e eu sinto que temos uma relação tão perfeita, que nem consigo bem descrever por palavras.
nunca, mas nunca, tive eu uma relação tão maravilhosa assim. a minha mais longa foi de 1 ano e 4 meses, mas logo no primeiro mês, ou segundo, eu encontrava algo que me incomodava.
desta vez é diferente. temos 4 meses e não há absolutamente nada nele nem na nossa relação que me incomode. às vezes chega a ser tão perfeito, que eu tenho "medo" que seja bom demais. porque nos meus momentos pessimistas penso que nada pode ser bom demais, que há sempre qualquer coisa. mas não. não há. dou por mim a procurar algum defeitozinho, alguma falhasinha (que idiotice, eu sei), e não encontro. talvez seja por termos ainda pouco tempo. talvez.
mudei muito, enquanto pessoa, desde que comecei a andar com o Bruno. dantes, andava numa onda de "curtir a vida", não queria compromissos, não queria relações sérias, só queria andar por aí, a curtir com quem quisesse, a "ir pra cama" com quem quisesse, a fazer o que me apetecesse, e de facto fiz. isso era o meu sentido de "aproveitar a vida", e sim, foi aproveitar a vida. mas sinto que agora a aproveito muito mais. porque me entreguei. porque me entreguei por completo, entreguei-me por completo de corpo e alma, como faço sempre que me apaixono. se dantes me entregava só de corpo, passei a entregar-me de coração também. sim, já sofri, mas pelos vistos "não aprendi". não aprendi, e ainda bem. noto que ainda tenho a capacidade de me apaixonar e de me entregar quando me apaixono, e de dar tudo de mim, e estou 100% segura de que, desta vez, estou a dar tudo de mim e a entregar-me por completo a uma pessoa certa, a uma pessoa que merece.
tudo entre nós é bom. a química, o sexo (do melhor, que, aliás, foi como tudo começou e até admito que, antes de o conhecer melhor, só queria que ele fosse meu amigo colorido para "dar umas voltinhas", lolol), as personalidades tão diferentes que temos mas que se completam, o acabarmos as frases um do outro, o "já sabia que ias dizer isso", uma previsibilidade que não se torna entediante, as nossas conversas intermináveis, o sentido de humor dele, os meus ataques de riso, o não termos segredos, o falarmos sobre tudo, o aceitarmo-nos um ao outro tal qual como somos e não nos julgarmos um ao outro pelos defeitos nem pelo passado, o querermos estar um com o outro reservarmos tempo nas nossas vidas para o efeito, mas nunca demais, nunca prender o outro, nunca deixar de estar com os amigos (ele com os dele, eu com os meus), nunca violar o espaço do outro, nunca cenas de ciúmes parvas, nunca nunca nunca. nada desse negócio de ficar impedindo o outro de estar com os amigos, nem de ir sair, nem de conhecer pessoas novas. sou ciumenta, sim, mas também prezo o meu espaço e, por saber que isso é importante, dou-lhe espaço a ele, todo o que ele pedir e precisar. costumo dizer: "ela pode olhar para ti e comer-te com os olhos, tu podes olhar para ela e comê-la com os olhos, mas quem te come a sério sou eu".
no fundo, há um respeito e um carinho e uma confiança mútua, que nunca, nunca, nunca tive. porque não me respeitavam, porque não me davam atenção ou, pior, e algo que para mim é inadmissível, porque não me aceitavam tal qual como eu sou, não conseguiam conviver com a minha maneira de ser.
mas ele não é assim, nada assim, e pela primeira vez na vida sinto que gosto dele exactamente na mesma medida em que ele gosta de mim. porque em todas as outras relações, havia sempre alguém que gostava mais do outro. mas aqui não. ele sabe que eu gosto dele em igual medida que ele de mim, e é por saber isso que confiamos tanto um no outro. por saber que ele gosta de mim como eu gosto dele e por saber que o grau em que eu gosto dele dificilmente faria algo para o magoar, sei que ele também não o fará.
enfim, não dá, não dá para descrever melhor. ao primeiro mês ainda me perguntava se ia durar muito tempo, apesar de nessa altura já ser maravilhoso, ficava sempre de pé atrás, mas agora, tenho quase a certeza absoluta que vamos durar muito, muito, muito tempo.
e é o que eu digo: vejo à minha volta casais que estão na merda, relações que não prestam, pessoas que manipulam, pessoas que não sabem respeitar o espaço do outro, discussões e amuos por tudo e por nada, enfim, merdices, e eu sinto-me uma sortuda, a miúda mais feliz ao cimo da terra, porque tenho uma relação perfeita, maravilhosa, feliz, onde não há espaço para coisas dessas. tenho perfeita noção de que quando falo nele os meus olhos brilham; uma vez a falar com a Vera sobre ele, ela até me disse "fogo, estás a deixar-me com inveja. quero um Bruno na minha vida! fazes-me acreditar que o amor existe".
e é verdade. Brunos como ele não os há muitos.
sinto orgulho. orgulho em mim por me ter entregue, orgulho nele por me ter dado o voto de confiança e de me ter querido conhecer melhor (sim, que antes de nos começarmos a dar ele tinha péssima impressão de mim), orgulho em nós por sermos como somos, por mantermos a relação saudável que temos mantido, e por estarmos a construir o que estamos a construir.
ainda só fazemos 4 mesinhos (hoje) e sei que 4 meses, numa relação séria, não é nada. mas com 4 meses já nos sinto tão sólidos e tão seguros.
posso com toda a certeza dizer que o amo. do fundo do coração, amo-o.
Parabéns a nós.
para "celebrar" não fizemos nada de especial, só um capuccino feito por ele e um filme à noite e uma voltinha hoje à tarde. porque não me importa o que fazemos. importa-me estar com ele, só :)
Muaah @
Obrigado por saberes cuidar de mim, tratar de mim, olhar p'ra mim.
Escutar quem sou.
E se ao menos tudo fosse igual a ti...
só porque é a música favorita dele :]