Resumo da última semana
31 de outubro de 2010
30 de outubro de 2010
' Prefiro o Verão, claro.
Mas também gosto disto. dias de chuva (ideal para quando se fica em casa), o cheiro a terra molhada, a gazeta às aulas para ficar com ele na cama, a mistura de chás que só ele sabe fazer.
Claro que é sol de pouca dura, a meio de Novembro já quero que venha o Verão de novo. aliás, por mim nunca acabava. mas pronto.
kinda feels good.
(para além de me deixar deprimida e sem vontade absolutamente nenhuma de fazer nada)
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Muaah @
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29 de outubro de 2010
' The big decision day (or week).
Erasmus Paris adiado para daqui a um ano.
Falando objectivamente e pensando "com a cabeça" (e não sendo completamente emocional e chorona como fui quando percebi que este adiamento era uma possibilidade real), ao início não percebi muito bem porquê, porque me estavam a pedir coisas que não pediram a mais ninguém (pessoas, colegas e amigos que foram para França, Paris mesmo, nem sequer era outro local qualquer em que as regras pudessem ser diferentes), coisas que aparentemente não pediam o ano passado, e que me caíram em cima 10 dias antes de eu ter que meter tudo dentro de um envelope e mandar para Paris. quando li melhor tudo o que pediam, até pensei que com algum esforço era possível (nem que tivesse que dar uma morada de alguém que estivesse lá como prova de residência, em último caso), excepto a parte em que pediam o certificado de um curso em francês de nível avançado, B2 segundo o referencial europeu. bem, eu sabia que tinha que aprender francês, mas não sabia que era obrigatório apresentar um certificado e nem que era preciso aquele nível. o nível B2 já é bastante avançado mesmo e equivale a qualquer coisa como 5 ou 6 anos a aprender francês (ou, digamos assim, o equivalente a o que uma criança no 5º/6º ano sabe de português). o que é exequível, se fizer um curso mesmo intensivo durante este ano que vem agora, e se tiver sorte depois ao fazer o exame. REALMENTE não sabia mesmo que era preciso isso e porque não pediram nada disso às duas pessoas que conheço que estão lá... mas como não sou uma desistente, mesmo assim tentei organizar tudo durante esta semana (my last chance), e até fiz uns telefonemazinhos a ver se me davam a abébia de não ter de mandar o certificado desse curso JÁ, uma vez que só me avisaram com 10 dias de antecedência (o que, mesmo que eu tivesse esse nível de francês, não dava tempo, dado que são uns exames especiais que vêm de França, faço aqui e depois ainda vão ser corrigidos em França e depois é que mandam o certificado e isso ia demorar o quê, um mês? lol). disseram que não, era era assim ou sopas. aí ficou tudo esclarecido.
pois, sopas. agora podia começar a mandar as culpas para cima daquela mulher que me irrita profundamente cuja função supostamente é ser coordenadora do departamento de erasmus da minha faculdade, mas é só supostamente, deve estar escrito na descrição da função dela, mas na prática é peta. sim, porque ela não nos ajuda NADA. ela recebeu todas essas informações há meses atrás, e reencaminhou-mas? obviously not. só me mandou um mail com tudo isso, há dias atrás (depois da mulher de Paris me ter mandado o mesmo), a dizer "dá seguimento ao processo e se precisares de ajuda fala comigo" (WTF? isso é a culpa a falar? agora é que queres ajudar?), com o email da outra de Paris por baixo, a mandar tudo para ela, há não sei quanto tempo atrás. como era suposto eu saber, então? estava à espera que eu fosse lá perguntar "olhe, é preciso um curso avançado B2"? quando já tinha perguntado montes de vezes o que era pedido e ela só me mandava meia-dúzia de folhas de caca para preencher? (e sim, eu achava estranho ser tão pouco). sim, podia ir ao site, true. aliás, era minha obrigação fazer isso. daí sentir-me um pouco culpada por tudo, deitei-me na cama que fiz, não me preocupei muito com isso porque confiei que ela nos enviasse todas essas infos para o mail, ou que ela me respondesse, ao menos, às perguntas decentemente nas milhares de vezes que fui falar com ela. mas não. as respostas dela eram só "não sei", "isso não é comigo". não é com ela? então é com quem? está a ser paga para quê???? bom, mas ela também entretanto foi substituida por uma mais útil e que sempre nos ajuda mais. THANK GOD.
aparte disso tudo, está decidido que não vou agora. claro que estou triste, porque fiz planos, filmes, e sonhei, e bla bla bla... mas como gosto sempre de ver o copo meio cheio e não meio vazio, comecei a pensar mais nos prós deste adiamento, do que nos contras. let's see:
1º semestre do terceiro ano (Setembro 2011)
- tenho mais tempo para me preparar; isto inclui: arranjar alojamento seguro e avaliar bem a relação qualidade-localização-preço, e juntar mais dinheiro;
- o natal calha mesmo nesse período e como eu detesto o natal, posso usar como desculpa o facto de estar lá para não ter que vir cá aturar as falsidades dessa época (apesar de mesmo quando estou aqui nunca festejar o natal, é sempre diferente)
- passagem de ano para 2012 em paris? estou lá baby.
- tenho tempo para tirar o tal curso e ficar pro a francês (cof, cof) e chegar lá e safar-me bem sem ficar 5 minutos a pensar em como se diz uma palavra.
agora que já sei como é, vou começar a preparar-me JÁ, NESTE MOMENTO, para não cometer o mesmo erro... se depois não me colocarem... epa vou ficar tão triste.
mas partindo do princípio que vou ficar colocada. é óptimo, não é? é óptimo. claro que gostava de festejar o meu 21º aniversário lá, mas pronto. não se pode ter tudo.
este assunto cansou-me psicologicamente, nas últimas 2 semanas andei sempre numa pressão, nem conseguia dormir direito a pensar no que tinha que fazer no dia seguinte... depois a minha colega que ia comigo entretanto desistiu (antes disto tudo, por outras razões), eu fiquei "naquela", mas pensei que ia à mesma, sozinha, porque não.
a certeza que eu tenho neste momento é que não me vou sentir realizada se não fizer erasmus durante a licenciatura. acho que é uma experiência incrível, imagino que seja apesar de nunca ter feito, uma licenciatura não fica completa para mim sem isso. enviei um mail todo cocó a retirar a minha candidatura e meti o meu pai (maior aliado nesta "missão", lol) no CC, e ele respondeu a dizer "Eu sei que te dói fazer isto, mas está descansada que hás-de fazer o Erasmus, prometo". Tenho tanta sorte em ter o pai que tenho.
quero muito muito muito muito ir. e vou fazer tudo para que isso aconteça, agora com experiência adquirida :) tenho mais um ano para sonhar. sonhar é sempre bom.
Muaah @
28 de outubro de 2010
' Isto é completamente surreal e começa a fazer-me confusão...
Brevemente, este ano ou no próximo, vou ter uma professora (sim, PROFESSORA) que é, nem mais nem menos, do que uma blogger conhecida. ela mantém o anonimato e não sou eu que vou "desvendá-lo", mas sim, é uma blogger que tu, que me lês aí, com 90% de certeza que a lês ou já leste em algum momento, nem que fosse por engano, dado que ela até está associada a outro blog muito, mesmo muito, famoso.
Brevemente, este ou no próximo ano, vou ter uma professora que é, nem mais nem menos, do que a mãe de um puto a quem eu costumo fazer baby sitting. e nós falávamos sobre cocó de bebé, cerelac, fraldas, enquanto ela arrumava a loiça da máquina, e agora vou ter aulas com ela.
e porque não há duas sem três, no meu curso antigo, uma gaja bastante popular, e que foi, inclusivé, às praxes, está a dar aulas ao 1º ano. pronto, esta não me afecta de todo, mas vinha tudo na mesma linha.
isto tudo para dizer: é estranho quando temos acesso às vidas pessoais e sociais das pessoas com quem só devemos ter relações estritamente profissionais, não? até que ponto é que isso interfere com as relações? (caixa de comentários aberta a opiniões). acho que é estranho uma pessoa ser praxada por uma rapariga que acabou de se licenciar, e ir com ela aos rally tascas e beber com ela, e de repente é aluna dela; é estranho eu ter visto fotos de grávida na praia da minha professora que é mãe do puto que eu faço baby sitting e depois ir ter aulas com ela, saber que o que eu escrever nos trabalhos e nos testes, ela vai ler e saber que sou eu, saber que quando eu estiver a apresentar um trabalho oral, ela vai estar a olhar; é estranho ler o blog mais pessoal de uma pessoa, saber o que ela já fez, faz e costuma fazer (mesmo que sob o anonimato para a blogosfera) e ter aulas com ela, saber quem ela é, saber o que ela fez na noite anterior.
a mim já me faz confusão quando um prof meu tem facebook. (nem o adiciono, lol). agora, ler o blog da pessoa, saber como é a rotina dela...
não faço juízos de valor, não vou dizer se está certo ou errado. é, simplesmente... estranho. weird. yet, interesting.
Muaah @
e quem diz coisas estranhas com profs, diz coisas estranhas com pessoas que detestamos há 15 anos e ainda temos de as ver... uma gaja que sempre me chateou, gozou e humilhou na escolinha (=bullying,vá) desde a 1ª classe, entrou para o mesmo curso que eu, na mesma faculdade que eu... já a vi a passar lá pelos corredores algumas vezes. claro que não nos falamos. eu odeio-a pelo que ela me fez durante anos e ela deve sentir-se culpada,isto se tiver crescido e ganho alguma maturidade. tenho mesmo mau karma, não? tive de aturá-la na primária, no 2º ciclo, no 3º ciclo (felizmente não no secundário) e agora na faculdade. I already got over it, claro, mesmo assim... há coisas que me levam a pensar que o destino deve mesmo existir. para o bom e para o mau. thank god que ela não está no mesmo ano que eu nem se dá com as mesmas pessoas que eu (acho).
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27 de outubro de 2010
' Creepy .
O "Manel" do júri do Ídolos faz-me lembrar o meu instrutor de condução. pelo lado negativo da coisa.
(quem vê o programa sabe do que falo).
podia dizer tanto sobre isto, mas acho que me fico por aqui.
(chorei tanto, mas passei à primeira, toma toma toma! e eu a achar que tinha de aturar o homem mais algumas aulas).
Muaah @
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26 de outubro de 2010
' Em que tipo de pessoa me estou eu a tornar.
Adorava ver séries engraçadas, algumas instrutivas, e adoro ver documentários. adoro ver o meu Bear Grylls :D
Agora?? Vejo o Ídolos todos os domingos (só por causa da Carolina Deslandes) e ponho a gala da "Casa dos Segredos" a gravar. odeio-me por isso (pela casa dos segredos, sobretudo). sim, porque o que me chateia mesmo é o vício que eu estou a desenvolver pela Casa dos Segredos. (até vos consigo ouvir a dizer "get a life", e comentários tristes assim desse género). mas a verdade é que a minha salvação é não ter meo, senão estava batida no canal 10 sempre que ficasse sem nada que fazer.
domingo à noite, particularmente, 2 horas em que podia estar a ver um documentário sobre uma qualquer sociedade secreta (alvo da minha pesquisa intensa nos últimos tempos) e a procurar coisas interessantes no Discovery Channel, no Odisseia, no National Geographic, a instruir-me ou simplesmente a rir-me com os simpsons ou outra qualquer sitcom que tenho sempre gravada, etc, não... estou a ver a gala da Casa dos Segredos ou o ídolos (intervalo semana sim semana não e ponho um deles a gravar, mas vejo tudo na mesma noite...bleeh).
ainda por cima na semana passadas, que estive em casa durante uns dias por causa do dente do siso e por falta de paciência para ir para a rua viver, só fiquei a ver porcarias na tv... vi os extras, os diários, as nomeações da casa dos segredos...aliás, acho que foi aí que desenvolvi o vício... dantes achava piada e tal, mas agora já cheguei ao cúmulo de gravar as coisas...
em minha defesa, tenho a dizer que, como estudante de psicologia, acho a dinâmica que ocorre na Casa dos Segredos estranha e doentiamente interessante... é coisa que me deixa, infelizmente (e isso deprime-me e desilude-me comigo mesma) horas de boca aberta a olhar para aquilo (na tv e no facebook! sim, até no facebook eu sigo aquela porra!)... nem sei se ria, nem sei se chore. estou desiludida comigo mesma por gostar de ver essa m*rda. mas por incrível que pareça (e porque, normalmente, os reality shows simplesmente "estupidecem" (que palavra tão linda que acabei de inventar) as pessoas), aquilo põe-me a pensar numa série de aspectos acerca das relações interpessoais, dinâmica de grupos, etc., que davam para ser testados empiricamente e espetar num artigo de 20 páginas, daqueles que eu tenho que ler. aquilo é PURA PSICOLOGIA.
Muaah @
25 de outubro de 2010
' Carolina Deslandes.
Estou "apaixonada".
Não sei o que vi nela e às vezes até penso que devo ser a única, porque a maioria das pessoas não fica espantada com ela, como eu. dizem que não gostam, que parece forçado, que tem a voz anasalada, bla bla... eu toda entusiasmada a mostrar o vídeo às pessoas à espera que elas fiquem tão "wow" quanto eu fiquei quando a vi pela primeira vez, e ficam sempre indiferentes. ou não gostam. "ah e tal tem jeito, canta benzinho, mas pronto".
BENZINHO?! MAS PRONTO?!!!!
Para mim, a Carolina é só o MELHOR que já passou pelos Ídolos. fiquei tão boquiaberta logo com o primeiro casting dela, que gostei mais da versão dela da "Woman's worth" do que a daAlicia Keys. Certo é que nunca vi uma temporada do início ao fim (só via os castings para me rir dos cromos, LOL), ainda assim... o Filipe só sabia cantar num registo; a Diana tinha uma voz normaleca. a Carolina é diferente. diferente de tudo. tem um talento que só ela. aquela voz jazz/blues/soul, que só ela. o que eu não dava para ouvi-la cantar um At Last, ou uma Amy Winehouse, uma Adele, uma Nina Simone. imagino.
opa. don't care what they say. eu adoro-a de paixão. ao ponto de ver o programa por causa dela. põe os outros todos a um canto. vejo os outros e vejo ela, e a minha fasquia aumenta automaticamente. resumindo e concluindo, estou 100% pela Carolina Deslandes.
Magnifique a miúda.
Muaah @
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24 de outubro de 2010
' And All That Jazz #36
Balanço deste fim-de-semana: mini-depressão.
pelos cantos desde 5ª feira (caguei bem de alto nas aulas), sempre com o mesmo pijama, (*) a comer só líquidos por causa do dente do siso (*), a tomar antibiótico, a chorar pelos cantos, a ver séries deprimentes em que alguém morre, ou alguém com 16 anos engravida, ou alguém é alcoolico, ou alguém tem um amor impossível.
pretty depressive. eu não sou assim, nos efeitos secundários do antibiótico deve estar "depressão", porque ando muito sensível, a chorar por tudo e por nada, basta a minha mãe gritar comigo porque a loiça ficou mal posta na máquina que eu começo logo a lacrimejar. eu juro, eu não costumo ser assim.
não sei como o Bruno ainda me atura...
(*) claro que isto são exageros, não fiquei 4 dias sem tomar banho e no Sábado já estava fartíssima e enjoada de cerelac, gelados e iogurtes líquidos.
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22 de outubro de 2010
' De cabeça fria.
Não é por ser pessimista (não o sou), mas tenho cada vez mais como certo que o sonho-Paris não vai acontecer no tempo em que eu tinha planeado. Provavelmente, e a menos que aconteça um milagre, vou ter de adiar isso.
O impacto inicial foi forte… os mails, o ir ao gabinete da mulher e ela dizer-me “eu avisei-te” (porque sim, a culpa foi minha, que não comecei a preparar-me mais cedo), o “je suis desolée, mais…” (da mulher de Paris a dizer que se eu não enviasse aquilo tudo, nomeadamente prova de residência, não me aceitavam lá, era como se nunca tivesse sido colocada sequer).
Chorei baba e ranho, chorei até adormecer nessa noite, chorei quando acordei, chorei à tarde, chorava sempre que abria o mail e tinha mais um mail merdoso a dizer que já não tinham lugares em residências, e coisas do género… tive uns 2 dias a chorar pelos cantos. Diziam-me que ia acabar por conseguir, mas a verdade é que não vou conseguir. E eu não costumo dizer isto a mim mesma. Quando digo, é porque é provável que não vá conseguir mesmo. Nem o meu pai, que tem sido o meu braço direito, me tem apoiado em tudo, e diz que arranja sempre solução, diz que vai ser viável. Diz que tem um plano fantástico (ainda não me disse qual é), mas que o melhor será ir só daqui a 1 ano.
Agora, de cabeça fria, consigo ver os pontos positivos de só ir no próximo ano lectivo (em Setembro de 2011): tenho 1 ano para me preparar (e desta vez não vou cometer os mesmos erros, ao menos aprendi a lição), tenho mais tempo para juntar mais dinheiro, para trabalhar, para aprender francês, tirar todos os cursos e mais alguns, ter tempo para arranjar um alojamento fixo… tenho mais tempo para a parte logística e, quando for, ao menos vou preparada. E vou viver melhor, vou ter mais dinheiro.
No entanto, não posso deixar de ficar triste e desolada com a situação. Se há 8 meses, em Fevereiro, quando soube que tinha sido colocada, fiquei feliz mas era só um sonho, agora finalmente tinha-se tornado algo real e quase palpável. Tinha deixado de ser o “que fixe, para o ano vou fazer erasmus em Paris”, e todos os planos, filmes e sonhos consequentes, para ser o tratar de documentos chatos, enviar mails, passar horas à frente do pc a ver se arranjava alojamento (um pesadelo)… passou de ser uma coisa de “depois vejo, depois trato disso, agora deixa-me é sonhar”, para um “oh meu deus tenho 10 dias para entregar esta merda e não vou conseguir”. 8 meses inteiros de sonhos e planos construídos dia após dia, foram abaixo. O 21º aniversário em Paris, o escrever um livro enquanto tivesse lá, o ir aqui, ou ali. Tudo são coisas que posso fazer mais tarde (excepto o 21º aniversário), mas a verdade é que, psicologicamente, mentalmente e, sobretudo, emocionalmente, eu estava preparada para que fosse AGORA.
Na verdade, a solução melhor é mesmo adiar. E em termos de logística é o ideal. Emocionalmente? Estou de rastos, mesmo. Com sentimentos de culpa, impotência, que está tudo fora do meu controle (como detesto isso, sempre habituada a conseguir tudo o que quero, de uma forma ou de outra). Triste. Não há palavra melhor. Triste.
Este fim-de-semana vai ser um fim-de-semana de grandes e importantes decisões.
Este fim-de-semana vai ser um fim-de-semana de grandes e importantes decisões.
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21 de outubro de 2010
' God, what a break down.
De manhã tenho quebras de tensão e à noite tenho quebras de absolutamente tudo.
Ontem à noite um mail pôs-me a chorar.
e não, não eram aquelas correntezinhas estúpidas. era o mail, O mail, da coordenadora do departamento de mobilidade internacional (=erasmus) da minha universidade de Paris. eis que eu já me tinha informado de tudo o que era preciso, os documentos daqui já estavam todos despachados, só faltava inscrever-me lá. fine. ela manda-me, 10 dias antes, um mail praticamente a ameaçar (lol), com 30 documentos em anexo, basicamente a dizer "se não enviares tudo o que é preciso até dia 1 de novembro, já não vens", por palavras bonitas. isso não me assustou, eu sou menina para acordar às 5h da manhã e me pôr de plantão em seguranças sociais, finanças, lojas de cidadão, seja o que for, para pedir o que preciso. o que me assustou foi que pediram documentos totalmente "WTF" para um prazo de 10 dias. 10 dias para coisas como: certificado num curso de francês no qual tenho que participar obrigatoriamente mas ainda não participei; a cópia da certidão de nascimento em francês (não sei onde ela anda, quanto mais como hei-de traduzi-la. mas para quê isso? existo, não existo??? precisam de um documento a dizer que nasci? lol); um certificado de residência, quando não sei ainda onde vou ficar (e provavelmente vou para lá sem saber, que é o que acontece com a maioria das pessoas); uma cópia da "carte de séjou", que é uma espécie de autorização de residência em França, mas o curioso é que só se pode pedir isso estando já LÁ. ou seja, eles devem achar que eu tenho a capacidade para viajar no tempo e no espaço e em 10 dias arranjar esse tipo de documentos (só para citar alguns).
confesso que também me desleixei, só este mês comecei a pensar nas coisas quando devia ter começado a pensar há muitos meses atrás, lol, mas mesmo assim.
eu sou determinada, quando quero uma coisa vou até onde for preciso, e acabo eventualmente por consegui-lo, mas neste momento, estou tão desanimada e desmotivada, porque são coisas que determinam se vou ou não (E EU QUERO IR!!!), e que estão fora do meu controle. e eu, quando sinto as coisas fora do meu controle, fico... assim.
ontem chorei tanto, mas tanto, mas tanto. são filmes e filmes que fiz na minha cabeça e que estão a desvanecer-se, por causa de PAPÉIS.
papéis!!!!! já não posso mais ouvir falar de papéis, cartões, seguros... "applications", documentos que me mandam 10 dias antes do prazo, todos em francês (o que vale é que consigo perceber a leitura), com coisas fisicamente impossíveis de realizar em 10 dias.
já estou como a Elite: quero apagar o dia 20 de Outubro da minha memória! foram break-downs, break-downs, break-downs... e mesmo assim, hoje, ainda não sei o que vou fazer.
depois de uma noite bem dormida considerei desistir, o que ainda me deixou mais triste comigo mesma, porque sou tudo menos desistente. estou a pensar em adiar para o 1º semestre do 3º ano, que assim ainda tenho um ano para me preparar. seja como for, vá ou não vá, daqui a 3 meses ou daqui a 1 ano, foi um sonho que foi por água abaixo.
estou na merda.
depois de uma noite bem dormida considerei desistir, o que ainda me deixou mais triste comigo mesma, porque sou tudo menos desistente. estou a pensar em adiar para o 1º semestre do 3º ano, que assim ainda tenho um ano para me preparar. seja como for, vá ou não vá, daqui a 3 meses ou daqui a 1 ano, foi um sonho que foi por água abaixo.
estou na merda.
right under my feet is air made of bricks...
Muaah @
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20 de outubro de 2010
' Um já foi, three to go
E começou a minha luta com os dentes do siso esta manhã. Fui tranquila, de pequeno-almoço tomado e antibiótico no bucho, na descontra, nas calmas, o mundo é cor-de-rosa e lindo...
entrei no consultório, médico 5 estrelas, simpático, pouco disse, viu a minha radiografia e disse "ah, pois..." (dentes do siso a nascerem todos tortos,lol). respondia às minhas perguntas como quem já ouviu tanta vez que nem se dá ao trabalho de responder direito (tipo "dói?", "dói muito?", "vai demorar muito?"...), foi directo ao assunto. a parte que custou mais foi a anestesia. de resto, estava ele, a fazer umas caras bem feias, até se levantou e tudo, girou uma qualquer ferramenta, girou, girou, girou, como se estivesse a aparafusar qualquer coisa, e arrancou. enquanto ele estava a fazer isso só me lembrava daqueles cenários em que o dente era arrancado a frio, apesar de eu não estar a sentir nada e até poder ter dormido enquanto ele fazia aquilo, fez-me confusão.... foi estranho. aliás, foi horrível. o homem até se levantou da cadeira para arrancar com mais força. como se estivesse a abrir uma garrafa de vinho com o saca-rolhas. foi o primeiro dente que arranquei e mesmo que não estivesse a sentir não podia deixar de imaginar que aquilo que ele estava a fazer era a um dente, vivo, sensível (na altura anestesiado, mas pronto), só a imagem mental que eu criei.. não só imagem, eu conseguia mesmo OUVIR (sim, ouvir) o dente a ser arrancado. god, podia gritar. o que vale é que foi rápido. se tive no consultório 10 minutos, a contar com tudo, tirar o dente foram só 3 minutos no máximo. eu estava preparada para ficar lá muito mais tempo.
tudo tranquilo, cumprimento o doutor, digo obrigada, até à próxima (infelizmente), saio do consultório, vou à recepção marcar nova consulta. de repente, out of the bloom, começo a tremer. a tremer, a tremer, a tremer. e a gaguejar. que-ria mmmmar-ccccar um-m-m-a-a-a-a ccc-oon-sul-ta... deu-me um ataque de nervos que só me apetecia chorar. nem sei como não chorei mesmo (quando estou nervosa/ansiosa, dá-me para rir às gargalhadas ou para chorar baba e ranho...vá lá perceber). não me doía nada, mas comecei a pensar nas dores que poderia ter quando passasse a anestesia. porque as pessoas com quem tinha falado antes sobre arrancar dentes (particularmente os do siso) só me faziam quadros horrorosos, que tinham que tomar 7 comprimidos para dormir e que só com paracetamol é que conseguiam dormir 2 horas e que as dores era mesmo horríveis e que o maxilar tinha inchado imenso e blá blá. só o pensar nessa coisa toda deixou-me TÃO mal disposta. e eu fazia tensões de ir às aulas nesse dia. sim, claro. só vejo uma cadeira à minha frente e sento-me (por essa altura já estava a ver tudo branco, tipo quando nos levantamos muito rápido de um sítio depois de termos estado lá muito tempo). a mulher da recepção vai ter comigo e diz que eu estou pálida. nunca me tinham dito (never ever) "estás pálida". foi falar com o médico a gritar, a correr, mais parecia aquelas cenas das urgências do Hospital Central, ele foi buscar-me e levou-me ao consultório, mandou-me deitar na cadeira do dentista outra vez, subiu-me os braços, ficou lá imenso tempo, disse para eu respirar com calma, perguntou se eu tinha tomado pequeno-almoço (tomo sempre), deram-me um copo de água com açúcar e lá ficou melhor. para tudo isso, faço ideia com o ar que não devia estar.
bem, eu posso jurar pela minha saúde que NUNCA na vida eu me tinha sentido assim. excepto quando tenho bad-trips e tenho a sensação que vou morrer (riso). eu juro, pela primeira vez na vida senti que ia desmaiar a qualquer momento, e eu nunca desmaiei.
resumindo e concluindo, foi uma fita do caraças para nada. não me dói (é simplesmente incómodo estar sempre a engolir sangue e sentir a linha dos pontos, mas fora isso...), não inchou nada de especial (não se vê, só se se estiver com muiiita atenção), à tarde até já estava a pensar que podia ir às aulas, se me sentia tão bem, mas entretanto adormeci e dormi a tarde toda (ou seja, também consigo dormir horas seguidas). estou a superar na boa, nada a ver com o que me disseram. o meu problema eram os medos. por enquanto, é aproveitar para comer geladinhos e cerelac... love both. e não posso comer praticamente mais nada xD
espero que das próximas 3 vezes não tenha uma quebra de tensão tão GRANDE por puro nervosismo, razões psicológicas, e não físicas. sempre tive medo de dentistas... é uma boa altura para superar isso, vou ter de visitá-lo muitas vezes agora. :(
Muaah @
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19 de outubro de 2010
' Há 3 dias que ando a tentar escrever qualquer coisa aqui sobre o convívio que fiz em minha casa no Sábado passado,
mas já desisti da ideia (e quantos já não foram que não dei nem um piu no blog, lol, quem me viu e quem me vê, se dantes escrevia tudo da minha vida aqui, agora...).
não dá para descrever em palavras.
posso apenas dizer que o Alex e a Vera (para além do Bruno) são as únicas pessoas que eu vou levar comigo para o aeroporto no dia em que voar para Paris.
porque são os meus únicos amigos verdadeiros. não aqueles que eu ligo quando não tenho mais nada que fazer (confesso que tenho "amigos" desses, e quem não os tem, parem já de atirar pedras), não aqueles que eu só me dou em determinado local e em determinada situação (exemplo, faculdade), não aqueles que ficam tanto tempo a ganhar pó na agenda telefónica do telemóvel que acabo por apagá-los. são aqueles a quem eu ligo logo se tenho algo para contar, aqueles com quem não se faz contas de quem fumou mais cigarros do maço de quem, aqueles de quem eu não escondo com um lenço um chupão escandaloso no meu pescoço, aqueles que foram ter comigo e me abraçaram quando eu "amuei" por uma coisa parva e me tranquei no quarto (depois destranquei), aqueles que me dizem quando não tenho razão sem rodeios, que estou gorda sem rodeios, aqueles a quem eu não levo a mal que me digam determinada coisa. são aqueles para os quais poucos segredos tenho, aqueles com quem me sinto confortável até a chorar (e eu gosto pouco de chorar à frente seja de quem for).
não tenho muitos amigos. tenho bons amigos. menos de uma mão chega.
"um dia vais voltar". está escrito.
Muaah @
18 de outubro de 2010
' As 5 melhores razões porque uma moca é preferível a uma bebedeira.
- Não gosto de álcool, não gosto do sabor e tenho sempre de beber imenso para ficar minimamente alegre, o que me deixa mal disposta e com vontade de fazer xixi, o que me leva às 2 seguintes razões
- Dá vontade de fazer xixi e, se não houver casa-de-banho por perto, é incomodativo
- Há o risco de se ficar enjoado, mal-disposto, e vomitar, o que é sempre nojento e estraga a noite a toda a gente
- Há bebedeiras muito estúpidas em que as pessoas têm que ter supervisão, senão começam a fazer figuras idiotas, ou podem ficar violentos, ou desaparecer, e o resto do grupo não se diverte a 100% porque tem de andar atrás da pessoa
- É mais caro (dinheiro em bebidas para se ficar bêbado fica mais caro que um charro).
Os charros têm tudo em contrário. Mais barato, mais rápido, mais eficiente, com menos probabilidade de vomitar, dar vontade de fazer xixi, ou fazer figuras tristes (o máximo que acontece é rires-te que nem perdido, como em tudo, é preciso fumar q.b., nunca demais).
Por isso, sim, eu sou daquelas pessoas que diz "não preciso de álcool para me divertir". não preciso. até porque não gosto do sabor da maioria das bebidas. já o acto de fumar (mesmo que seja só tabaco) é algo que me dá imenso prazer.
já passei a fase de beber (e detestar) por ser socialmente aceitável. é estúpido. agora, olhando para trás, chego à conclusão que ingeri alcool que não queria ter ingerido (obrigava-me) e gastei dinheiro desnecessário. tive realmente fases muito estúpidas.
já passei a fase de beber (e detestar) por ser socialmente aceitável. é estúpido. agora, olhando para trás, chego à conclusão que ingeri alcool que não queria ter ingerido (obrigava-me) e gastei dinheiro desnecessário. tive realmente fases muito estúpidas.
Muaah @
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17 de outubro de 2010
' Eu entro na cozinha para fazer um simples bacalhau à braz ultra-congelado, mas:
- esqueço-me que é preciso descongelar e meto-o directamente na frigideira;
- o bacalhau fica congelado por dentro, e pegado à frigideira (de queimado) por fora;
- bato dois ovos para juntar, mas deixo-os cair no chão (já batidos);
- na minha ultima esperança de comer alguma coisa de jeito, corto um tomate para fazer uma salada, e corto um dedo também. como salada de tomate com sangue, azeite e vinagre a mais, porque não tenho olho para temperos.
ainda me perguntam porque é que detesto cozinhar? tenho muitas mais como estas, e outras razões ainda, todas e mais algumas para não me meter dentro da cozinha.
percebem agora? param de me chatear para cozinhar? really? será que é desta? mãe? posso ficar a viver contigo para sempre? ou comprar uma bimby?
Muaah @
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sobre mim,
um grande LOL
16 de outubro de 2010
' 9 MESES,
ainda sinto borboletas na barriga quando ele está ao pé de mim
ainda dormimos agarrados, a fazer "conchinha"
ainda tenho saudades 5 minutos depois de sair de ao pé dele
ainda visto, como pijama, as t-shirts dele que ele me deu. desde Janeiro.
ainda tenho saudades 5 minutos depois de sair de ao pé dele
ainda visto, como pijama, as t-shirts dele que ele me deu. desde Janeiro.
Muaah @
(*) e quando nos chateamos à distância e eu penso sempre "vou fazer cara de má quando o vir", nunca consigo.
15 de outubro de 2010
' O poder de uma noite bem dormida.
(12 horas, mais coisa menos coisa).
Consigo, agora relativizar as coisas e a sua importância. sinto-me leve e bem-disposta, as usual.
foi como se o dia de ontem (descrito no post em baixo) fosse uma lembrança longínqua.
já não tem importância.
feel as great as always.
a solução é sempre dormir. muito. baldar às aulas se for preciso (não foi o caso, não tinha aulas hoje).
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a vidinha..
14 de outubro de 2010
'' Apetece-me dar murros a alguém.
O dia de hoje foi tão péssimo.
Levantei-me às 6h da manhã para me ir pôr de plantão à porta da Segurança Social, para pedir o meu Cartão de Saúde Europeu (por causa de Erasmus). Depois de horas à espera (parece que metade de Lisboa teve a mesma ideia que eu de madrugar e se pôr lá à porta, tipo as filas dos pobres para a sopa), a estúpida da mulher, para além de ser antipática, foi mal-educada e mandou-me dar uma volta à Loja do Cidadão. Loja do Cidadão. fui a 4 balcões diferentes, não era em nenhum deles. foda-se, odeio estas merdas. odeio lojas de cidadão, finanças, seguranças sociais. as gajas do atendimento são sempre parvalhonas e nunca é em lado nenhum o que queremos fazer. podemos estar à espera 4 horas e meia que chegue o nosso número, e depois não é lá. o que me chateia? é que em todos os sites diz que pode ser requerido no atendimento geral de qualquer loja do cidadão ou segurança social. bull sheet.
Fui aos correios, tinha de enviar 2 envelopes, 2 ENVELOPES, eu a pensar que não devia passar dos 2 euros, mas foram "só" 5 euros e 10. FODA-SE. CARALHO. desculpem lá mas tenho que dizer isto. fiquei verde. a mulher só me disse o preço depois dos envelopes estarem selados com as moradas escritas, também fui parva em não perguntar antes. fiquei sem dinheiro na carteira, absolutamente nenhum. o dinheiro que tenho na conta não dá sequer para levantar (abaixo de 10) e não quero estar a pedir dinheiro à minha mãe sabendo que ela está sem trabalhar. fogo, 5 euros, não é assim tanto em termos absolutos, mas em termos relativos sim, e sobretudo nesta fase custou-me dá-los, mais uma moeda de 10 cêntimos, porque ando a cortar nas minhas cenas (a maioria das vezes nem almoço e ando a fumar muito menos e nem compro cenas que preciso para mim, e deixei de ir a festas e encontros sociais pagos) e vou dar 5 euros por uma coisa que não era prioritária. por uma coisa que eu nem sequer devia pagar. mas pronto.
fui à merda da Plural Entertainment para me pagarem os trabalhos de figuração que fiz este ano, estive anos-luz à espera que a mulherzinha me encontrasse na base de dados, isto acontece sempre desde que me inscrevi lá, não sei o que eles têm contra mim, porque nunca me encontram. como, a essa altura do dia, já estava mal disposta, tive uma espécie de discussão com a mulher, que ela estava a ser parva e a insinuar que eu estava a mentir, porque se tivesse feito o trabalho aparecia na base de dados, e não aparecia. chateei-a tanto que ela correu o computador todo e lá me encontrou. bruxa, arrogante, antipática e a chamar-me de mentirosa. deve achar que não tenho mais nada que fazer da vida do que ir para uma sala cheia de velhotas que vão ao programa do goucha, falar mal da vida das vizinhas, para mentir por uma merda de 10 euros, que sim, 10 euros, foi o que eu ganhei naquela porra. mais valia nem ter ido, para os anos de vida que perdi.
entretanto no meio disto tudo, fui dar sangue. foi a única coisa que correu bem no dia todo. sem problemas, sem restrições e sem demoras. claro, quando é para darmos nunca põem restrições, seja dinheiro ou sangue; quando é para receber qualquer coisa que seja necessária, não vale a pena nem acordar às 6 da manhã nem ser ingénua e achar que o envio de 2 envelopes fica a menos de 5 euros, nem ir-me chatear com uma velha mal fodida que diz que eu menti para receber um pagamento. opa, ao menos sempre foi uma forma de comer alguma coisa (eles dão comida no fim). porque a essa altura do dia não tinha nem uma moeda para um café.
entretanto isto tudo foi enquanto esperava que os 200 números que estavam à minha frente na loja do cidadão passassem. quando voltei lá, adivinhem só. claro, tinham fechado a senha A. a senha A estava aberta há 4 horas atrás, só quando eu voltei lá (porque calculei que o tempo de espera fosse de 3 a 4 horas) elas resolvem fechar. 4 horas antes da loja em si fechar. é que nem era terem cortado as senhas, era mesmo o atendimento ter deixado de funcionar, simplesmente. apeteceu-lhes. que lindo!! maravilhoso.
podem imaginar como nesta altura - e por mais calma que eu seja por natureza (porque sou) - estava completamente irritadíssima da vida. irritada da vida fui eu, visitar a minha avó, sim, porque se não o fizer no mínimo 1 vez por semana, caem-me em cima. não sei como a aguentei 2 horas, porque ela não se cala... dói-lhe tudo, se não é dos joelhos é dos intestinos, se não é dos intestinos é do dedo mindinho do pé, só não lhe dói a língua, porque não pára de se queixar 1 segundo. gosto muito dela mas às vezes não a suporto. sobretudo quando começa a mandar as boquinhas dela, quando uma das outras netas dela liga para ela quando eu lá estou, diz sempre, no fim quando desliga, "ainda tenho netas que me ligam", como quem diz que eu não quero saber dela para nada porque não lhe ligo todos os dias. isso só me deixa, sinceramente, triste, muito triste.
Levantei-me às 6h da manhã para me ir pôr de plantão à porta da Segurança Social, para pedir o meu Cartão de Saúde Europeu (por causa de Erasmus). Depois de horas à espera (parece que metade de Lisboa teve a mesma ideia que eu de madrugar e se pôr lá à porta, tipo as filas dos pobres para a sopa), a estúpida da mulher, para além de ser antipática, foi mal-educada e mandou-me dar uma volta à Loja do Cidadão. Loja do Cidadão. fui a 4 balcões diferentes, não era em nenhum deles. foda-se, odeio estas merdas. odeio lojas de cidadão, finanças, seguranças sociais. as gajas do atendimento são sempre parvalhonas e nunca é em lado nenhum o que queremos fazer. podemos estar à espera 4 horas e meia que chegue o nosso número, e depois não é lá. o que me chateia? é que em todos os sites diz que pode ser requerido no atendimento geral de qualquer loja do cidadão ou segurança social. bull sheet.
Fui aos correios, tinha de enviar 2 envelopes, 2 ENVELOPES, eu a pensar que não devia passar dos 2 euros, mas foram "só" 5 euros e 10. FODA-SE. CARALHO. desculpem lá mas tenho que dizer isto. fiquei verde. a mulher só me disse o preço depois dos envelopes estarem selados com as moradas escritas, também fui parva em não perguntar antes. fiquei sem dinheiro na carteira, absolutamente nenhum. o dinheiro que tenho na conta não dá sequer para levantar (abaixo de 10) e não quero estar a pedir dinheiro à minha mãe sabendo que ela está sem trabalhar. fogo, 5 euros, não é assim tanto em termos absolutos, mas em termos relativos sim, e sobretudo nesta fase custou-me dá-los, mais uma moeda de 10 cêntimos, porque ando a cortar nas minhas cenas (a maioria das vezes nem almoço e ando a fumar muito menos e nem compro cenas que preciso para mim, e deixei de ir a festas e encontros sociais pagos) e vou dar 5 euros por uma coisa que não era prioritária. por uma coisa que eu nem sequer devia pagar. mas pronto.
fui à merda da Plural Entertainment para me pagarem os trabalhos de figuração que fiz este ano, estive anos-luz à espera que a mulherzinha me encontrasse na base de dados, isto acontece sempre desde que me inscrevi lá, não sei o que eles têm contra mim, porque nunca me encontram. como, a essa altura do dia, já estava mal disposta, tive uma espécie de discussão com a mulher, que ela estava a ser parva e a insinuar que eu estava a mentir, porque se tivesse feito o trabalho aparecia na base de dados, e não aparecia. chateei-a tanto que ela correu o computador todo e lá me encontrou. bruxa, arrogante, antipática e a chamar-me de mentirosa. deve achar que não tenho mais nada que fazer da vida do que ir para uma sala cheia de velhotas que vão ao programa do goucha, falar mal da vida das vizinhas, para mentir por uma merda de 10 euros, que sim, 10 euros, foi o que eu ganhei naquela porra. mais valia nem ter ido, para os anos de vida que perdi.
entretanto no meio disto tudo, fui dar sangue. foi a única coisa que correu bem no dia todo. sem problemas, sem restrições e sem demoras. claro, quando é para darmos nunca põem restrições, seja dinheiro ou sangue; quando é para receber qualquer coisa que seja necessária, não vale a pena nem acordar às 6 da manhã nem ser ingénua e achar que o envio de 2 envelopes fica a menos de 5 euros, nem ir-me chatear com uma velha mal fodida que diz que eu menti para receber um pagamento. opa, ao menos sempre foi uma forma de comer alguma coisa (eles dão comida no fim). porque a essa altura do dia não tinha nem uma moeda para um café.
entretanto isto tudo foi enquanto esperava que os 200 números que estavam à minha frente na loja do cidadão passassem. quando voltei lá, adivinhem só. claro, tinham fechado a senha A. a senha A estava aberta há 4 horas atrás, só quando eu voltei lá (porque calculei que o tempo de espera fosse de 3 a 4 horas) elas resolvem fechar. 4 horas antes da loja em si fechar. é que nem era terem cortado as senhas, era mesmo o atendimento ter deixado de funcionar, simplesmente. apeteceu-lhes. que lindo!! maravilhoso.
podem imaginar como nesta altura - e por mais calma que eu seja por natureza (porque sou) - estava completamente irritadíssima da vida. irritada da vida fui eu, visitar a minha avó, sim, porque se não o fizer no mínimo 1 vez por semana, caem-me em cima. não sei como a aguentei 2 horas, porque ela não se cala... dói-lhe tudo, se não é dos joelhos é dos intestinos, se não é dos intestinos é do dedo mindinho do pé, só não lhe dói a língua, porque não pára de se queixar 1 segundo. gosto muito dela mas às vezes não a suporto. sobretudo quando começa a mandar as boquinhas dela, quando uma das outras netas dela liga para ela quando eu lá estou, diz sempre, no fim quando desliga, "ainda tenho netas que me ligam", como quem diz que eu não quero saber dela para nada porque não lhe ligo todos os dias. isso só me deixa, sinceramente, triste, muito triste.
quando chego a casa, a minha mãe, deprimidíssima de estar sem trabalhar há 2 semanas, fode-me o juízo, descarrega em mim as frustrações dela. abro o meu mail e o meu pai só me envia mails com links sobre a crise em que está o país, e as medidas de austeridade, e o caralho mais velho. já para não falar no Bruno, que não ouve nada do que lhe digo, já lhe tinha dito milhões de vezes que hoje não tinha aulas e que ia tratar das cenas e ele ainda pergunta se eu me levantei assim tão cedo por causa das aulas (sendo que ele sabe que eu tenho aulas à tarde) e o que é que eu estou a fazer. foda-se, eu não quero, mas isto irrita-me, em vez de me consolar só mostra que se está a cagar, depois descarrego nele, claro!
enfim. só me apetece dormir até chegar a altura de eu sair desta merdinha de país, nem que seja por 6 meses. e não tratei da porra do cartão.
estou com a cabeça em água.
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isto mata-me
13 de outubro de 2010
' Dantes, detestava ver os Ídolos,
só porque não tinha paciência para ver pessoas a cantar. ponto.
mas comecei a ver esta temporada porque o Alex (*) participou, e passou na primeira fase. Apesar de nunca o terem passado na tv a cantar (bitches), eu via os castings todos só à espera que ele aparecesse... e pronto, colou, fiquei com o bichinho.
devo dizer que a minha favorita desde o início sempre foi a Carolina Deslandes. tem mesmo aquela voz jazz/soul que eu adoro, amo, LINDÍSSIMA. mas vi isto e fiquei: WOW
Black Soul!!!!
tendo em conta que tiveram uma noite para praticar, que foi sob pressão do júri e depois de ver coisas completamente desastrosas neste desafio das "bandas", isto foi, pura e simplesmente, em linguagem mais literal e directa, sem qualquer rodeio mais, BRUTAL. adoro-os, quase tenho a certeza que vão ao programa mesmo. bem como a Carolina Deslandes.
e mai' nada.
Muaah @
(*) dear loving friend, love him *
12 de outubro de 2010
' Força, mandem-me um tiro,
Admito! Se é deprimente? muito. mas tem pica. detestava o Big Brother porque não passava de um conjunto de pessoas normalecas dentro de uma casa a conviverem. mas agora com essa cena dos segredos... dá-me vontade de descobrir qual segredo pertence a quem...
estou a ficar cada vez mais deprimente, eu sei pa.
Muaah @
11 de outubro de 2010
' Eu sei que "nunca se deve dizer nunca"...
... mas eu NUNCA, NUNCA, NUNCA mais na vida vou fazer 4 horas de exercício seguidas (ou quase, que fiz um intervalo por escolha própria).
mas, no Domingo, depois de uma noite de descanso bem relaxante, acordei e... não me conseguia mexer. e isto não é uma expressão. é mesmo literal. tinha combinado uma cena com o Bruno, mas liguei-lhe a dizer que não conseguia levantar-me. tudo o que tinha músculo neste corpinho, doía. não consegui levantar-me nem para mandar as chaves de casa pela janela. teve de ser a minha mãe a abrir a porta. com muito esforço e muitas dores, ao longo do dia, lá me consegui levantar algumas vezes, mas se não fosse o Bruno, tinha sobrevivo apenas à base da caixa de cereais que tenho à beira da cama sempre, por precaução. descer as escadas para ir à cozinha estava fora de questão e ir à casa-de-banho era um suplício. demorava anos só para fazer xixi.
parecia uma velha raquitica... (nada contra os idosos, atenção)... só faltava um andarilho... hoje já estava melhor, mesmo assim ainda me doía horrores a entrar no autocarro, sentar-me com ele em andamento, levantar-me com ele em andamento... não tenho força nas pernas, aliás, no corpo todo, mas nas pernas sobretudo, não me consigo sentar nem deitar decentemente, tenho de me atirar, e quando me atiro, dói-me as costas.
enfim... verdade seja dita que nunca tinha feito tanto exercício físico seguido na minha vida, logo, não estava habituada, esforcei mais do que aguentava, mas enquanto estava quente não sentia nada... e nunca tinha tido dores musculares tão fortes, ao ponto de me imobilizarem... mas acho que isto é demais... eu devo estar mesmo, mesmo, mesmo muito fora de forma...
hoje, antes de sair da cama, pensei duas vezes antes de ir para as aulas, mas lá me decidir por ir, porque não tinha sono (e porque em 6 horas que dormi, acordei 6 vezes, era sempre que tentava mudar de posição). 3 horas para descer as escadas (lol), mas lá fui, estava melhor. valeu a pena: ao almoço pedi um menu de 3 euros e a mulher enganou-se e deu-me um de 4,50. Eu ainda tentei dizer que não era aquilo que eu tinha pedido, mas ela não me ligou nenhuma. ainda bem. em vez de comer uma bifana com batatas fritas e refrigerante, comi um bitoque gigante. soube-me pela vida e só por isso valeu a pena ter saído...
agora vou só ali besuntar-me de creme anti-inflamatório e tentar repousar o máximo possível... sim, porque amanhã vai ser outra vez trás para a frente, sobe escadas, desce escadas, sobe autocarro, desce autocarro, senta na cadeira da sala de aula, levanta, senta, levanta.... god. tarefas tão simples do dia-a-dia, que agora me doem tanto, só quero que isto passe.
Muaah @
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10 de outubro de 2010
' And All That Jazz #35
Estou em fase de limpezas.
De amigos, de músicas no mp3, de memórias nas caixas e caixas que tenho na estante do estúdio.
Estou em fase de preparação. Física (alojamento, dinheiro, documentos, etc.) e psicológica para ir embora daqui a uns meses em erasmus. sei que ainda faltam uns meses, (4), mas quero deixar tudo organizado e ir para lá com alguma segurança. tenho a mania de me preparar com muita antecipação para as coisas. e ainda bem.
A minha mãe não trabalha há uma semana. É taxista e o táxi está avariado. É estranho vê-la em casa. Ela é workaholic e eu vivo praticamente sozinha. janto sozinha. faço serão sozinha. (não me importo nada, adoro ter a casa toda só para mim). agora, há semana e meia que o meu rabinho não vê o sofá. a minha mãe está lá, dia e noite, tipo fóssil. às vezes, sinto inveja dela: não ter que sair de casa com esta chuva (se bem que ela passa o dia inteiro dentro do carro, não lhe deve fazer muita diferença), por outro lado,coitada, está fartíssima. Tão farta, tão farta, que um dia desta semana até saiu de casa para ir... andar de autocarro. mentira, foi fazer compras, lol. encontrei-a no autocarro. quais são as possibilidades? tive horas a ouvi-la a queixar-se que os autocarros são péssimos; eu aproveitei para lhe dizer que ela devia comprar-me um carro xD tenho apanhado tanta, mas tanta chuva, que a média de banhos que tomo por dia é 3 - um para ir para lá, outro para voltar para casa e outro quando chego a casa. voltando ao assunto mãe: pra mim, é algo diferente do habitual tê-la em casa à noite (noite, digo, tipo 20h, ela costuma chegar as 22h). Jantamos à mesa, conversamos, já a ensinei a dar uns toques no facebook mas não tenho paciência para ensinar pessoas a fazer coisas - e primeiro que ela consiga manusear com o rato táctil do portátil, tá bem tá - por isso mando-a dar meia volta e voltar para o sofá e para as suas séries policiais que ela tanto ama. de tanto tempo que está em casa, eu deixei de ter que pôr loiça para lavar, ela trata de tudo. chego a casa e a cozinha está hiper limpa, que fixe. mas o melhor de tudo é que acho que ela começa a aperfeiçoar os seus cozinhados. é raro a minha mãe fazer algo de tragável - sim, ela cozinha mesmo muito mal. esta semana fez um caril de frango. "daqui". gostei.
Detesto burocracias e estou farta delas. Tenho que tratar de uma data de papéis e documentos - para Erasmus e não só (do tipo, há um mês que estou para tratar de uma cadeira optativa e nos entretantos não sei se a tenho ou não, por isso vou às aulas à toa) - e quando tento ir aos gabinetes das pessoas supostamente responsáveis, nunca ninguém está lá. mando mails e mails, vêm devolvidos. hoje mandei um mail muito bera a uma prof minha, educado e com classe mas a dar na cabeça dela, que ninguém me ajudava e que ela tinha que fazer alguma coisa, ela até respondeu que haviamos de encontrar a pessoa em questão (que precisa de me assinar uns docs urgentes) sem recorrer à Polícia Judiciária. ri-me. pronto, 45 mails depois lá conseguir marcar uma "reunião" (ai, que profissional). agora, começo a convencer-me que o atendimento público da minha faculdade é mesmo uma merda. nunca ninguém está lá. se vou na 6ª, dizem para ir na 2ª, se vou na 2ª, dizem para ir na 3ª, se vou na 3ª dizem para ir na 4ª e quando finalmente encontro alguém, na 4ª, reencaminham-me para outro sítio. paciência. nem quero imaginar quando for para me meter em Lojas do Cidadões e Seguranças Sociais e merdas, ficar horas e horas à espera para ir buscar um simples cartão. acho melhor tirar um dia inteiro para isso ou ir para lá às 7h da manhã e ficar de plantão, até abrir. só de pensar... nhacs.
Esta semana andei toda trocada. De 6ª passada até 4ª desta semana que não abri a agenda, não me preocupei com nada, sempre que me lembrava de algo pensava "depois, depois, depois faço isso"... resultado, fui a aulas que não devia, faltei a aulas que devia ter ido porque pensava que eram mais tarde. não sei que se passou comigo esta semana. eu, que sou tão organizada e tenho sempre tudo sob control...houve coisas que me passaram ao lado, de todo.
Esta chuva deixa-me deprimida. Acho que tenho um síndrome qualquer, cujo principal sintoma é ficar apática quando está mau tempo. O Dr. Oz uma vez falou disso no programa dele, mas não me lembro do nome do síndrome. Só sei que todos os dias que acordo e está a chover, é uma luta para sair da cama. Passei das roupas de verão directamente para as roupas de inverno. onde anda o outono? A vantagem desta chuvada toda é que pelo menos não tenho que limpar o meu terraço. A pressão da chuva aqui é tanta, que até os restos de comida ressequida que lá ficaram dos convívios que de vez em quando organizo por cá (e organizei no Verão), foram à vida.
Já falei que estou a fazer limpezas, físicas e psicológicas? estou, sim senhora. e dá-me uma sensação de limpeza incrível quando me sento a fumar um cigarro e a ver a chuva a limpar o meu terraço. está limpo, limpinho.
este posting está super deprimente, mas não estou assim tão deprimida. tive momentos óptimos esta semana. óptimos mesmo. com algumas das pessoas que não quero, definitivamente, limpar da minha vida.
Muaah @
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9 de outubro de 2010
' Workshop Legacy.
4 modalidades - Contemporâneo, Jazz, Lyrical & Hip-Hop - 4 horas e tal, muito cansaço e suor, mas muita diversão. (as que gostei mais foram contemporâneo e jazz, of course).
Estou tão fora de forma!!!!!! Não sabia que estava assim tão mal... Ao fim da primeira hora estava a morrer...lol... à 3ª modalidade tive de parar a meio para recuperar, estava sem energia. é que as coreografias na tv parecia-me tão fáceis, "ah, isso até eu fazia", pensava eu, mas esquece... eles fazem parecer simples, mas não é nada. isto está muito mau, vou ter de ir começar a correr aos fins-de-semana, para o Monsanto (perto de minha casa), com o Bruno para me dar motivação, sim porque sozinha já sei que nem saía da cama... (falta de dinheiro para um ginásio, eheh)...
Voltando ao assunto... no fim recebemos um certificado (nem fazia ideia disso), e a Inês, a Tiffanie e o Tiago deram-me uma foto deles assinada, tipo surpresa... (porque sou amiga do fotógrafo oficial dos Legacy, grupo de dança deles - Paulo Simões)... bem, adorei :D (apesar de ainda nem ter dormido e já me tarem a doer todos os músculos do corpo...mas são dores boas, gosto de sentir a dor do músculo exercitado, por acaso).
resumindo e concluindo, apesar de eu não ter jeito nenhum para dançar (a dança para mim sempre foi uma arte que adoro ver, e cheguei a ter aulas, mas sempre foi só por diversão e passatempo, nunca nada de muito profissional), e estar mais do que fora de forma, adorei este dia. Obrigada mais uma vez ao Paulo, e também à Inês, à Tiffanie, e ao Tiago, professores de dança e ex-concorrentes do "Achas Que Sabes Dançar?" :)
Facebook dos Legacy: http://www.facebook.com/itslegacy
Facebook dos Legacy: http://www.facebook.com/itslegacy
Muaah @
' Para hoje durante toda a tarde.
Woskshop Legacy. Oferecido por alguém que sabe que adoro dança mas que não posso abrir os cordões à bolsa neste momento...lol.
Por acaso sempre gostei da Inês Afflalo. Vai ser engraçado conhecè-la. vou lá dar um saltinho na desportiva.
Vamos lá ver como corre para mim...tenho cá um jeitinho para dançar, ui ui (NOT!).
Vamos lá ver como corre para mim...tenho cá um jeitinho para dançar, ui ui (NOT!).
Obrigada ao Paulo, que me ofereceu o convite extra.
Muaah @
8 de outubro de 2010
' Alojamento em Paris.
Alguém me pode ajudar? Alguém conhece alguém que aluga quartos? Nos últimos dias só tenho enviado mails para tudo quanto é sítio (em francês, note-se). Pessoas, instituições, pousadas... mas sou tão impaciente, não aguento esperar por respostas (que talvez nunca venham).
Eu estou assustada. Quanto mais pesquiso, com mais medo fico. A parva da coordenadora que está responsável por nos ajudar nestas coisas, é uma nhó nhó. por um lado, ela faz bem, temos que nos desenrascar por nós próprios. por outro, era bom que ela ao menos nos sugerisse alguma coisa de jeito em vez de me deixar meia hora à espera à porta do gabinete dela para me responder às perguntas com um "ah.. isso não sei", "ahh... isso não é comigo", com voz de quem está a morrer. credo. mosquinha morta. só sabe dizer que é difícil arranjar alojamento em paris e que, quanto mais cedo eu o fizer e reservar, melhor. só assusta a mulher. quando é para fazer a função dela e ajudar-nos, está quieto.
Estou aqui estou a acampar nos Champs Elysées =P
Estou aqui estou a acampar nos Champs Elysées =P
Deram-me uma bolsa tão minúscula que só dá para um mês em Paris, se só arranjar alojamento e comer, e pagar transportes, não fizer mais nada. O resto, vou ter de bancar eu. muito, portanto.
Não sei onde tinha a cabeça quando me inscrevi com Paris como primeira opção.
Pelo andar que isto leva, não vou viver por lá à grande. E muito menos, à francesa. Literalmente.
Muaah @
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7 de outubro de 2010
' Ainda das amizades.
Às vezes, custa tanto acabar com uma amizade como acabar com um namoro. Ontem "desamiguei" uma das pessoas que me tem magoado - muito - no facebook, e adormeci a pensar nisso, a sentir-me culpada. Não que já não me tivesse afastado há muito, porque tinha, simplesmente deixei de falar, de responder as mensagens, e tudo... mas ontem foi mesmo uma coisa "oficial". Só faltava apagar o número dela, mas não cheguei a tanto. fiquei o dia todo, todo, a pensar nisso, e ela nem merece, pelo que fez ultimamente, que eu tenha perdido um dia a pensar nela. sinto mesmo raiva! só me consigo lembrar das vezes em que nos rimos juntas, em que ela foi simpática comigo (mesmo que fosse só pela frente), e nunca das vezes em que ela foi uma cabra!!
Nos últimos meses já "desamiguei" 2 pessoas. A primeira não me custou nada, era uma relação puramente profissional; esta segunda está a custar-me um pouco, porque só me lembro dos bons momentos que passei com ela. e custa-me acreditar que ela ultimamente só tenha dito e feito coisas atrás de coisas que me desiludiram.
Este processo de mudanças ainda agora começou. Há mais umas quantas pessoas que quero afastar da minha vida. algumas delas, nem tenho explicação. não arranjaram confusão, não me fizeram nada de (muito) mal, eu é que simplesmente já não me quero dar mais com elas. acordei um dia e a voz delas começou a irritar-me. tão somente isso. mas como elas não arranjaram confusão comigo, eu também não quero arranjar confusão com elas. quero, simplesmente, afastar-me, sem ter de dar justificações ou explicações.
sometimes you just have to walk away...
agora, sim, percebo porque as pessoas se queixam "ah e tal eu tinha uma amiga, e ela de um dia para o outro afastou-se, desapareceu da minha vida"... estou a ser essa pessoa agora... não é necessariamente mau, acho. nunca achei, mesmo quando as pessoas diziam que tinham amigos que simplesmente se afastavam. pensava sempre "acho que nunca ia fazer isso, mas a pessoa lá deve ter tido a suas razões". é isso que sinto agora. apetece-me simplesmente desaparecer, da vida dessas pessoas, sem ter que dar um ai nem um ui. apetece-me, simplesmente, nunca mais ter que falar com essas pessoas, como se nunca as tivesse conhecido sequer.
é tão simples, e tão complicado!
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isto mata-me
6 de outubro de 2010
Há pessoas que tenho, desesperadamente, de tirar da minha vida.
Pessoas que são como ervas daninhas, teias de aranha, buracos negros. apanham-nos lá, absorvem-nos e acabam por nos matar a alma. A única coisa que fazem é envenenar, envenenar, envenenar, nunca nada está bem, nunca ninguém é normal, são as donas da razão, e da forma como envenenam tudo e todos os que as rodeiam, posso imaginar que envenenem os outros contra mim. Imaginar não - ter mesmo provas concretas de que isso acontece.
O meu problema é ser permissiva. Sempre o ter sido desde que conheci as pessoas em questão. Vou deixando, deixando, ouvindo e calando, sim está bem, sim tens razão, atitude condescendente, cair sempre na peta de quando estão simpáticas - por algum interesse, claro. O meu erro é dar demasiadas oportunidades - se calhar ela vai melhorar um dia, ela até é suportável de vez em quando - é dar demasiada confiança.
Tenho muita coisa acumulada. Quando explodir, vai ser para acabar e para nunca mais querer ver essas pessoas nem pintadas de verde.
Tenho de fazer umas mudanças nas minhas "amizades"... o meu mal é temer as consequências que essas mudanças vão ter, mas continuar assim só me faz MAL.
Muaah @
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sobre mim
Mariza.
Hoje foi noite de fados, a Mariza deu um concerto de entrada livre no palácio de Belém como comemoração dos 100 anos da República. Não conhecia muito do trabalho dela, mas pensei: e porque não?
Gostei. Arrepiei-me toda quando ela cantou o "Gente da Minha Terra".
Não gostei do facto de ser um concerto de Fado e todo o mundo estar a falar. via-se logo que estávamos em Portugal: gente a falar sobre os sapatos que comprou ontem, a rirem-se, a discutirem, a falarem ao telemóvel. não ouvi nada do que ela disse nos intervalos das músicas, e ainda havia gente com a lata de dizer que ela falava baixinho. mas ela não tinha que falar mais alto para as pessoas ouvirem. as pessoas é que tinham de estar caladas.
O que é feito do "silêncio, que se vai cantar o fado"?
Foi uma desilusão nesse aspecto. As pessoas não têm respeito.
O meu pai diz que está orgulhoso de mim, porque não pensou que eu gostasse de fado. (e também não é do que eu mais oiça. mas sim, gosto, e tenho Amália Rodrigues - essa grande senhora - no mp3). eu cá estou orgulhosa do meu pai porque o meu pai já escreve "tas", em vez de "estás", e "q", em vez de "que", mas mensagens.
Muaah @
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thank you for the music
4 de outubro de 2010
' Ainda das relações.
Acho que uma relação pode ter sérios problemas quando não há uma definição clara de quem manda.
e com "mandar" não quero dizer que haja uma hierarquia, uma sobreposição, uma pessoa que seja mais importante que outra, uma pessoa cuja palavra seja decisiva, final e sem retorno. NADA DISSO. (mais uma concepção errada que a maioria das pessoas tem).
com "mandar" quero dizer uma pessoa que, mesmo sem querer, decide mais que a outra. em consequência, a outra cede mais.
não faz mal e é saudável. porque são coisinhas pequenas:
- se vão almoçar ao McDonalds ou a PizzaHut
- se vão a pé ou de autocarro
- se se encontram no local X ou no local Y
é tudo uma questão de cedências, em coisinhas pequenas, é saudável.
e até é querido. meninas, não acham querido quando o gajo vos diz para escolherem se querem encontrar-se às 12h ou às 14h? é fofinho...e é uma forma de cedência inofensiva.
em geral, são as raparigas que mandam. nem sempre, claro. mas se for uma combinação rapariga com personalidade forte + rapaz querido e que gosta de agradar dentro do possível e não se importa de ceder em coisas pequenas, é sempre assim. eu sou a rapariga com a personalidade forte, e em quase todas as relações que conheço, é a gaja que manda. no fundo, reparem, ela manda em quase tudo. mesmo que ela seja passiva na cama (gostar de ser controlada): ele trabalha, mas é ela que diz o que fazer. "mais fundo, mais rápido, mais forte!". isso não é uma forma de mandar? xD
confesso que, nas minhas relações, sempre fui eu a dominante, a que mando mais (ou a que cedo menos). no entanto, também sou boa a ceder.
é preciso haver - como em tudo na vida, claro - um certo equilíbrio, no entanto, é bom determinar posições. em 10 vezes que almoçamos juntos, 8 sou eu que decido onde ou o quê. ninguém morreu ainda por isso, e funcionamos bem assim. porque um cede para ver o outro feliz por momentos, e se o amor for mútuo e verdadeiro, aquele que cedeu vai ficar feliz por ter feito o outro feliz. e esta dinâmica é linda!
não faz mal absolutamente nenhum e conheço relações que não funcionam por não haver uma distinção clara de quem cede mais vezes em coisas pequenas ;)
fiquem descansados, o Bruno domina/controla completamente noutros campos da relação... muahahahahah =P
Muaah @
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3 de outubro de 2010
' Pequenos gestos.
Ao fim de uma noite em que o meu maço de tabaco levou uma razia e em que não podia beber nada (antibiótico), só fumar - na festa do Daniel que organizei em minha casa (e não que tenha levado a mal, eu própria dei os meus cigarros, e quando já não tinha obviamente que fui pedindo, é sempre assim, eheh) - e sabendo que não tinha dinheiro mesmo nenhum para comprar um novo (ainda por cima depois fomos para o Bairro e esqueci-me de pedir dinheiro à minha mãe, duh), quando chegamos a casa, o Bruno chama-me à parte, abre a gaveta das minhas meias e diz "baby, desviei 2 cigarros para ti, já sabia que te ia apetecer, mais tarde, e que não ias ter".
achei lindo. :)
2 de outubro de 2010
' Cada casal tem as suas próprias regras.
Alguma personagem - já não me lembro quem - do filme Sex And The City 2 pôs por palavras aquilo que eu penso há anos... "every couple makes their own rules".
e é verdade. no fundo, é tudo uma questão de concepções. eu tenho a perfeita noção que tenho uma concepção de namoro totalmente diferente da maioria das pessoas. até do Bruno!
a maioria das pessoas associa namoro/amor a: prisão, falta de liberdade, falta de privacidade, dependência...
isso não podia estar mais errado! quer dizer, até pode ser... para as pessoas que têm falta de amor-próprio! não sabem estar sozinhas, então fazem com que a sua felicidade dependa inteiramente da outra pessoa. isso é mau, faz mal à auto-estima e nesses casos, sim, é completamente doentio, se o namoro acaba - e eventualmente acabará, seja ao fim de 3 meses ou de 10 anos - o mundo da pessoa cai completamente, a pessoa não sabe recuperar-se e ultrapassar isso sozinha, porque estava habituada a ter sempre alguém.
isso não devia ser assim e eu aprendi isso à custa de namoros dependentes e doentios. claro que, se agora nós acabássemos, eu ia ficar super triste, ia sofrer, ia ficar na merda. mas, porra, não ia chegar ao ponto que vejo algumas pessoas chegarem.
porque eu tenho sempre em mente que eu sou a minha prioridade numero 1. eu amo-me mais a mim do que a qualquer outra pessoa. eu nunca vou abdicar do meu futuro, da minha vida, de cumprir os meus objectivos, em prol de alguém. por exemplo, sei que vou ficar na merda no 1º mês que passar em Paris, por saber que deixei alguém de quem gosto muito em Lisboa, mas porra, são 6 meses que vou fazer POR MIM. mim, mim, mim.
ser egocêntrica como eu sou e, simultaneamente, entregar-me a alguém, não é difícil. eu gosto muito dele - a sério, muito!! - no entanto, juntos, conseguimos construir uma relação em que temos tempo para estar juntos, e para estarmos com outras pessoas; eu continuo a ter a minha liberdade, a minha privacidade, o meu espaço, de certa forma, uma vida para além do Bruno, e ele a mesma coisa. quando é para estar com ele, sim, esqueço-me de tudo, entrego-me completamente e ele sabe disso; no resto do tempo, sou eu, eu eu, eu e a minha vida, eu e os meus amigos, eu e as minhas coisas, e ai de mim se algum dia deixar que um namorado mande em mim ou me proíba, impeça, de fazer algo. não há aquela obrigação de estar sempre a falar, sempre a mandar msg's, sempre a ligar, sempre a ir ter com ele todos os dias quando saio das aulas, ou ir com ele a todas as festas ou levá-lo para todo o sítio que vá. Não, porra. se eu tenho alguma coisa mais importante para fazer, ou ele, que se dane, vimo-nos noutro dia, e sabe melhor!! essa obrigação que muitos casais sentem, é péssimo! sentir-me obrigada a mandar uma sms, eu? porra, nunca! se não me apetecer mandar sms's, não mando!!
a relação que eu tenho com o Bruno é boa, porque é assim. fizemos as nossas próprias regras - mais eu do que ele, admito - logo ao início, e é por termos essa base de confiança e liberdade mútuas que nos damos tão bem. eu tenho a minha vida, ele tem a dele, conciliámos as duas, de modo a que fizessemos parte da vida um do outro, mas ao mesmo tempo, não sermos a vida um do outro a 100%. entre fazer parte da vida de alguém e ser a vida de alguém há uma linha muito ténue que pode determinar o quão doentia é a relação. e eu não quero que a minha vida gire em torno de alguém mais do que o necessário.
confesso, já fui uma namorada controladora, e já me controlaram a mim (ao ponto de acabarem comigo só porque "os outros"/os amigos dele achavam que eu não era boa pessoa, e se eu saía com alguém era logo sinal de traição e coisa do género...); com isso aprendi, isso não leva a lado nenhum, controle e ciúmes estúpidos só servem para destruir uma relação. se calhar, fui parar ao extremo oposto - o Bruno faz o que quiser da vida, se ele quiser sair com uma gaja sozinho, sai, se ele me traisse, eu perdoava (conforme as situações também, claro), por vezes consideramos mesmo deixar entrar uma 3ª pessoa (rapariga) de fora para uma experiência sexual a três. claro que tenho aquele ciuminho ligeiro, mas na maioria das vezes é na brincadeira... fogo, o Bruno tem uma vizinha super gira, passa (ou passava) montes de tempo com ela, e nunca o impedi, nunca me senti desconfiada, ou desconfortável com essa relação. porque tenho consciência que não sou - nem quero ser - a vida do Bruno, apenas fazer parte dela de uma forma significativa (como ele faz parte da minha). e ele pode, deve, e tem os seus amigos e amigas para além de mim.
e quem nos vê de fora e não sabe bem como funcionamos, provavelmente pensa que somos muito liberais, que não funciona assim, que bla bla bla...
mas, no fim de contas, cá estamos, há 8 meses; pode não ser muito, para mim já é alguma coisa.
todas as relações têm as suas próprias regras, todas funcionam de forma diferente, ninguém de fora pode dizer nada de concreto. (por isso, acho imensa piada quando pessoas que têm relações verdadeiramente doentias, a olhos vistos, abrem a boquinha para falar mal da nossa. inveja? hmm..). eu, sinceramente, já deixei de ligar ao que dizem. a relação é minha (nossa), não dos outros. não tenho de agradar a ninguém, felizmente. encontrei o meu ponto de equilíbrio no que toca a relações. criámos as nossas próprias regras e, até agora, tem corrido bem.
isso é que me interessa.
Muaah @
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1 de outubro de 2010
O melhor da noite de hoje foi o poder matar saudades de entrar numa discoteca.
Há muuiiiitooo tempo que não entrava numa (o Trumps não conta), e hoje soube-me pela vida.
O que vinha agora que nem ginjas era um hamburguer gigante, daquelas roulottes.
Mas, à falta de melhor, estamos em casa da Vera a fazer... massa com molho de tomate. só assim.
Muaah @
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