31 de julho de 2011

' This one could be The One #54


Pink Floyd é do pouquíssimo rock que oiço, se é que realmente se pode chamar de rock à música que eles fazem... Desde pequena que o meu pai - super fã deles - me põe a ouvir isto, e aos poucos acabou por entrar. No geral, acho que eles têm coisas bastantes boas, mas para mim, nada, mas nada bate mesmo, esta deles. Até já tinha falado dela aqui. São simplesmente, assim à primeira vez, 3 gajas a gritar. Mas, e com a sensibilidade artística apropriada para este tipo de coisas, dá para perceber que esta música diz tanto mais do que todas as letras do mundo!

"And I am not frightened of dying, any time will do,
I don't mind.
Why should I be frightened of dying?
There's no reason for it, you've gotta go sometime."
"I never said I was frightened of dying."

Depois, claro, há várias versões, mas eu optei por colocar a original aqui, acho que é a melhor.

Lembro-me que um dia assisti a isto no SW TMN, há alguns anos atrás, num concerto de tributo aos Pink Floyd, e lembro-me de chorar quando as vocalistas dessa banda que estava a fazer o tributo cantaram esta The Great Gig In The Sky. :')

Sim, quero, definitvamente, isto a tocar no meu funeral. Aliás, se morresse ao som disto, já morria bastante feliz.

30 de julho de 2011

' This one could be The One #53

E já que estamos numa onda de rap... Este senhor mata-me, adoro as músicas dele, mas esta, a Runaway, foi do melhor que já ouvi dele...

Tem a versão censurada, e cortada:


Há uma versão uncensured, original, que é a melhor - sobretudo a parte do fim, aquele instrumental fantástico! - mas infelizmente não encontrei.

E há aquele vídeo de meia-hora, eu gosto de chamar-lhe um mega-videoclip (com várias músicas dele), ou um short-film, já que, no fundo, conta uma história:


Adoro, acho tão, mas tão artístico... toda a história, os vídeos, as imagens... muito bem feito!

29 de julho de 2011

' This one could be The One #52



E por falar em letras... eu adoro a letra desta música. É tão verdade.

Yeah, conheço-te de algum lado
Nada, acho que não baby, acho que não

Ok, imagino uma estrada nunca antes atravessada
Coberta pela mais densa neblina cerrada
Não vês nem sabes o que tá do outro lado
Bom destino, ou abismo mais desgraçado
Extreminantemente obrigado a atravessá-la
E é tudo uma questão de coragem para enfrentá-la
Sem brio aceleras a fuga em território frio
E páras entre os sons da floresta e o silêncio de um rio
Olá, sou o Bob
Assim que o desconhecido sobe
Nesta viagem pela vida alguém se encobre
Ser amigo é um conceito subjectivo
As uniões são feitas todas em prole de um objectivo
Numa simples e em fama
E freme a gota contaminada
Chega pra água de uma lagoa calma ser adulterada
O homem tem máscaras
E usas a consoante a conveniência
Só as vais distinguindo com a convivência
Nesse caso, somos quase todos vítimas de ame tropia
Às escuras e com medo do fim do dia
Tu apenas conheces o desconhecido
E é-te omitido tudo o que realmente faz sentido
Os homens são os seguidores que menos seguemOs fiéis estão a espera que te preguem
Para poderem te cuspir, espetar a ultima lança
Sem esperança, alguém vais desfigurar a tua herança
É complexo mas apenas a desconfiança faz nexo
Anda de mãos dadas mas mantém a faca em anexo
REFRÃO

Sei lá, o que vou fazer
Dei-te o benefício da dúvida
Cantávamos a mesma música
E agora não vais ter mais (nada de mim)
Conheço-te bem, conheço-te bem, conheço-te bem, conheço-te bem (pensava eu)
Conheço-te bem, conheço-te bem diz-me onde falhei, conheço-te bem, conheço-te bem

Digo-te, só quem não tem amigos não é traído
Porque todo o amigo sempre será um desconhecido
E o calor transmitido, muitas das vezes é fingido
E ele funciona como um livro em casa nunca lido
Pertence-te mas nada sabes do que se passa internamente
Sentes a febre que te queima os neurónios rapidamente
Quando descobres que foste vendido por uns cobres
Falsos amigos têm espíritos pobres.

A humildade de alguém que te julgou irmandade
É a pior corda ao pescoço reforçada com falsidade
Os que se chegam a ti são darbins com escolha selectiva
A expectativa de uma melhor perspectiva

Cais, levanta-te mas os acidentes não acontecemO interesse em mágoas passadas é que os favorecem, na
Tu não me convences, aliás, tu não me pertences
A tua vida é feita de desencontros, compreendes?

Magoar é mais atractivo ao ego do que perdoar
É mais para o ser humano odiar do que amar
Quantas vezes já apertas-te a mão à tua quimera
Tantas quanto a corro o plano da nova era
Se vires o chão melhor disfarce possível
Abraços fervorosos escondem um desprezo invisível
Sim, às vezes sinto-me como uma lata reciclada
Ou depois de vazia atirada ao chão de forma desprezível
Aprende a ouvir as palavras que a boca aprende
Não há nada melhor do que aquilo que se sente
Tu sim, muita das vezes eu não porque te quero atirar ao chão
Tu só encontras solução se recorreres a compaixão
Porque, o verdadeiro é aquele que nos dá impressão
Que está do nosso lado mesmo quando não está e então
Mano por mais que desprezes
Se existissem almas gémeas todos seriamos siameses
REFRÃO

Sei lá, o que vou fazer
Dei-te o benefício da dúvida
Cantávamos a mesma música
E agora não vais ter mais (nada de mim)
Conheço-te bem, conheço-te bem, conheço-te bem
(pensava eu que se confiasses eu nunca suspeitei mas só em frente
sim perdoar-te porque também já errei.

28 de julho de 2011

' This one could be The One #51


Admito: não sou grande fã da Tori Amos. Mas ela até tem algumas músicas que me cativam e, sobretudo, amo mesmo as letras dela, são das mais bem feitas que já ouvi...

Esta é das que gosto mais, só a letra está fantástica:

Look, I'm standing naked before you
Don't you want more then my sex?
I can scream as loud as your last one
But I can't claim innocence

Oh God
Could it be the weather
Oh God
Why am I here
If love isn't forever
And it's not the weather
Hand me my leather

I could just pretend that you love me
The night would lose all sense of fear
But why do I need you to love me
When you can't Hold what I hold dear

Oh God
Could it be the weather
Oh God
Why am I here
If love Isn't forever
And it's not the weather
Hand me my leather

I almost ran over an angel
He had a nice big fat cigar
"In a sense" he said "You're alone here
So if you jump you best jump far"

Oh God
Could it be the weather
Oh God
Why am I here
If love Isn't forever
And it's not the weather
Hand me my leather

:)

27 de julho de 2011

' This one could be The One #50


"I want a sunday kind of love... a love to last pas saturday night", é tudo o que tenho a dizer! :)

Esta mulher mata-me, a sério. Acho que já tinha falado na At Last, noutra ocasião, mas esta não lhe fica atrás.

26 de julho de 2011

' This one could be The One #49





E ainda na onda do jazz/soul... esta mata-me. :)

25 de julho de 2011

' This one could be The One #48

Nem sei como me esqueci de colocar esta música quando falei na Bossa Nova... fail total. Esta é simplesmente das melhores músicas que eu já ouvi na vida...


Sem palavras.

Vou ter de sacar esta compilação Getz/Gilberto, e nem quero imaginar os orgasmos musicais que vou ter.

24 de julho de 2011

' This one could be The One #47

E do Trip-Hop ao Jazz... (dois dos meus estilos favoritos de sempre).

Como podia, alguma vez na vida, faltar aqui o ALL THAT JAZZ?!

All That Jazz é das minhas cenas favoritas ever... (tanto que dantes, e quem segue o blog há algum tempo sabe disso, este blog chamava-se "all that jazz").

Eu adoro, simplesmente, este jazz de cabaret...

A All That Jazz, do filme Chicago, blows me away... desde a música, à letra, ao groove, à voz dela, à coreografia, à cena toda do filme...


Mas do Chicago também destaco a Cell Block Tango


... a Nowadays


... e a Roxie:


Já vi o filme milhentas vezes, e cada vez gosto mais! :)

23 de julho de 2011

' Pensamento desta semana:



Amor é LIBERDADE, ao invés de POSSESSÃO. :)

22 de julho de 2011

' De me reduzirem àquilo que eu faço.



Se há coisa que eu detesto, é quando as pessoas acham que, por eu ser estudante de psicologia, tudo o que eu faço na vida, tudo o que eu sou, tudo o que eu gosto, esteja relacionado com psicologia.

O exemplo mais flagrante foi quando fui ao programa "Querida Julia" com o Mulher XL - projecto de moda que tenho - e a Júlia me perguntou "portanto, a Cláudia é estudante de psicologia", e depois disse "mas moda tem a ver muito com psicologia". Claro que eu disse que "sim, claro", estava em directo na televisão num canal nacional genérico, mas no fundo no fundo, detestei aquela afirmação, porque me dei conta que há imensa gente que faz isso. Já a mulher que me tinha entrevistado antes de ir ao programa, por telefone, me tinha falado nisso, qualquer coisa do género "então, mas a Cláudia faz o quê?", "estudo", "o quê?", "psicologia", "ah, e já se imaginou a fazer alguma coisa com as duas áreas, a moda e a psicologia? se calhar há muita gente a precisar de ajuda, a Cláudia podia conciliar". Quer dizer, como quem diz que as duas coisas TÊM QUE ter alguma coisa a ver com a outra, como se fosse uma espécie de imoralidade eu estar a tirar um curso que pouco tem a ver com um projecto aparte, que tenha fora dele.

Quantas e quantas vezes, em conversas, depois de me perguntarem "o que faço" e de eu responder que estou a tirar um curso de psicologia, as pessoas encadeiam o resto da conversa com base nisso? Tudo o que falamos, a seguir, tem que ter a ver com psicologia. "Tu que estudas psicologia deves saber", é o exemplo mais forte.

Ou seja, basicamente, definem-me pelo curso que eu tiro, pelo que "faço". Eu não posso ter outros interesses, hobbies, projectos, objectivos... Nãão! Tem tudo a ver com psicologia. Porra! eu sou muito mais do que psicologia. Na realidade, o meu curso, apesar de estar a ser tirado por por gosto pessoal genuíno, é apenas uns 5% ou 10% daquilo que me define e completa a minha vida. Não, não me imagino de todo num consultório a atender pacientes - e portanto detesto que me digam "quando fores psicóloga, tens de falar assim e assado" - não me imagino a exercer psicologia de todo. Adoro o meu curso, mas sinceramente não me vejo a trabalhar nele. Na realidade, ainda não sei o que quero da vida. Mas as pessoas assumem sempre que eu vou ser psicóloga.
Pior, é quando assumem que, por eu estar em psicologia, sei de tudo. "Tu que estudas psicologia deves saber", ou "tu que estudas psicologia, diz-me como funciona isto", ou "uma amiga minha está com problemas e quer que fales com ela, ela lê o teu blog e sabe que estás a tirar psicologia". Like, really? Eu não sou Freud.

É que dá mesmo vontade de deixar de dizer às pessoas que estudo psicologia. Parece que deixam de ver o que sou, enquanto pessoa, no meu todo, uma pessoa com paixões e interesses nas mais variadas áreas, para verem apenas uma pessoa que estuda psicologia.

21 de julho de 2011

' Porque todo o mundo depende tanto de mim.



Eu sou uma pessoa bastante independente e desenrascada. Se tenho uma ideia, ou me lembro de que quero fazer alguma coisa, faço, sozinha ou acompanhada, mas sem quaisquer problemas de o fazer sozinha... Desenrasco-me, vou atrás, e acabo sempre por conseguir. Gosto de pedir opinião aos outros quando não tenho a certeza de algo, mas assim no geral sou bastante decidida e determinada, informo os outros que vou fazer, não peço... e, geralmente, são as próprias pessoas que me perguntam se preciso de ou quero ajuda, ao invés de ser eu a dizer "ajuda-me". Não por orgulho, mas porque estou habituada a fazer e a conseguir as coisas sozinha.

Já o contrário se passa comigo. Por vezes há alturas, fases, em que parece que todo o mundo precisa de mim e me pede ajuda. Vejamos: eu sou a pessoa que empresta os apontamentos, no fim do semestre, pois passo sempre a matéria toda e normalmente ninguém passa; eu sou a pessoa que envia num e-mail todos os documentos pedidos e necessários para ir em erasmus à rapariga da minha faculdade que, supostamente, também vai comigo, mas que deixou para a última da hora e não tratou de nada; eu sou a pessoa que arranja bilhetes para o super bock super bock em cima da hora, quando estava esgotado em todo o sítio, porque as pessoas com quem ia simplesmente deixaram para a última da hora também - e eu fui sempre a pessoa que teve o tempo todo a dizer "vamos comprar os bilhetes", "olhem que eles vão esgotar", e até mesmo no próprio festival, fui eu que tive o cuidado de levar comida e água, ainda que eles dissessem "ah eu não vou ter fome, nem sede", e, obviamente, que acabaram por ter - eu penso sempre em tudo; eu sou sempre a pessoa que dá alojamento gratuito, se alguém não tem onde passar a noite, no que depender de mim não fica sem tecto nem debaixo da ponte (e não me queixo de o fazer, faço com gosto e até costumo brincar com a situação e dizer que a minha casa é uma pousada da juventude gratuita com refeições incluídas); já para não falar na quantidade de dinheiro que empresto (1 euro aqui, 2 ali, 3 ali) quando é realmente preciso. Mais desenrascada do que eu, ainda, só mesmo a Carol, amiga e roomate da Vera, que é capaz de ir tocar à porta de todos os vizinhos para pedir caril, para fazer frango de caril, quando nos esquecemos de comprar. xD

Resumindo, concluíndo e baralhando, sempre que alguém está em apuros ou precisa de uma mãozinha, a Cláudia está lá para dar. Porque já sabem que sou desenrascada, organizada, e sou expert em gestão de tempo, e que geralmente consigo as coisas que meti na cabeça que quero, e que consigo escapar-me das situações e problemas de forma natural... e, principalmente, que me foco sempre na solução e nunca no problema.

Não é, de todo, minha intenção, queixar-me ao dizer isto. Gosto de ajudar, se alguém me pede ajuda e quando posso (e às vezes quando não posso ou não me dá jeitinho nenhum), gosto de ver as pessoas à minha volta bem. Digo isto com aquele intuito de que, às vezes, cansa. às vezes eu só quero não fazer absolutamente nada, daqueles dias em que acordo para voltar a dormir... e se ligo o telemóvel já tenho outra vez alguma msg a dizer "preciso de", "faz-me um favor", "podes ajudar-me", "já viste aquilo de". xD Há alturas em que isso é tão óbvio, que eu nem sequer ligo os telemóveis um dia inteiro.

Mas a culpa é minha. Porque eu sou permissiva e facilito demasiado a vida a todo o mundo. Digo sempre que sim, e nunca me consigo chatear. Emprestei o meu caderno e não o vi durante 2 semanas? Odeio, odeio isso, odeio escrever matéria em folhas soltas porque alguém levou o meu caderno emprestado supostamente por 1 dia, mas consigo chatear-me? Não. A culpa é toda minha, porque eu facilito demais.

Já me disse a mim própria tanta vez, e já me decidi tanta vez, que tenho de aprender a dizer que "Não". Ficam chateados quando, geralmente, digo que "não", por mau-hábito... E como detesto conflitos - evito-os ao máximo - e detesto discutir e que fiquem chateados comigo, ainda que eu tenha razão, acabo sempre por evitar esse tipo de situações... e digo sempre que "sim" a tudo.

E, depois, é como diz a imagem: ninguém repara no que faço, até que não o faço.
WHAT'S WRONG WITH ME?!

19 de julho de 2011

' Eu e as minhas manias...

Gosto de andar sempre minimamente bem depilada (mesmo que seja Inverno), e com lingerie bonita e, de preferência, a condizer.

Porque, se um dia me sentir mal no meio da rua e tiverem de me levar, inconsciente, para o hospital e me despirem… epa, quero estar minimamente apresentável, né?

Pronto, era isto, momento de estupidez do dia.

18 de julho de 2011

' Cães.

Tenho uma espécie de “teoria”, convicção, crença, ideia, whatever… eu sempre achei que as pessoas que têm animais de estimação – refiro-me a cães e gatos, não a peixes e pássaros, o que sempre achei meio parvo considerar como animal doméstico – são, de certa forma, mais “felizes” que as outras.

Mas nunca ninguém acreditou em mim! E eu também não tinha forma de provar… mesmo pesquisando intensivamente, nunca encontrei nada científico que corroborasse essa minha ideia.

Até que vi, naquele programa que agora dá na SIC Mulher, “Cães extraordinários” que há, de facto, evidências científicas que apontam nessa direcção: está comprovado cientificamente que a interacção entre humanos e cães (seja mero contacto visual, ou aquele sentimento de “achar fofinho”, dar festinhas, falar com eles, etc, qualquer tipo de interacção) aumenta os níveis de oxitocina tanto na pessoa como no animal.

Aparte de pequenos (grandes) pormenores científicos, sim, eu sempre acreditei convictamente que as pessoas que têm animais de estimação – especialmente cães, e especialmente as que sempre tiveram, desde a infância – são, de certa forma, mais “felizes” do que as outras. Há toda uma experiência de amor incondicional e lealdade que partilhamos com os cães, que nunca partilharíamos com outro ser humano.

Falando por experiência própria, eu sempre tive cães e cadelas, desde que me lembro (desde que nasci mesmo!). Sempre interagi com eles e sempre criei laços com eles, da mesma forma que criaria com outra pessoa; como sou filha única, os meus pais são divorciados e muitas vezes a minha mãe era “ausente”, os cães sempre foram grande companhia para mim; e sempre que perdia um, o pesar era tão grande, que parecia que tinha perdido uma pessoa. Hoje em dia, tenho 2 cães, e embora não ande sempre às festas nem a rebolar com eles no chão, posso dizer, com toda a certeza, que eles me fazem uma companhia incrível. Só o facto de saber que eles estão lá, deixa-me assim 0,1% mais feliz e confortável do que se não estivessem.

Dão trabalho? Sim! A comida, o ir à rua – se bem que os meus vão sozinhos e voltam sempre para casa, a tal lealdade, e portanto não precisamos de ir propriamente passear com eles… - o veterinário… mas, porra, não é por acaso que se diz que o cão é o melhor amigo do homem.

E mais! Acrescento, sem medos, que acredito piamente que as pessoas que tratam mal os animais, que os abandonam porque querem ir de férias, ou até mesmo que os matam simplesmente por serem um “incómodo” – como aconteceu há umas semanas aqui na minha rua… um cão, não era de ninguém, era simplesmente da rua, ou “do café” (pois davam-lhe comida lá), era super fofinho, chamava-se pirolito, era pequeno, não fazia mal a ninguém, e alguém colocou veneno na comida dele, simplesmente porque ele não era de ninguém, andava para ali… sem chatear ninguém, ou melhor, pelos vistos chateava essa pessoa, só essa pessoa, que cruelmente achou que tinha o direito de o eliminar do mapa – para mim, essas pessoas são MÁS PESSOAS. Não me interessa se ajudam as criancinhas em África nem se fazem grandes donativos a instituições de caridade, uma pessoa que maltrata, abandona ou MATA um animal para mim é MÁ PESSOA, sem tirar nem pôr. Não entendo essas atitudes e magoam-me mesmo.

Eu tenho uma ligação tal com cães, que por vezes chego mesmo a ter mais pena de alguns cães abandonados na rua do que os próprios sem-abrigo (humanos), e mais pena de quando eles têm de ser abatidos, do que quando tem de se desligar a máquina a um ser humano que está em estado vegetativo, pondo assim em termos comparativos directos.

Resumindo e concluindo… eu acho que as pessoas que têm animais de estimação, e, como a própria palavra o diz, os estimam (não abandonam), são mais felizes que as outras. Pois experienciam todo um processo de “bonding” e todo um sentimento de lealdade e confiança quase total que não experienciam com outros seres humanos. Mas, lá está: as pessoas que não acreditam em mim, não têm animais de estimação, e não é por acaso.

Muaah @

16 de julho de 2011

' SUPER BOCK SUPER ROCK 15/07/2011.

OH MEU DEUS!!!!!!!!

Assisti ontem a um dos melhores concertos da minha vida... PORTISHEAD.

Valeu bem a pena o STRESS que foi para arranjar bilhetes... por desleixo e deixar para a última da hora, os bilhetes acabaram por esgotar... andei feita maluca a tentar arranjar bilhetes de última hora, e, claro, modéstia à parte, mas eu quando quero consigo, e desta não foi excepção.

Rodrigo Leão foi razoável, muito bom até, mas não tocaram as essenciais... A Mãe, Histórias, Sleepless Heart! Só para citar algumas das que eu estava à espera... mas no geral gostei imenso, adoro Rodrigo Leão, a tristeza e o dramatismo daquela música... Só sei que tive o concerto inteiro com as mãos ao peito a sentir aquela maravilha de música, à espera que eles tocassem a Sleepless Heart/4º Piso, e de repente o concerto acaba - e foi só uma hora, foi tão curto,nem dei pelo tempo a passar - e eu só fiquei mesmo desapontada. Mas enfim.

Um dos melhores momentos do concerto de Rodrigo Leão & Cinema Ensemble foi a Ana Vieira a cantar "Vida tão Estranha"... assim em estúdio não é das minhas músicas favoritas (apesar de gostar, muito), mas ao vivo foi qualquer coisa de... quase fazer chorar.



The Gift simplesmente detesto, odeio a voz da mulher, odeio o estilo, odeio tudo, foi um suplício estar ali a ouvir aquilo... mas valeu a pena o sacrifício, logo a seguir...

.... PORTISHEAD!

As minhas expectativas foram altamente superadas, só gostava de ter gravado mais vídeos... por momentos arrependi-me de não o ter feito, mas pensando melhor, um simples vídeo nunca ia passar a sensação de estar num concerto deles, e eu estava tão "embrenhada" na música, música atrás de música e eu só queria mais, estava mesmo a vibrar, estava no céu, ou noutro mundo, no planeta terra não estava de certeza... para mim, só uma música faltou no concerto deles, a "Ellysium", mas de resto foi brutal, simplesmente, em 5 palavras, bem resumido: QUALQUER COISA DO OUTRO MUNDO.

Um dos melhores momentos em Portishead foi "The Rip"... já conhecia (e adorava) a música e o vídeo, mas ouvir mesmo ao vivo, com este vídeo a passar naqueles ecrãs gigantes, foi qualquer coisa de... a sério, só nesse momento eu percebi a profundidade artística deste vídeo e da música (aconselho a ver em grande):





A seguir, Arcade Fire, não sei como tanta gente vibra com aquilo, eu simplesmente detestei... tão foleiro, nem letras de jeito tinham, metade das músicas eram compostas por "wwooaaahhh", ou "eeeehhh" ou "uuuhhh", like, really?! eu e a Vera estávamos a detestar - ainda por cima depois de ver Portishead, os standards de qualidade musical estavam demasiado altos, não consegui mesmo mesmo gostar minimamente de Arcade Fire - e acabámos por vir embora, e andámos uns bons 20 minutos até conseguir passar a multidão... todo o mundo a VIBRAR com aquilo, nunca tinha visto um concerto tão cheio (também estávamos bastante para a frente, mas mesmo assim), as pessoas a olhar para nós a pensar com aquele ar judgemental "mas tu vais-te embora num concerto dos arcade fire"... juro, nunca vi tanta gente a vibrar assim com uma banda como aquela. Bem, gostos não se discutem (educam-se, ahah), mas Arcade Fire foi algo que eu não consegui compreender de todo... Eu ainda fui com aquele espírito de mente aberta, disposta a entrar no espírito da coisa, mas não deu... detestei, ahhhh!!!!!! (e nunca mais acabava!).

Anyway... toda a noite valeu tão a pena só pelos Portishead... estava nas nuvens, ainda estou nas nuvens, Portishead é simplesmente... genialíssimo.

A companhia foi, definitvamente, a melhor :)




Muaah @

15 de julho de 2011

' This one could be The One #46 - SUPER BOCK SUPER ROCK

Neste momento, estou num dos melhores concertos da minha vida, for sure...

Para aquecer, Rodrigo Leão, e para acabar, os grandes e geniais PORTISHEAD.


(do álbum "Third" deles... sinceramente não gostei muito deste último álbum, adoro, amo, os outros, menos este... mas esta música está brutal).



E esta? Estou há umas 24 horas seguidas com esta música na cabeça... :DD



E, como não podia deixar de ser... A música do Rodrigo Leão que eu gosto mais, definitivamente uma das minhas favoritas de sempre... O "4º piso" é o simples instrumental da "sleepless heart", mas as duas são...fantásticas!

Como estou a escrever isto antes do concerto, digo que estou super ansiosa para ouvir Rodrigo Leão e Portishead ao vivo.

Vamos lá ver se supera as minhas expectativas... eu cá suspeito que vou ter múltiplos orgasmos musicais.

It will for sure!

Muaah @

14 de julho de 2011

' This one could be The One #45 - SUPER BOCK SUPER ROCK

Portishead - álbum "Portishead" (para mim, o melhor!)





Para mim, esta é mesmo a MELHOR deles. Adoro e é, definitivamente, uma das minhas favoritas...




Mal posso esperar por ouvir isto ao vivo. A julgar pelo que vi de Massive Atack no SW o ano passado - e tendo em conta que o estilo é o mesmo (trip-hop) - deve ser qualquer coisa do outro mundo....

13 de julho de 2011

' This one could be The One #44 - SUPER BOCK SUPER ROCK

OS PORTISHEAD VÃO AO SUPER BOCK SUPER ROCK... Entrei em êxtase quando soube, pois adoro, adoro, AMO, essa banda. Eu adoro trip-hop e, para mim, Massive Attack e Portishead são o auge desse género, o melhor que há. Eles "só" têm algumas das minhas músicas favoritas... e nos próximos post's vou colocar aquelas que, para mim, são as melhores músicas deles. :)


Bem, esta todo o mundo conhece.... e quem não gosta? Impossível não gostar disto. É do mais comercial que eles têm, e é lindo à mesma! (geralmente eu não gosto de coisas muito comerciais).


Esta também é bastante conhecida... fantástica, genial.

(agora vou entrar na non-comercial zone!)






("It's a fire" é das minhas músicas favoritas deste álbum).

E ouvir isto ao vivo??

Estou ansiosa e com expectativas algo elevadas... mas tenho a certeza que eles não vão desiludir :D

12 de julho de 2011

' This one could be The One #43 - SUPER BOCK SUPER ROCK

Quase não há vídeos de Rodrigo Leão no Youtube, pelo menos das melhores músicas... o que é uma pena...os poucos que há fui eu que coloquei - mas rapidamente perdi a paciência para estar a fazer videos no movie maker e carregar para o youtube - ou são músicas que eu não gosto... portanto, aqui fica o pouco o que encontrei (das que queria colocar, dos 8 albuns que ele tem, e que eram muitassss).





Para além destas, que foram as únicas que encontrei ( :( ), também recomendo Uma História Simples, O Último Adeus, A Tragédia, A Casa, e Pássaros de Panjim.

Rodrigo Leão é das melhores coisas que já ouvi, não entendo porquê tanta dificuldade em encontrar vídeos dele... é que fico triste, a sério.

11 de julho de 2011

' This one could be The One #42 - SUPER BOCK SUPER ROCK

Pára tudo: O RODRIGO LEÃO VAI AO SUPER BOCK SUPER ROCK.

Adorei saber disto... ainda para mais, no mesmo dia dos Portishead (mas deles falo mais à frente, pois não tem nada a ver).

Adoro, mas adoro mesmo, de coração, Rodrigo Leão. Ainda me lembro quando deu o Equador na TVI, foi das poucas coisas realmente bem feitas em termos de produção nacional... adorava a série, mas adorava ainda mais a banda sonora... Lembro-me que na altura foi o cabo dos trabalhos para encontrar as músicas... Ainda hoje, Rodrigo Leão é extremamente difícil de encontrar! Eu via os créditos da série e o genérico, vezes sem conta, parava, voltava atrás, parava... até que um dia consegui apanhar - e porque só aparecia durante menos de um segundo (!) - o que eu esperava ver: "banda sonora: Rodrigo Leão". Acho que na mesma noite ou no dia seguinte, fui à FNAC procurar o CD dele. Nem me dei ao trabalho de ir procurar na net, música com uma qualidade destas merece CD. E lembro-me que fiquei dias e dias, e semanas seguidas só a ouvir Rodrigo Leão... o CD "A Mãe". Ainda por cima, nessa altura estava a viver em casa do meu pai, que "só" tem uma aparelhagem com uma potência brutal, com duas colunas gigantes, até sentia as paredes a estremecer... (nada comparado ao som do PC). Era eu e os vizinhos, a ouvir Rodrigo Leão, durante tanto, mas tanto tempo...

Só depois fui procurar mais álbuns dele, mas este, "A Mãe", foi aquele, O Álbum, que me despertou mais a atenção, que eu mais gosto, adoro, amo... as músicas deste álbum (ok, excepto algumas, que Rodrigo Leão para mim é 8 ou 80, tem coisas que eu amo, mas também tem coisas que eu detesto!) são as que mais me envolvem e diria até, as que me fizeram chorar muitas lágrimas.

Bem, vou parar com o bla bla bla - acho que este foi o post desta rubrica em que eu escrevi mais - e passar ao mais importante... as músicas! Vou colocar as músicas do álbum "A Mãe" que eu mais AMO. Mas amo mesmo. Nem tem explicação. Todo o álbum está fantástico, mas estas... estão aqui &lt



(não encontrei vídeo nem player, para variar)

"Pássaros de Pangim" era mais do que digna de aqui estar, mas infelizmente não encontrei... um único vídeo, um único player, nada. WHAT'S THE MATTER WITH THIS PEOPLE???!!!

Também "engraço" com a "Vida tão só, vida tão estranha", e adoro a letra, mas não ao ponto de a colocar nesta rubrica.

At last but not least, as duas músicas que me fizeram CHORAR de emoção durante horas e que são, definitivamente, as minhas duas favoritas (uma é apenas o instrumental da outra, no fundo, as duas são a mesma, mas pronto)



Se não tocarem esta, vou ficar desiludida com o concerto.

Mas estou confiante, expectante, ansiosa... Rodrigo Leão ao vivo, não é todos os dias.

9 de julho de 2011

' This one could be The One #41



Esta música está super batidíssima, mas quando eu a ouvi pela primeira vez, ninguém sabia quem era a Aurea. Nem eu! Ouvi-a por acaso e saquei-a do youtube. Só sei que andei 2 semanas a ouvir isso em repeat. Só depois soube que ela era portuguesa, deu uns concertos de apresentação na fnac (eu fui a um deles e adorei!). Adoro a Aurea, a espontaneidade e genuinidade dela, o facto dela cantar descalça, o tipo de música (é tão o meu tipo), adoro, amo, amo!!!

8 de julho de 2011

' This one could be The One #40


Um CLÁSSICO. Summertime é das melhores coisas que ouvi, e gosto em várias versões...


(que fique claro que eu não gosto lá muito da Leona, mas ela interpretou muito bem esta música)

Summertime é Summertime, enfim. É um daqueles clássicos. E é lindíssima.

7 de julho de 2011

' This one could be The One #39



                                                                               Sem palavras.

6 de julho de 2011

' This one could be The One #38


Completamente viciante. Quando me dá para ouvir esta música, é logo no repeat por horas seguidas. Adoro, adoro.

5 de julho de 2011

' This one could be The One #37


Porque adoro a voz desta mulher.

E porque esta música marcou um momento bem triste da minha vida.

' Mas está tudo louco? / O Vizinho do Tomate.



No outro dia, estava eu muito bem com o Bruno na paz e conforto do meu sofá, quando o vizinho da frente vem bater à porta, com um ar muito sério e preocupado e diz

“olhe, esteve a chover tomate no meu terraço”

E eu, devo ter ficado com cara de “WTF”, nem sabia o que responder.

“ah, não viu ninguém a atirar tomates aí… é que vieram parar bocados de tomate no meu terraço”

“olhe desculpe, mas não sei mesmo… não vi nada"

“ah, pode chamar o seu marido?” (essa do “marido” matou-me de vez)

Eu chamo o Bruno, pergunto: “viste alguém aí a mandar tomates, ou bocados de tomate no quintal?” - isto com uma vontade tremenda de me desatar a rir na cara do homem

“não, não vi nada”

“bem, se virem por aí alguém a mandar bocados de tomate, ou se aparecerem bocados de tomate no vosso quintal, digam-me pf”.

“ok”.

WWWHHHHAAAAATTTTT??!! Chuva de tomates? A sério?

A partir desse momento que passei a denominar esse meu vizinho de “vizinho do tomate”…

A sério, ou o homem estava mesmo a alucinar, ou a minha rua está a virar tipo Wisteria Lane das Desperate Housewifes, em que aparecem bocados de tomates, misteriosos, na relva de alguém, e afinal havia alto mistério por detrás disso… Lol.

Ainda bem que tive uma testemunha de que isto aconteceu mesmo. Porque, assim contado, ninguém acredita.

Muaah @

hmm... e agora, por falar em tomates, vou ali à cozinha cortar um ao meio, colocar uma pitada de sal, e comer... se há coisa que eu amo devorar no Verão, é mesmo tomate, assim, sem mais nada, como se fosse uma maçã. (com um pouco de sal).

3 de julho de 2011

' POC?!

A Maria Leonor fez um comentário no post das limpezas/higiene, que me deixou a pensar:  "Acho que tens mesmo misofobia! Rapariga, há coisas com as quais concordo contigo...mas muitas das outras são too much! Como é que consegues viver assim? É um stress constante... "

Mas sinceramente, acabei por me esquecer e não me preocupei, pois não costuma ser um stress constante... são coisas, acções e preocupações pequenas e naturais que me surgem no dia-a-dia, quase ninguém dá por isso e eu já as faço automaticamente.

Mas ontem à noite fui sair e fiquei algo preocupada com um comportamento que tive: quando cheguei a casa, já quentinha/tocada pelo alcool (não bêbada, mas tinha a noção), só me apetecia cair na cama, mas ainda fui tomar banho, sempre com aquela preocupação constante de não contaminar os lençóis com os germes da rua, restaurante, discoteca, transportes publicos, todos os sítios por onde passei... quem tem este tipo de preocupação?

Quando acordei e liguei a tv, estava a dar o Dr OZ e ele estava a explicar a POC - Perturbação Obssessivo-Compulsiva - e eu identifiquei-me em alguns pontos. Até foi lá uma mulher que, tal como eu, tem "medo" de germes e micróbios... depois lá no programa um outro médico que estava a apresentar esse tema, tocou no sapato e esfregou a mão pela cara, para mostrar à mulher que não faz assim tão mal e que ela não vai ficar doente só por isso, mas a mim fez-me extrema confusão, tanto a mim como à mulherzinha que sofria de POC...lol. Entretanto, no vídeo dela, ela também tinha 2 manias que eu tenho: estar sempre a lavar as mãos e praticamente lavar a loiça antes de a pôr na máquina, com "medo" que a máquina falhe em alguma sujidade. Isto não é normal!

Não, não tenho aquela mania de re-organizar as coisas vezes sem conta e desligar os interruptores 30 vezes, nem  nada disso... se um quadro estiver torto, deixa-o lá, não me faz confusão. a mim é mais específico, são coisas muito específicas e até estúpidas, como por exemplo: quando faço limpezas, e ponho roupa para lavar, eu tiro o que tenho vestido e faço o resto da limpeza nua, isto só para não ficar tudo limpo e depois a única coisa no cesto da roupa suja ser o que eu tinha vestido enquanto estava a limpar...faz-me impressão! lol. Ou, por exemplo, numas escadarias, gosto sempre de entrar com o pé direito e sair com o pé direito também, ainda que isso implique que no fim tenha que saltar dois degraus... mas isso é mais superstição, não tanto obssessão.

Fiquei a saber que existem testes para detectar isso - e eu, como estudante de psicologia, tenho muito essa mania de me auto-diagnosticar, o que nunca se deve fazer, mas pronto, foi só para "diversão" - e fiz um teste qualquer na net, este, que me pareceu razoável. No fim não consegui saber o resultado, o site bloqueou e não tive paciência para repetir, mas tive uma ideia a partir do que assinalei em cada ponto. Sinceramente? Eu tenho manias muito específicas, mas apelidar de POC é demais. Sim, tenho a mania do controlo e adooooro coisas organizadinhas, mas por exemplo não tenho medo de ficar doente pelos germes, apenas me mete nojo saber que eles estão lá. Sim, gosto das coisas minimamente arrumadas e ordenadas, mas não ao ponto de ficar horas e horas a endireitar as mesmas coisas, nem de ir endireitar um quadro se vir que ele está torto. Não fico propriamente obcecada com isso.

Esse teste também me fez "consciencializar-me" de muitas outras manias que eu tenho, mas por vezes são inconscientes. Por exemplo, eu tenho muito uma noção de que existem nºs "bons e maus" (um dos pontos da escala do teste) - detesto, mas detesto, números ímpares, horas ímpares, o nº 13, chego ao ponto de parar o que estou a fazer durante um minuto se por acaso olhei para o relógio e eram 12h13 ou assim... - outra, ponto 5, "É-me difícil tocar um objecto quando sei que foi tocado por estranhos ou por certas pessoas." - porque, lá está, tenho aquela coisa que não sei o que a pessoa andou a fazer, e normalmente essa pessoa foi à casa-de-banho sem lavar as mãos, como eu vejo tanta vez, e portanto tudo o que elas tocam ficam contaminado; ponto 9: "Fico incomodado se os outros mudarem a forma como tenho as coisas organizadas." - ah, mas detesto mesmo! e quando as pessoas mexem nas minhas gavetas e deixam a roupa toda enrolada, eu tendo ir lá e dobrar tudo direitinho; "Por vezes, tenho de me lavar ou limpar apenas por sentir que possa estar contaminado. " - desta acho que já falei o suficiente.

O que mais me preocupa é que o meu pai, ainda por cima um parente directo, teve um início, se não mesmo, POC. Agora está muito melhor mas eu lembro-me perfeitamente que ele tinha as mãos em ferida de tanto as lavar - algo que eu não tenho - que estava sempre a limpar o wc de cada vez que lá ía, que ligava e desligava interruptores, abria e fechava portas, vezes sem conta. Acho que teve de tomar medicação e tudo. Ainda não se tem certezas de que a POC seja hereditária, mas há algumas evidências de que seja; fora isso, há sempre a hipótese da imitação e adopção de hábitos dos pais, pode ser que eu tenha adoptado alguns - e adoptei com certeza, os menos extremos - do meu pai.

Ainda não cheguei a esse ponto e acho, sinceramente, que não vou chegar, pois como disse, as minhas manias são muito específicas, mas não interferem com o meu quotidiano, consigo conviver bem com elas, não perturbam ninguém, e ninguém dá por elas. :) É apenas uma mania de limpeza conciliada com controlo, e não, não é um stress constante. :)

2 de julho de 2011

' Ainda das Limpezas (II) - ou da higiene em geral...


Num post anterior falei das minhas manias de limpeza em casa.

E nos outros locais, ou em outras situações, ou mesmo hábitos de higiene pessoal?

Bem, frequentemente dou por mim a achar que tenho Misofobia, e uma grande mania dos germes. Por vezes penso mesmo que penso em coisas que mais ninguém pensa.

Por exemplo, casas-de-banho públicas. Detesto ir, evito ao máximo, mas quando tenho mesmo de ir, é um pesadelo. Porque vejo, a toda a hora, pessoas que vão à casa-de-banho SEM LAVAR AS MÃOS DEPOIS. E isso, senhores (e senhoras) é das coisas que mais me mete nojo. Não só porque é com essas mesmas pessoas que trocamos apertos de mãos, toque, e outras coisas, mas principalmente por isto: e na hora de abrir a porta da casa-de-banho, para sair, depois de termos lavado as mãos? Pois que acredito piamente que aquela maçaneta está mais porca do que o tampo da sanita - partindo do princípio que as mulheres têm o bom senso de fazer xixi em pé - depois de dezenas, centenas, de pessoas, que foram à casa-de-banho, não terem lavado as mãos, e terem aberto a porta da mesma forma que o vamos fazer nós. E depois, ainda oiço pessoas a dizer - a sério, já ouvi! - "ah, mas fui só fazer xixi, e usei papel para limpar, tenho as mãos limpas". LIKE, REALLY????!! Dantes, quando as casas-de-banho tinham os papelinhos para limpar as mãos, eu utilizava esse mesmo papel para abrir a porta, e só o deitava fora quando chegava cá fora e estava "fora de perigo". Mas agora, que a grande maioria das casas-de-banho públicas só têm aquele arzinho para secar as mãos? Lá vou eu, com as mãos limpas, fazer alta ginástica para evitar tocar no sítio onde as pessoas tocam (muitas delas sem lavar as mãos); eu tento abrir a porta com o cotovelo, eu espero que alguém saia para sair logo atrás, ou, se for naqueles casos em que há um "poste" grande de metal ao longo da porta, eu agarro mais acima, em pontinhas dos pés, onde sei que ninguém agarra. heeerrrkkk.. só de pensar! E quem diz maçanetas das portas das casas-de-banho públicas, diz maçanetas dos cúbiculos, ou botões de autoclismo. Mas bem, nesse caso ainda não faz muito mal, uma vez que vamos lavar as mãos depois. E as pessoas que só lavam as mãos com água? Bem, nem vou entrar por aí.

Talheres. Eu detesto partilhar talheres! Não que tenha nojo. Mas não gosto mesmo. Seja com os meus próprios pais, ou até com o Bruno, a quem dou linguados. É diferente. Talheres, para mim, não se partilham. E quem diz talheres, diz alimentos do género maçãs e gelados. Vê-se que aquilo está mesmo tudo cheio de saliva da outra pessoa. Por isso detesto, mas detesto mesmo, quando me pedem para "dar uma trinca na maçã", ou "provar o gelado", se for sem colher. Muitas vezes acabo por deixar, para não ser vista como esquisita ou egoísta. O que é idiota, porque não é de todo egoísmo. Não tenho problemas em partilhar comida, desde que seja cada um com o seu talher, e sem lambusar tudo. Quer queira quer não, o ambiente social ainda dita muito do nosso comportamento. Mas a verdade é que, sempre que isso acontece, já não consigo desfrutar totalmente do meu gelado. Esquisitice, definitivamente. Egoísmo, não. Enfim. Quanto aos copos, já não me faz tanta impressão partilhar, e bebo sempre do lado oposto ao que a pessoa bebeu, apesar de ter aquela sensação que a pessoa deixou algum vestígio de saliva no líquido... bom, agora que penso nisso... Garrafas de água, então, é que detesto mesmo. Normalmente, garrafas de água dos outros cheiram esquisito. Não é por acaso. Normalmente, as pessoas têm o hábito de utilizar a mesma garrafa over and over, re-enchê-la vezes sem conta, e isso é nojento, deve trocar-se de garrafa a cada 2 ou 3 vezes que se re-enche. Não usá-la até ao resto da vida. E uma garrafa de água não custa mais de 1€. Não é muito difícil.

Borbulhas. Detesto que me espremam borbulhas e, deus me livre, detesto ainda mais espremer as borbulhas dos outros. Acho simplesmente nojento, o pus é um dos líquidos mais nojentos do corpo humano. Adoro tirar borbulhas já secas, e crostas, a mim própria, mas aos outros, e os outros a mim, NUNCA. Tenho amigos próximos que têm uma qualquer panca por espremer borbulhas e andam atrás de mim sempre que tenho uma. Eu fujo a 7 pés, pois acho completamente nojento que me façam isso.

Mexer em pés. Eu flipo quando vejo as pessoas a mexerem em pés - nos próprios ou nos dos outros - e depois não lavar as mãos. E depois tocar em coisas que eu vou tocar, ou comer, ou tocar em mim. Bheeeekkkkk.

Os postes dos autocarros/metros/transportes públicos em geral. Bem, acho que nem é preciso explicar essa, né? É "só" onde centenas, quem sabe milhares, de pessoas, tocam por dia. Para evitar isso, normalmente, tento agarrar-me sempre à parte mais em cima, onde quase ninguém toca, ou evitar tocar de todo, manter-me em pé, ou, se for uma viagem longa, sentar-me logo e não tocar em nada. Mas é inevitável e acabamos sempre por tocar naquele poste, onde aquele senhor idoso, cujas mãos estiveram em contacto directo com o lenço de bolso (outra coisa que acho meio nojento, lenços de bolso, e não de papel) para onde mandou um escarro amarelo esverdeado. Sinto-me suja sempre que saio de um autocarro e só penso que tenho que lavar as mãos. A sério.

Outras coisas que tal: molhar o dedo com saliva para virar uma página de um livro ou uma folha (vejo imensos profs a distribuir, por exemplo, exames e frequências, a fazer isso, e acho muito mau), espirrar e tossir sem pôr a mão à frente, utilizar lenços de pano e não de papel, deitar-se com os pés virados para o lado da cabeceira (ex: almofada), tirar macacos do nariz e mandar para o chão ou colar em qualquer parede, tomar banho e deixar a banheira cheia de pêlos púbicos e cabelos, roupa interior suja no chão (boxers, cuecas, meias), e a toalha molhada toda enrolada, sim, que um ambiente assim molhado e quente nem é o ambiente ideal para as bactérias crescerem (bom, se fazem isso em casa, ao menos evitem fazer na dos outros, é que é nojento).... etc!

Mas pior do que tudo isso, mesmo, é quando me mandam perdigotos para cima, ou quando cospem para o chão, mesmo da rua. É ver essas coisas que me fazem pensar que nunca se deve andar com os sapatos da rua em casa, e muito menos nos locais (tipo quarto) onde vamos andar descalços, e depois ir para a cama sem tomar banho. pode parecer que faço altos filmes, mas é mesmo assim.

Sinceramente... às vezes vejo as pessoas a fazer coisas que me deixam "WTF???!!!", com uma naturalidade incrível. Talvez seja eu que tenha uma qualquer mania, e sempre que tenho que tocar em coisas que sei que os outros - os que não lavam as mãos depois de ir à casa-de-banho, os que espremem borbulhas, os que mexem nos pés - lavo as mãos. Eu acho que lavo as mãos umas 5 vezes à hora. Porque sei que tenho o terrível hábito de roer as unhas e mexer no nariz, pelo que, ao menos, se o fizer, sei que tenho as mãos minimamente limpas. Mas há, mesmo, pessoas que têm hábitos nojentos, e nem dão conta!

1 de julho de 2011

' Evoluir, sempre.



Estou, finalmente, a viver aquilo que sempre quis, numa das áreas da minha vida.

Uma coisa que, talvez, nem todo o mundo aprovasse como sendo o mais correcto. Mas, bom, afinal a vida é minha, não posso vivê-la a fazer o que os outros acham correcto. Se os outros acham errado, que não  o façam. Tão simples quanto isso. Correcto e errado, dois conceitos tão subjectivos e cultural e socialmente tendenciosos.

Esperei, esperei, procurei, confiei. E, finalmente, consegui. Estou a evoluir num sentido que sempre quis.

Estou, acima de tudo, feliz!

 E agradecida por ter encontrado uma pessoa que, independentemente dos defeitos que possa ter, me aceita, a minha essência, natureza e personalidade, de uma forma que nunca ninguém o fez, sem nunca me julgar ou tentar mudar.