme do Tim Burton, tudo extremamente fantasioso, e divertido, e estilo "lollipop", enfim... O MÁXIMO! as músicas que eu gostei mais de ouvir foram, clarooo, o "Big Girl (You Are Beautiful)" (porque será?),ele até chamou ao palco duas raparigas gordinhas e adoráveis (dos bastidores)... o "Happy Ending"...


        (sempre adorei esta música)

        e o "We Are Golden"


        simplesmente porque a TMN resolveu fazer-lhe uma surpresa, andou a distribuir corações de cartão de um lado dourados e do outro a dizer o que era suposto fazermos: "durante o refrão do 'we are golden' levanta o coração e surpreende o mika"... foi um momento tão inesquecível, ver todo o mundo, mas todo o mundo (ou quase) com os corações levantados, incluindo eu... LINDO!




        e o James Morrison?? ahhh... ouvir a voz dele ao vivo foi uma lufada de ar fresco. uma voz tão bonitinha.. tão sensual... tão tão... sei lá... adorei. sempre adorei esta música dele "You give me something", simplesmente aquece-me o coração, e ouvi-la ao vivo foi algo de... mas também conheci outras dele, e quando ouvi esta:


        opa, quase que chorei. ouvi esta música pela primeira vez ao vivo e não consigo tirá-la da minha cabeça, por mais vezes que oiça a original (que são diferentes, mas gostei mais da ao vivo). eu fiquei simplesmente de queixo caído enquanto ele cantava isto e .. só me deu vontade de chorar!

        fora isso, Jamiroquai foi fixe mas nada de extraordinário, David Guetta foi dançar até não poder mais... acho até que o David Guetta é capaz de ter tido a mesma "intensidade" que os Massive, mas, como a Verinha diz, "Massive é música para a alma, David  é música para o corpo". nem mais!

        no geral, foi um muito bom cartaz  :)

        Muaah @

        entretanto eu não tenho conseguido parar de dormir... durmo de dia, de noite, de tarde, de manhã, e em quase qualquer lugar. dormir non-stop, nunca pensei demorar tanto tempo a recuperar!... 

        11 de agosto de 2010

        ' Meus queridos e adorados leitores

        (que devem ser imensos, ui! o contador de visitas até dispara....)

        Juro que não é nada de pessoal, mas vou deixar de publicar selos. Desafios, é conforme. Se me desafiarem a colocar aqui 26 músicas e o que cada uma delas significa para mim, depende da disposição. Como podem calcular, essa disposição é 98% das vezes nula: depois de um dia cansativo, apetece-me mais ficar a ouvir 26 músicas enquanto fumo uns cigarrinhos e relaxar, do que ouvi-las e escrever sobre elas. Quanto aos selos, já não os vou publicar mais.

        Repito: não é nada pessoal. Só para ti, que estás a pensar "esta gaja é mesmo arrogante". Que seja.

        Mas estou farta que me comentem o blog só para dizer "selo para ti"... sim, é uma excelente forma de divulgarem o vosso blog, e é muito querido e amoroso, mas eu vou lá na mesma sem selos. Também é bom para aumentar o meu número de comentários na caixinha lá em baixo, mas ultimamente tenho vindo a preferir 1 comentário de qualidade do que 5 a dizerem "miminho para ti no meu blog".
        Mas a razão principal é: perdi a paciência (ela deve ter ficado lá para os lados do Sudoeste, e eu até recorri aos serviços de Perdidos e Achados, mas não me disseram nada), para responder às perguntas que vêm com os selos, na maioria das vezes, à pressão... então aquelas perguntas do género "o que achas do blog XX" sem eu nunca ter ido ao blog XX... vou ao blog XX de propósito para responder à pergunta?? I don't think so... vou lá se gostar e se um dia tiver tempo para ler tudo (ou quase) com calma, sem ser à pressão para dizer "o que acho"!... perdi a paciência para "ter de" colocar um selo que diz qualquer coisa que vai na linha do "este blog é muito bom" (acho isso um pouco presunçoso para mim), e, pior, ter que estar a eleger blogs... ultimamente mal tenho tido tempo para os ler, quanto mais para os eleger e entregar selos. Também acho que é sempre demasiado "selectivo", talvez "elitista": "este blog tem piada", "este blog é expressivo", "este blog entretém-te no verão". Acho que cada blog é como é, com as suas especificidades, com mais ou menos visitas, com mais ou menos comentadores, estar a dividi-los por categorias assim... não gosto. Um selo personalizado para aquele blog em específico, é uma coisa. Selos generalizados por categorias... hmm... é preciso mais palavras?

        E pronto, é isso. O meu blog já passou essa fase. Eu, enquanto blogger, já passei essa fase. Este blog pode ainda ser quase o mesmo que eu criei há (quase) 4 anos, aquela adolescente infantil a falar da sua vida.... mas, parecendo que não, em 4 anos de blogosfera já evolui qualquer coisinha, o suficiente para distinguir o que é bom daquilo que é "lixo" da blogosfera.

        Peço desculpa às meninas (e menino) que me costumam oferecer selos. (não é que tenha de pedir, mas fica sempre bem, uma vez que até me justifiquei mais do que queria. a minha ideia era vir escrever que "já não publico mais selos porquê não" mas achei que isso quebrava a minha reputação (só reputação) de gaja simpática).

        Muaah @